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Paulo Eli nega que o governo de Carlos Moisés tenha deixado um déficit para Jorginho Mello

Desde o início do seu governo, em 1º de janeiro, o governador Jorginho Mello (PL) e o secretário da Fazenda Estadual, Cleverson Siewert, vem dizendo que as contas estaduais devem ter, se nada for feito, um déficit de R$ 3 bilhões em 2023.

Mas na manhã desta quinta-feira, 6, o ex-secretário da Fazendo do Estado, Paulo Eli, deu uma entrevista na rádio Som Maior, de Criciúma, para os jornalistas Adelor Lessa, Upiara Boschi e Maga Stopassoli e disse que a administração anterior não deixou nenhum déficit para a nova gestão.

Segundo a fala de Paulo Eli, o que aconteceu é que o novo Governo do Estado está conhecendo a máquina estadual e ele garante que as contas do Estado, até o fim deste ano, fecharão com superavit, “Eu assino embaixo, vai fechar com superavit”.

Ele disse que o receio dele e do governo do Estado para o ano de 2023 é a alta taxa de juros praticada pelo Governo Federal, que pode atrapalhar o crescimento do Brasil e a longo prazo pode causar uma retração da atividade econômica e gerar a diminuição na arrecadação de impostos.

Mas como Santa Catarina está com uma boa economia, e mesmo nesse cenário está crescendo, e a geração de empregos está acima da média nacional, o estado, segundo ele, vai fechar com dinheiro em caixa.

“Ano passado nós fizemos a redução da alíquota do ICMS de 25% para 17% nos combustíveis, energia e comunicação. Isso dá uma perda potencial para o Estado de R$ 3 bilhões por ano, que é o que eles estão anunciando”, enfatiza Paulo Eli.

O ex-secretário informou que, a partir de julho, com o novo preço da gasolina e do diesel, a perda de R$ 180 milhões em relação aos combustíveis estará zerada e todas essas ações que o governo de Jorginho Mello está tomando é para compensar a redução da alíquota. “Nós não entregamos o governo com déficit”.

E O PLANO 1000?

Para Paulo Eli, o atraso nos repasses dos recursos do Plano 1000 para os municípios catarinenses seria uma opção do atual governo e não falta de dinheiro em caixa. “Como não houve transição, o governo atual não quis conhecer o governo passado. Nesses três meses, eles ainda estão buscando os números, os contratos e o que está acontecendo. O dinheiro continua entrando no tesouro”.

Perguntado sobre os questionamentos do MP sobre os repasses feitos via Pix, Pauli Eli disse que “na realidade só vão mudar a embalagem, na verdade vão trocar o Pix por convênio que é mais burocrático. Mas como nós colocamos R$ 1,5 bilhões no orçamento desse ano para pagamento das parcelas com os municípios, o governo vai dar continuidade agora e depois vai criar um projeto novo, porque o Plano 1000 e o Pix é um projeto dos deputados, e o Jorginho para ter voto na Assembleia, elevai ter que transferir dinheiro para os municípios, só que ele vai mudar o nome, ele vai criar uma nova embalagem”, finalizou.

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