Portal Making Of

Polícia Civil de Santa Catarina divulga o que já foi apurado sobre o ataque da creche em Blumenau

A Polícia Civil de Santa Catarina e a Polícia Científica detalharam na entrevista coletiva, realizada na tarde de segunda-feira, 17, o trabalho de investigação e de perícia feito no caso envolvendo o ataque à creche Bom Pastor, em Blumenau, no último dia 05 de abril.

O delegado-geral da Polícia Civil do Estado, Ulisses Gabriel, iniciou a entrevista pedindo que a população não divulgue informações falsas e busque notícias em sites do governo e de veículos de comunicação confiáveis.

Sobre o caso do ataque a creche Cantinho do Bom Pastor, Ulisses informou que, independente do motoboy ter ou não problemas psicológicos, ele muito provavelmente será punido pela justiça de acordo com as provas que serão apresentadas no seu julgamento.

O delegado também informou que o Governo do Estado vai colocar em prática quatro projetos com caráter preventivos nas escolas de Santa Catarina. O primeiro é o “Minha voz tem vez”, que será para identificar comportamentos agressivos contra crianças.

O segundo será o lançamento de um jogo interativo chamado “Proteja uma criança”, que tem o objetivo de criar mecanismos para proteger as crianças. Os outros dois são o “Agente Civil por aqui”, que será a colocação de agentes dentro das escolas, e o “Papo com a PC”, que visa discutir situações pontuais, como bullyng e cyberbullying no dia-a-dia de crianças e jovens catarinenses.

Já o delegado Ronnie Esteves, da DIC de Blumenau responsável pela investigação do caso, informou que na entrevista com a mãe do acusado, ela disse que o comportamento do rapaz começou a mudar quando ele iniciou o trabalho de Uber e também começa a usar drogas.

Ali iniciarem os surtos, onde ele começa a ouvir barulhos dentro de casa e diz que o padrasto tinha inserido um chip no seu olho para saber o que ele fazia durante o dia.

Quando ele atacou o padrasto dentro de casa com três facadas, acabou sendo internado por um tempo e depois volta para Blumenau para o convívio da família.

Segundo um amigo que também foi ouvido, o rapaz sempre teve alucinações e duas semanas antes do ataque a creche e falou sobre a machadinha e disse também que faria “algo grande”.

De acordo com o depoimento do acusado, um policial militar teria sido o mandante do ataque, mas seu amigo disse que o rapaz tinha uma admiração por este policial e que ambos nunca tinham se encontrado.

O DIA DA TRAGÉDIA

Numa segunda entrevista, o acusado queria mostrar para o policial militar que ele também era corajoso e que não se arrependia e que faria tudo de novo. Questionado sobre o ataque, ele informou também que entrou na creche porque seria mais fácil pegar as crianças porque “elas correm mais devagar e seria mais fácil de alcançá-las”.

De acordo com Ronnie Esteves, ale narrou um fato que “uma das crianças corre dele, ri para ele, achando que era uma brincadeira, mas ele acaba atingindo-a fatalmente”.

O agressor esteve na frente de outras duas escolas, localizadas na rua José Fischer, no bairro Escola Agrícola, mas ele não entrou porque o muro era muito alto e ele não iria conseguir entrar nos educandários.

Antes de realizar o ataque na creche, ele foi para a academia para se exercitar e fazer o pagamento da mensalidade. O ataque na creche levou apenas 20 segundos e depois de fugir do local, parou num posto de gasolina, na frente do 10º Batalhão da Polícia Militar de Blumenau, para comprar uma água e um cigarro e depois se entregou no Batalhão dizendo que eles logo iriam descobrir o que ele tinha feito.

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

Compartilhe esses posts nas redes sociais:

Leia mais