Cresceu em 25% o número de catarinenses que destinaram parte do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para projetos sociais em cidades do Estado. Em 2024, foram 16,9 mil pessoas que preferiram que o dinheiro ficasse em Santa Catarina e não fosse enviado para o caixa do Governo Federal.
Em 2023 foram arrecadados R$ 14,5 milhões e já em 2024 o valor subiu para R$ 17,4 milhões. Na média, cada doação foi de R$ 1.029,00 neste ano.
Os R$ 17,4 milhões destinados a projetos sociais neste ano representam 3,5% dos R$ 484,7 milhões que poderiam ser aportados em Santa Catarina. Em 2023, R$ 14,5 milhões (ou 3,4%) dos R$ 418,4 possíveis foram direcionados.
O presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Mario Cezar de Aguiar, considera o crescimento positivo, mas observa que é possível melhorá-lo. “Os números mostram um avanço, mas há espaço para crescimento, e nós estamos empenhados em contribuir com isso”.
A Fiesc faz um trabalho para que o IRPF e o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) sejam destinados para projetos sociais por entender que o ato contribui com o desenvolvimento social e econômico de Santa Catarina.
QUEM MAIS DOOU
O Rio Grande do Sul foi o estado que mais recebeu doações em 2024, com um valor total de R$ 35 milhões, seguido de São Paulo (R$ 33 milhões) e do Paraná (R$ 18 milhões).
As cidades catarinenses que mais doaram para os fundos da Criança e Adolescente e Fundo do Idoso foram Florianópolis (R$ 5.512 milhões), Joinville (R$ 1.474 milhões), Blumenau (R$ 1.407 milhões), Chapecó (R$ 1.367 milhões) e Jaraguá do Sul (R$ 1.140 milhões).
As cidades de Vargem, São Bernardino, Santa Terezinha do Progresso, Rio Rufino, Princesa, Presidente Nereu, Ponte Alta do Norte, Planalto Alegre, Palmeira, Ouro Verde, Novo Horizonte, Monte Carlo, Major Gercino, Leoberto Leal, Lebon Regis, Lageado Grande, Jardinópolis, Irati, Frei Rogério, Estadual, Entre Rios, Coronel Martins, Calmon, Bom Jesus, Anitápolis e Abdon Batista não receberam nenhuma doação de seus moradores.
FUNDOS
O dinheiro destinado via IRPF financia projetos que promovem e protegem os direitos de crianças, adolescentes e pessoas idosas no município do contribuinte.
Até 3% do imposto devido podem ser destinados aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente e outros 3% aos Fundos dos Direitos da Pessoa Idosa. A destinação é feita na declaração e o contribuinte não paga mais imposto e nem tem a restituição diminuída.
