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Sonho do Avaí de voltar à Copa do Brasil cai diante do Concórdia; Conselho do Figueira aprova nova parceria com a Clave

Galo do Oeste ganhou duas vezes do Avaí e está na decisão Foto: Divulgação CAC

Foi um vexame a eliminação do Avaí da Copa Santa Catarina na derrota de 2 x 1 para o Concórdia, Oeste do Estado, na tarde deste feriado de 15 de novembro. A equipe perdeu a chance de estar na Copa do Brasil de 2024, competição que não deixava de participar há mais de 10 anos. Mais uma “conquista” para a conta da diretoria.

Craque do jogo, meia Silas foi o arquiteto da vitória do Concórdia                Foto: Ricardo Artifon / CAC

Os meninos da equipe alternativa, que trouxeram o Leão da Ilha até a semifinal, devem estar horrorizados com o que viram em campo. Um time sem brilho e envolvido pelo adversário, num gramado enxarcado e difícil de jogar. O Concórdia lutou do primeiro ao último minuto em busca da classificação e fará a final da Copa SC contra o Marcílio Dias em dois jogos, sendo o primeiro em Itajaí, provavelmente no próximo domingo, e a decisão em casa.

O Avaí lutou o ano todo contra muitas dificuldades pelos erros cometidos no futebol. Escolhas de técnico e contratações equivocadas. Saiu da Copa do Brasil pelo Retro, em Recife, na primeira fase. No Catarinense, flertou com o rebaixamento, mas conseguiu chegar e foi eliminado nas oitavas pelo Criciúma depois de uma cobrança interminável de pênaltis: 14 a 13. No Brasileiro da Série B foi uma tragédia, lutando do início ao fim para não cair, só carimbando a permanência a duas rodadas do fim.

Silva fez dois e perdeu pênalti Foto: Ricardo Artifon / CAC

E dá para colocar na conta do comando do futebol também a desclassificação da Copa SC da forma que aconteceu neste feriado. O Avaí começou a competição com time mesclado, mas depois de duas lambadas, dividiu o elenco e a equipe alternativa foi formada para levar o time à semifinal. A garotada deu seu máximo e chegou, inclusive ganhando o clássico da equipe principal do Figueira.

No momento da decisão a ‘timing’ para a mudança, virar a chave. Colocar em campo força máxima diante do Concórdia na Ressacada, primeiro jogo, após ganhar da Ponte em Campinas. Nada disso aconteceu, frustrando o torcedor, que deixou o estádio indignado após a derrota por 1 x 0. O executivo de futebol chegou a dar uma entrevista para explicar o motivo, as prioridades. A equipe principal então foi escalada para fazer a virada em Concórdia, mas o que vimos foi um futebol pobre, sem brilho e sem entrega.

Resta ao comando do futebol do Avaí fazer ações pontuais já pensando no próximo ano. Como o Avaí vai iniciar com o comando de Barroca, cabe ao dirigente montar uma base com as características de que o clube precisa para atingir os objetivos. Campeonato Estadual, ganhar o título e alcançar o acesso à Série A, numa disputa de Série B que será muito complicada, pela qualidade das equipes que estarão na disputa. A diretoria tem mais dois anos de mandato para dizer a que veio.

Ressacada 40 anos

Estádio fez 40 anos    Foto: Leandro Boeira / Avaí FC

O Estádio da Ressacada, templo azul e branco, completou neste feriado 40 anos de sua fundação. Foi numa tarde cinzenta, em 15 de novembro de 1983, naquele histórico amistoso contra o Vasco da Gama, que o ex-governador e hoje senador Esperidião Amin, ao lado do presidente da época, João Salum e de José Matusalém Comelli, do Conselho Deliberativo, deu o pontapé inicial. De lá para cá, foram grandes momentos de glórias e conquistas, 40 anos muito bem vividos nessa história Centenária do Avaí Futebol Clube. Que venham outros tantos.

Clave no Figueirense 

Conselho aprovou parceria por maioria de votos            Foto: Eduardo Pauli /FFC

Um passo importante para tirar o Figueirense do buraco em que se meteu depois de algumas aventuras com empresas parceiras. Se vai dar certo, só o tempo dirá, mas as indicações são muito boas. A reunião extraordinária do Conselho Deliberativo do clube aprovou na noite da terça-feira, por 82 votos favoráveis e dois contra, a formação de parceria para as operações financeiras da SAF junto ao Fundo Clave Capital.

Ninguém falou sobre a parceria e seu modelo de trabalho. O Figueirense divulgou uma nota em seu site oficial e redes sociais explicando como foi a reunião e o andamento dos trabalhos. Está previsto para o início de dezembro, o ordenamento do que poderá ser feito com o futebol, que é a prioridade do torcedor, que gostaria de ver o Figueirense ressurgindo das cinzas.

O principal executivo da Clave Capital, Eduardo Médicis, esteve na reunião para explicar o formato do negócio aos conselheiros. Resumindo, o Fundo vai emprestar ao Figueirense R$ 71 milhões previstos para até abril de 2024, tendo como garantia o Estádio Orlando Scarpelli. Está previsto o aporte de nove milhões de reais em três parcelas. A empresa vai comandar o futebol do clube. Comenta-se que Marcos Aurélio Cunha será o executivo dessa transformação. Falei com Marcos Aurélio nesta quarta e ele não confirmou, mas também não desmentiu. As indicações são muito boas, pois trata-se de uma cabeça importante para dar credibilidade ao que será encaminhado a partir de agora.

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

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