Logo após o tiro de AR-15 ter acertado a orelha direita de Donal Trump em comício ontem, 13, em Butler, Estados Unidos, começaram as interpretações sobre o impacto do incidente na aleição americana.
Ainda atordoados com o fato que corrobora o estado de beligerância vivido naquele país, começaram as primeiras análises, enquanto aqui no Basil todos lembraram o episódio da facada em Jair Bolsonaro em 2018, que garantiu a vitória dele.
Há influência sim e não vai demorar para a mídia americana realizar uma pesquisa sobre os efeitos do tiro em Butler.
A mídia
O tiro em Trump deve imediata cobertura ao vivo nas emissoras de TVs americanas e no Brasil, quase que imediatamente ao fato. Aqui a GloboNews colocou seu time novaiorquino em campo, com Guga Chacra – tem ter tido tempo para se barbear – e Sandra Coutinho. Eles monitoravam as emissoras de lá, enquanto a CNN segurava com o âncora local Gustavo Uribe, deixando de usar a tradução da simultânea da emissora mãe ( o que sempre funciona bem).
As tvs de lá, em especial a CNN com o âncora Wolf Britzer, ficaram horas no ar decifrando ao vivo o que tinha acontecido.
O tiro
Donald Trump discursava quando se ouviu o som de tiros e ele imediatamente foi ao chão, no palanque em Butler. Cercado por agente dos FBI, ele ficou alguns segundos assim, antes de ser levado até a van blindada e depois para o hospital, onde foi atendido por cerca de três horas.
Antes disso, ao ser retirado do palanque a orelha direita ensanguentada e fios de de sangue na bochecha direita, o ex-presidente levantou o punho direito cerrado várias vezes, num gesto de enorme impacto midiático, e com certeza vai estar na campanha de agora em diante.
O atirador
Thomas Mathew Crooks, de 20 anos, estava a 120 metros de distância do palanque, posicionado sobre um telhado, quando disparou o fuzil semiautomático AR-15 em direção a Trump, matando um apoiador e ferindo gravemente outro.
Ele foi abatido a tiros por snipers do FBI.
Um casal que viu o atirador se arrastando para subir no telhado disse que avisou os policiais e surpreendetemente por cerca de três minutos nada foi feito. As autoridades policiais disseram que isso será investigado a fundo.
Solitário
A imprensa americana já divulgou que aparentemente Crooks agiu sozinho, mas não existe até o momento algum indicativo do motivo para o tiroteio.
A biografia dele indica que ele se graduou em 2022 na Bethel Park School. Segundo o New York Times, ele não tinha antecedenes criminais. O pai do atirador disse a CNN que não tinha qualquer indicativo sobre a motivação do crime.
Novo comício
Logo após o incidente, Trump escreveu em rede social “Eu levei um tiro que atingiu o pedaço superior de minha orelha direita. Eu soube imediatamente que algo estava errado quando ouvi um zumbido, tiros e imediatamete senti a bala rasgando a pele. Sangrou muito e aí me dei conta do que estava acontecendo.”
Trump passou a noite em uma propriedade em Nova Jersey e garantiu que estará no próximo comício, amanhã.