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Destaque da semana: Das invenções em TV e da falta de respeito profissional

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Na ânsia de conquistar o público jovem, diante das evidências cada vez mais óbvias que ele não está conectado na TV convencional, a Globo continua exagerando. A mais recente tentativa frustrada foi no especial de Roberto Carlos, na sexta-feira passada, 23, quando intercalou as participações do Rei e seus convidados com comentários de influenciadores digitais. Foi uma saraivada de críticas na internet.

Essa tendência de misturar o antigo com o novo foi um desastre como já tinha acontecido com os narradores da Copa em fazer piadinhas e brincadeiras com a bola rolando. No caso, tentavam fazer semelhante a CazéTV, que somou milhões de acompanhamentos no streaming falando para os jovens.

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O público nunca se deixa enganar por essas manobras. O modelo da TV aberta, que antes atendia a todos os públicos, cada vez se resume a interesses específicos. E não dá para enganá-lo, ou é uma coisa, ou outra. Quem gosta de futebol, vai ver a SporTV ou  ESPN; quem prefere notícias atualizadas, vai para GloboNews ou CNN. Eventualmente, como numa Copa, a grande massa fica nos canais abertos, mas isso tende a ficar cada vez mais raro.

 

Jovem Pan

Sempre comentei aqui que a Jovem Pan News para se manter líder no radiojornalismo da Grande Florianópolis tinha que investir em ter uma boa equipe esportiva. Ao que parece isso está se configurando agora, com a contratação do narrador Paulo Branchi, dono de um público fiel.

Também está indo para a Pan, Simone Malagoli que estava no Grupo Veg Esportes e faz uma boa interface com o público. Também vai fazer comentários por lá o colunista do grupo ND, Fábio Machado.

Há ainda uma conversa em andamento com o comentarista Miguel Livramento, que, se concretizada, vai agregar um bom público esportivo a Pan.

 

Grosserias

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A justa vitória argentina no Qatar acabou gerando milhares de memes na internet e um número grande de grosserias por parte dos jogadores tricampeões. A começar pelo goleiro Martinez, eleito o melhor da Copa, em plena comemoração no estádio Usail, mostrado para os telespectadores de todo o mundo, fazer o gesto de um pênis com o troféu que recebeu.

Faltou elegância, sobrou futebol.

 

Gentileza

A presença de jornalistas brasileiros no Qatar em alguns casos foi bem divertida, pelos comentários feitos com relação aos hábitos e costumes do povo árabe. Na Rádio Gaúcha, ouvi uma interação entre dois profissionais registrando a gentileza do povo local. Disseram que na rua foram convidados por um cidadão para tomar um chá de hortelã, enquanto olhavam a loja de perfumes dele. “E saímos sem comprar nada, agradecidos pelo chá”.

Não sabem até agora os rapazes que é costume por lá oferecer chá aos clientes, com óbvio interesse comercial.

 

Exagerou

Quem ainda tem hábito de ouvir notícias no rádio certamente se incomodou com o excesso de comercialização em dezembro. A propaganda não só ocupou os espaços de praxe, como invadiu o conteúdo editorial disfarçado de boletins informativos, quase sempre de entidades de classe. O campeão, sem dúvida, foi o espaço dedicado ao Sebrae, que patrocinou inclusive “entrevistas” dos seus dirigentes.

 

Paciência

Vai ser um grande exercício de paciência a passagem das transmissões da Copa do Mundo para os campeonatos regionais.

Tudo vai ser diferente demais, dos gramados ao desempenho dos atletas, sem contar com as discussões sobre arbitragem e lances duvidosos.

Se o Qatar deixasse uma herança seria essa: um espetáculo melhor e mais elegante. Seria demais esperar isso por aqui?

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

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