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Abraji lança relatório sobre ataques contra jornalistas no Brasil

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) lançou ontem, 7, Dia do Jornalista, a primeira edição do relatório de monitoramento de ataques a jornalistas no Brasil, focado em 2021.

Lançado em uma data importante para a imprensa brasileira, o relatório mostra que há pouco a ser celebrado: somente em 2021, foram registrados 453 ataques contra comunicadores e meios de comunicação.

Em 69% dos casos, a agressão foi provocada por agentes estatais. O presidente Jair Bolsonaro, sozinho, atacou a imprensa 89 vezes no último ano, ou seja, sozinho representa 19,64% do total de ataques. Somando isso aos ataques dos ministros, assessores e filhos com mandatos eletivos, chega-se a 55% dos ataques totais. Quando apoiadores e manifestantes em eventos favoráveis ao presidente são incluídos na soma, o número chega a 271 – 60% dos registros totais.

O relatório revela a piora das violações à liberdade de imprensa ao longo dos anos. Entre 2020 e 2021, por exemplo, os casos de agressão aumentaram 23,4%. De 2019 até os dias de hoje, esse aumento chega a 248,5%.

As agressões verbais, que buscam desmoralizar o trabalho jornalístico, foram identificados como a principal forma de ataque, presentes em 74,6% dos alertas de 2021- 62,5% desses casos tiveram origem ou repercussão na internet.

A segunda categoria de agressões mais recorrente no monitoramento foi a chamada “ataques e agressões”, que representa 19% dos casos totais. Em seguida, há processos e sentenças judiciais (4,2%), restrições na internet, como hackeamentos e negação de serviços (2,6%), restrições de acesso à informação (2,4%) e uso abusivo do poder estatal (0,6%).

Coberturas políticas e de temáticas relacionadas à pandemia de covid-19 estiveram fortemente relacionadas aos episódios de violência, principalmente quando as vítimas eram mulheres e profissionais LGBTQIA+.

O relatório completo está disponível aqui.

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