A reformulação do elenco do Avaí para a temporada 2024 ganhou na tarde desta quinta-feira (23), mais um capítulo com a liberação de nova lista de dispensados, com sete nomes que participaram do naufrágio da equipe na atual temporada. São eles Jael, Eduardo, Guilherme Santos, Thiago Rosa, Xavier, Edinho e o goleiro Alexander. Nenhuma novidade, pois foram atletas que não demonstraram capacidade de ajudar o Avaí a alcançar os objetivos na próxima temporada. Chama a atenção o nome do volante Eduardo, um dos queridinhos do técnico Barroca, que estava no Avaí desde ano passado, quando chegou a atuar muitos jogos como titular na Série A. Os demais, pouco jogaram ou quando tiveram a oportunidade, não corresponderam. Jael, o cruel, nome mais conhecido por passagens em clubes como Flamengo e Grêmio, já chegou atravessado por aqui, com a rejeição do torcedor. Nem deveria ter vindo, aliás um erro reconhecido pelo executivo Eduardo Freeland, que desconhecia a péssima relação dele com o torcedor azurra. Xavier, outro que veio emprestado do Corinthians e chegou a atuar como titular este ano, também deixa o clube de forma melancólica, expulso após a goleada que o Avaí sofreu para o Sampaio Corrêa por 4 x 0 na segunda-feira. Ficaram devendo.
O Avaí aguarda o encerramento da Série B, sábado, 17 horas, no Estádio da Ressacada, diante do Ituano, para anunciar a lista final dos atletas que sairão do clube e aqueles que permanecerão e iniciarão a temporada em 2 de janeiro, com estreia no Catarinense dia 20. Pelo menos foi o que garantiu o executivo de futebol Eduardo Freeland, em pronunciamento divulgado pela assessoria do clube, no começo da tarde desta quinta-feira. No material, Freeland falou sobre a reformulação do elenco em curso, dos atletas que já saíram, os que sairão e aqueles que permanecerão. Foi um pronunciamento interessante, transparente como deveria ser sempre, onde abordou aspectos do trabalho realizado para evitar o rebaixamento da equipe e as projeções para a próxima temporada.
Eduardo Freeland, que chegou muito bem referendado pelos trabalhos exitosos no Botafogo e Bahia, remontou a equipe, onde encontrou o Leão da Ilha na 19ª colocação. Como não poderia mais errar, buscou o certo: contratou Barroca, que já conhecia pelo trabalho realizado no Botafogo e também atletas que já tinham passado pelo clube. Não havia mais tempo para experiências. O objetivo foi alcançado, com a permanência na Série B. Para o trabalho do Barroca, o Avaí acrescentou a contratação 14 novos jogadores, bem diferente do que recebeu Morínigo, que ficou 11 jogos sem ganhar na Série B. Facilitou a missão de Barroca. Mesmo assim, reconheceu Freeland, o resultado não foi o esperado. A direção de futebol esperava um rendimento bem melhor e o torcedor também. Foram 12 dispensas até o momento, número que será bem maior a partir de segunda-feira (27).
Em seu pronunciamento sobre os planos atuais e o planejamento futuro, Eduardo Freeland falou sobre o movimento de aproximação da equipe Sub-20 com o elenco profissional. O que ele chamou de uma troca de experiência diária para potencializar os jovens valores do clube. Tudo a partir da disputa da Copa SC, quando os meninos do Sub-20 foram usados na competição. Agora, a maioria envolvida na disputa da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Na realidade, o que o Avaí pretende é repetir o que já era feito com êxito na gestão anterior do presidente Francisco José Battistotti, quando a equipe Sub-20 treinava em muitos momentos com a equipe principal do clube. Aproximação muito bem feita pelo técnico Claudinei Oliveira, com o treinador da equipe de Aspirantes Evando Camillato e Fabrício Bento da equipe Sub-20. Dava certo naquela época de conquistas na base e no profissional e pode voltar a render bons frutos.
Chapecoense
A Chapecoense de Claudinei Oliveira faz no sábado, diante do Vitória, em casa, uma decisão em busca de sua permanência na Série B do Campeonato Brasileiro. Só vencer o Vitória, que já garantiu o título por antecipação, não basta. Terá que torcer contra o Tombense, que joga em casa contra o Mirassol, que ainda tem chance de subir; contra a Ponte Preta que recebe o CRB e contra o Sampaio Corrêa, que joga em Recife contra o Sport, também buscando o acesso como última esperança. É possível escapar sim e o trabalho do técnico segue nessa linha. O Vitória, já campeão e com festa feita, vai a Chapecoense com apenas um atleta que foi titular na última partida. A equipe alternativa, segundo o técnico Léo Condé, vai brigar para vencer, mas a Chapecoense também não tem jogado bem em seus domínios nesta Série B.
Criciúma
A equipe de Cláudio Tencati já está com a cabeça nas férias e a comissão técnica e direção de futebol estão de olho no planejamento para o ano que vem, após a conquista do acesso antecipado na última rodada, goleada sobre o Botafogo-SP por 3 x 0. Entre os objetivos para 2024, o Tigre projeta a defesa do título catarinense, uma boa disputa na Copa do Brasil, competição em que foi campeão em 1991 e a Série A, cujo objetivo já é de permanência, muito embora a Copa Sul-Americana esteja nos planos. O jogo diante do Novorizontino, no interior paulista, representa o encerramento na competição na atual temporada e a equipe vai buscar uma vitória.
Copa SC
Neste domingo, 15 horas, no Estádio Domingos Machado de Lima, em Concórdia, teremos a decisão da Copa Santa Catarina entre Concórdia x Marcílio Dias. No primeiro jogo, em Itajaí, empate em 1 x 1. O meia Silas, principal destaque da equipe, fez o gol do Concórdia e João Pedro empatou quase no encerramento da partida. Não há vantagem, pois em caso de novo empate, teremos a disputa de pênaltis.
Rubens Minelli
Um pouco da história do futebol brasileiro vai embora com Rubens Minelli, ganhador de quatro títulos brasileiros, que morreu nesta quinta-feira (23), aos 94 anos. Quem não lembra de Minelli, campeão no Palmeiras em 69, quando não era o Brasileirão atual, técnico bicampeão pelo Internacional campeão em 75 e 76, e fechando no ano seguinte o tricampeonato pelo São Paulo. Era um técnico das antigas, mas revolucionário, com muito conhecimento profundo das quatro linhas, onde chegou a atuar como ponta esquerda. Suas conquistas dizem muito do que foi Rubens Minelli, na época de ouro do futebol brasileiro. Praticamente seu último trabalho foi no Avaí, como superintendente de futebol nos anos de 2002 e 2003. O clube divulgou nota de pesar, bem como os demais clubes por onde fez a história acontecer.
