O Avaí demitiu Gilmar Dal Pozzo na tarde desta segunda-feira (5) após a derrota para a Ponte Preta no domingo por 1 x 0, acumulando nove jogos sem vitória. Foram três meses de trabalho que levaram a equipe da zona de rebaixamento à liderança. A perda de rendimento, com a troca de jogadores por lesão e suspensão deu início à queda para a segunda página da classificação. O Avaí é o 11º colocado e inicia o returno com uma margem de exigência muito alta na próxima sexta-feira (9), quando recebe na Ressacada o Operário-PR, às 19h15min, em busca de vitória se quiser chegar ao objetivo do acesso.
Os resultados derrubaram Gilmar Dal Pozzo, mesmo com aquele início arrasador. O futebol fraco das últimas apresentações, falta de convicção em algumas escalações e um melhor entendimento de como encontrar as soluções para evoluir na criação de jogadas de ataque foram levados em conta pela diretoria. Claro, já preocupada com a proximidade com a zona de rebaixamento e alimentando ainda o sonho do acesso. Foram 16 jogos no comando de Dal Pozzo, com seis vitórias, seis empates e quatro derrotas.
Nota oficial
O técnico Gilmar Dal Pozzo, ex-goleiro da equipe, disse ao assumir o clube, que realizava um sonho em ser técnico do Avaí. Foi muito festejado pelos torcedores, mas não conseguiu o seu objetivo. Logo depois da demissão, divulgou uma nota oficial.
“Hoje me despeço do Avaí Futebol Clube, após três meses de dedicação e trabalho total. Sempre deixei claro meu desejo de comandar o Leão, sobretudo iniciando uma temporada, formando equipe, implantando meu modelo de jogo e forma de atuar. No entanto, quando recebi o convite em maio, com o time na lanterna do Campeonato Brasileiro, sem hesitar aceitei, porque sabia que era oportuno. Respeito a decisão de meu desligamento, mas discordo, porque tinha convicção de que subiríamos para a Série A.
Chegamos na liderança momentânea da competição, com dez jogos de invencibilidade, sendo cinco vitórias consecutivas, algo que não ocorria há muitos anos, dando alegria ao torcedor. Deixo a Ressacada com 50% de aproveitamento. Gostaria que fosse mais, no entanto, há cem dias o clube tinha apenas um ponto somado e tenho convicção de que entreguei, ao lado de meu auxiliar técnico, Marcelo Albino, e a comissão permanente, o meu melhor diariamente.
De coração entendo que as portas seguem abertas. Agradeço cada um que fez deste período algo grandioso em minha vida. Sigo na torcida pelo Avaí”.
A campanha
As palavras de Dal Pozzo em sua nota oficial são de mágoa com a decisão da diretoria. Esperava continuar o seu trabalho. Mas não detectou a tempo a queda de rendimento e não encontrou soluções para o aproveitamento dos reforços. A equipe precisava de ousadia. Dal Pozzo foi engolido pela competição. Os reforços que a diretoria colocou em suas mãos não foram suficientes para mudar o quadro.
Contradições
Um dos erros de Dal Pozzo foi insistir na improvisação da Natanael na segunda linha quando tem muito atacantes para aproveitar. Não funciona Natanael como atacante. Incompreensível. Nada acrescentou contra a Ponte, por exemplo. O atacante Hygor fez muita falta em seu período final. Sua ausência coincide com a sequência de maus resultados. João Paulo participou da chegada à liderança e hoje não é mais utilizado. Willian Maranhão saiu por cartão e perdeu a vaga como titular contra a Ponte. São decisões difíceis de compreender.
Returno apertado
O técnico que assumir o Avaí (neste período agora deve ser Marquinhos Santos) vai encontrar uma equipe com estado anímico lá embaixo. A Série B deste ano está muito equilibrada e o ponto de corte para acesso deve girar em torno de 62 pontos. No primeiro turno o Avaí fez apenas 25 pontos e seis vitórias. Para não ser rebaixado, o número está bom. Mas o Avaí tem o projeto de acesso e vai precisar muito mais.
Neste caso, no returno, vai ter de fazer uma campanha para somar mais de 36 pontos. Assim chegará a mais de 60 com a expectativa de acesso. Ou seja, vai ter de vencer mais de 12 jogos. Não é uma tarefa das mais fáceis, levando-se em conta de que no segundo turno as equipes se reforçam e costumam jogar mais.
Campeão de tudo
Com a vitória sobre o espanhol Carlos Alcaraz por 2 x 0 (duplo 7×6), Novak Djokovic, 37 anos, tornou-se o terceiro tenista mais velho da história a conquistar o ouro olímpico. Alcançou o “Career Golden Slam”, ou seja, ganhou todos os Grand Slam e ainda as Olimpíadas. Um sonho perseguido por ele há muito tempo, desde que o Tênis retornou ao programa olímpico em 1988. Foi uma conquista merecida e com um grande espetáculo na quadra principal de Roland Garros.
Rebeca, no topo
Entrou para a história da participação brasileira nos Jogos Olímpicos com a conquista de mais um ouro no solo. Aos 25 anos, é a atleta brasileira com mais conquistas de medalhas na história: seis no total. Chegou ao topo depois de uma caminhada dura de sua mãe, que criou sete filhos sozinhas. Trabalhou como faxineira para pagar os treinamentos da Rebeca. Merecida demais esta conquista.
Decisão
O Figueirense faz domingo (11), no Estádio Orlando Scarpelli, uma decisão contra o Londrina e que pode, em caso de vitória, manter a equipe viva na busca pela vaga no G-8 da Série C. A situação poderia estar melhor se o goleiro Thiago Gonçalves não falhasse duas vezes e permitisse a virada do Botafogo-PB em João Pessoa, no sábado, por 3 x 2. Uma ducha de água fria para o alvinegro, que esteve duas vezes na frente. Não dá para colocar a responsabilidade em um único atleta, mas foram falhas decisivas para a virada. Bola pra frente, domingo tem mais.
