É fato que o presidente nacional do Republicanos, deputado federal Marcos Pereira, quer ser presidente da Câmara dos Deputados a partir de janeiro de 2025, mas para isso vai precisar de votos de seus pares para derrotar o candidato do Governo.
A única coisa que ele tem nas mãos é o seu partido e com isso tem 27 diretórios que pode negociar com os governadores que tem suas bancadas em Brasília.
Foi justamente esse desejo que fez Marcos Pereira entregar o diretório estadual de Santa Catarina nas mãos de Jorginho Mello, preterindo o ex-governador Carlos Moisés que hoje não tem penetração política na bancada estadual em Brasília.
O PL de Jorginho tem 6 deputados federais e o governador já flerta com os deputados Ismael dos Santos (PSD), Darci de Matos (PSD) e Rafael Pezenti (MDB) para futuras filiações no seu partido já pensando em 2026.
Vale destacar que Ismael dos Santos e Darci de Matos fizeram a ponte para que o também deputado federal Ricardo Guidi assumisse a secretaria de Estado do Meio Ambiente e também se filiasse no PL para ser o pré-candidato a prefeito em Criciúma.
Como já aconteceu com o PRD (partido que surgiu da fusão do PTB e Patriota) de Santa Catarina, onde o governador Jorginho Mello fez da legenda uma espécie de puxadinho do PL, o Republicanos parece estar no mesmo caminho aqui no Estado.
Mesmo Carlos Moisés publicando uma carta colocando panos quentes sobre tudo o que já saiu na mídia sobre a intervenção dos liberais na legenda, mais cedo ou mais tarde o Republicanos terá Jorge Goetten, hoje no PL, como presidente do partido em Santa Catarina.
Moisés disse na carta que Marcos Pereira deu sua palavra que até o mês de outubro Jorginho Mello não terá interferências nas decisões do Republicanos para as eleições de 2024.
Mas e depois? Bem, é sabido que Jorginho quer não somente isolar Carlos Moisés, mas também quer o controle do Republicanos aqui em Santa Catarina.
Com isso, ele mata dois coelhos com uma cajadada só e esse avanço acaba enfraquecendo os pessedistas não só em 2026, mas também em 2024 em cidades como Criciúma, Tubarão, Joinville e Itajaí.
A militância do Republicanos ficou alvoroçada com o que Marcos Pereira tentou fazer em Santa Catarina e não só Moisés, mas muitos filiados prometem seguir o ex-governador se ele se desfiliar.
Mas isso Jorginho já previa, pois o que ele quer mesmo é o comando da legenda e tudo que o partido possa trazer para o seu lado, como o tempo de TV e principalmente o Fundo Eleitoral e Fundo Partidário.
