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Dois acontecimentos estremecem a classe política de Florianópolis

Não há como negar que a Operação Presságio, que já está na segunda fase, fez muitos políticos colocarem as barbas de molho, pois a prisão preventiva de Ed Pereira e outros ex-comissionados da Prefeitura de Florianópolis pode revelar a algo maior do que realmente parece.

O relatório de mais de 500 páginas feito pela delegada Patrícia Fronza Vieira, da Deic, foi encaminhado para o Ministério Público na sexta-feira, 7, e pede o indiciamento de 18 pessoas que supostamente participaram de um esquema de desvio de recursos público durante pelo menos, segundo a delegada, dois anos.

Quase 10% desse relatório policial mostra as notas fiscais falsas emitidas pelo grupo para supostamente desviar o dinheiro da secretaria comandada por Ed Pereira. Notas essas que não foram encontradas no sistema Bússola, que é usado pela Prefeitura de Florianópolis para a prestação de contas de verbas repassadas para projetos sociais.

Mas outro fato que chamou a atenção no âmbito jurídico foi o despacho do desembargador José Luiz Dacol, que se declarou inapto para julgar qualquer decisão, no âmbito judicial, do processo de cassação do ex-vereador Maikon Costa (PL), que pede a anulação da sentença na Câmara Municipal.

Segundo o desembargador, o próprio Maikon Costa teria enviado mensagem, via whatsapp, para ele solicitando ajuda financeira para prosseguir com a sua defesa e afirmando categoricamente que uma decisão do magistrado não teria sido técnica, mas sim influenciada por desígnios políticos de terceiros.

Dacol diz que “os despropósitos e os injustos ocorridos podem comprometer a isenção sempre demonstrada pelo relator, razão pela qual se revela previdente a redistribuição dos autos”.

E o que o caso da Operação Presságio e o caso de Maikon Costa tem em comum? É que o ex-vereador afirma que a sua cassação se deu porque ele começou a fazer denúncias contra a administração municipal e uma delas foi justamente contra Ed Pereira há dois anos.

Se ele vai ou não conseguir reverter a sua cassação ninguém sabe, mas se realmente voltar para a Câmara Maikon prometeu ir mais a fundo nas suas denúncias e diz também que pode encontrar provas contra aqueles que o cassaram em março deste ano.

 

   

 

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