Portal Making Of

Economia, cultura, arte e representatividade

Foto: Rafael Nogueira como Presidente da Fundação Catarinense de Cultura – FCC / crédito: reprodução.

As relações da cultura com a economia são tão próximas como a arte e, por isso, a importância da representatividade do setor nos cargos públicos

As relações da cultura com a economia tornaram-se ainda mais evidentes com a pandemia. A crise sanitária restringiu as atividades e afetou vários segmentos econômicos e os profissionais ligados diretamente ao setor. Segundo estudos realizados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa e com o Sebrae, a crise da Covid-19 agravou a situação financeira e econômica das empresas, aumentou o endividamento e a inadimplência dos empreendimentos. Mas mesmo antes disso as restrições impostas pelo Governo Federal e, em especial, com os ataques a lei Rouanet, já impactavam no setor.

A cultura foi desprezada pelo antigo Governo e agora carece de incentivo para retornar aos trilhos. Ação visível quando se trata das ações do Governo Federal sob o comando de Lula na Presidência da República com a escolha de Margareth Menezes no Ministério da Cultura. A ministra, que além de cantora de sucesso, é também uma das criadoras da Associação Fábrica Cultural – entidade privada sem fins lucrativos.

Na contramão do que acontece no país, por aqui, o Governador Jorginho Mello nomeou Rafael Nogueira a cargo Presidente da Fundação Catarinense de Cultura – FCC. Para quem conhece os meandros da cultura catarinense ou atua na área cabe a perplexidade, diante da falta de representação no nomeado em relação ao segmento que vai representar. A nomeação de um “filósofo olavista” define bem o espaço que a cultura vai ter no Governo do Estado.  Longe da representatividade, a nomeação parece ter como única motivação a acomodação de ex-colaboradores do Governo passado. Lamentável para o setor que está tentando se reerguer.

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

Compartilhe esses posts nas redes sociais: