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Entrevista com o governador Carlos Moisés da Silva

PETERSON PAUL/SECOM

O governador Carlos Moisés da Silva está no último ano de sua administração, ele que é candidato à reeleição no estado de Santa Catarina concedeu uma entrevista nesta manhã, 16, ao jornalista Roberto Azevedo, do Portal Making Of e da TVBV (Band). No bate-papo, Moisés fez um balanço sobre a gestão, falou sobre a reeleição, sobre a polêmica envolvendo o uso da aeronave do governo, entre outros assuntos.

Confira abaixo a íntegra da entrevista:

Roberto Azevedo: A gente queria perguntar como dividir o ano entre o pré candidato, Carlos Moisés da Silva e o gestor Carlos Moisés da Silva, que foi eleito para gerir o estado.

Carlos Moisés: Esse é um dos cargos que não se afasta, que a lei permite, até porque o estado não pode parar, né? São tantas as necessidades que a gente se depara. O estado precisa avançar tanto ainda. Nós tínhamos 2 anos de pandemia, as cirurgias eletivas foram suspensas nesse período. Agora nós temos que retomar com toda a força tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo e tantos investimentos e tantas entregas. Assinar a ordem de serviço, lançar novas licitações. Então o governo não para, a gente concilia as agendas de pré-candidatos, que nós estamos hoje, e depois as agendas de candidato, com o exercício do cargo não é, naturalmente. Talvez ali na frente, eu acho que essa é uma expectativa que nós temos até, é de um eventual afastamento durante o período de eleição efetivamente, né? Para que a gente possa estar concentrando um pouco mais, mas de fato não dá pra parar, né? Nós estamos no início do ano e as eleições são lá em outubro. O governo precisa andar, precisa avançar. A gente avançou em muitas coisas, mas nós temos muitos projetos para entregar, então essa agenda ela acaba se misturando um pouco.

Roberto Azevedo: Plano 1.000. É uma grande jogada política dentro da lei, evidentemente, mas que tem provocado muito a ira dos seus adversários, dizendo que o senhor está um está dando um Pix e não vai poder pagar lá na frente. É um projeto de 5 anos, que está apenas no primeiro. Evidentemente que o próximo governo vai ter que reforçar esse item. É uma situação que lhe deixa muito incomodado? Cobrar uma ação que ainda não foi efetivada?

Carlos Moisés: É uma ação que já vem sendo efetivada desde 2019. A gente está chamando de Plano 10.000, Plano 5.000. Nós temos municípios com 2000 habitantes que já receberam mais de 20 milhões de reais do estado de Santa Catarina. Esses dias eu recebi um prefeito aqui na casa que ele me disse: “olha, o meu município tem 30 anos de uma situação. Em 2 anos de governo, o senhor deu mais dinheiro do que toda a arrecadação do meu município no que ele tenha recebido, eventualmente, do governo nos últimos 30 anos”. Então, a gente só chamou de Plano 1.000 para atender as grandes cidades, para organizar onde 80% da população catarinense existe, vive e acontece. O nosso governo é municipalista desde novembro de 2018, quando começamos a programar as nossas ações na transição, e efetivamos de fato investimentos. Até final de 2021 nós já tínhamos descentralizado voluntariamente para esses municípios 3 bilhões e meio de reais com emendas parlamentares, com transferências especiais, como você chamou Pix etc.. Que o pessoal apelidou de Pix e que a gente facilitou a forma de transferência de recursos para as cidades, porque é nas cidades onde vive e nós estamos cumprindo aquilo que nós prometemos em 2018. Mais Brasil, menos Brasília. Esta era a nossa Bandeira lá.

Roberto Azevedo: Que é a Bandeira do presidente Jair Bolsonaro.

Carlos Moisés: Exatamente. Nós nos elegemos sobre essa mesma Bandeira em 2018. Mais Brasil, menos Brasília, significa mais Santa Catarina, menos o governo do estado. As críticas são porque nós fechamos as torneiras, saneamos o estado e agora o dinheiro chega onde as pessoas vivem, que é no município. Não bastasse isso, ainda estamos investindo no governo federal, são os parceiro investindo em rodovias federais, em BRs. Então nós fazemos a nossa parte nas estaduais. Temos 74% das rodovias em condições ruins ou péssimas, hoje temos apenas 24% delas assim. Precisa avançar? Precisa, por isso que o governo não pode parar em campanha, não pode parar em ano de eleição. E somos programados que vamos investir em rodovias, em transporte aviário, em transporte aeroportuário, o transporte de Santa Catarina e assim por diante. Então é um governo incomparável, porque nenhum governo passou pela crise sanitária que nós passamos e nós temos hoje avaliação do melhor enfrentamento da crise no país, que é a menor taxa de letalidade para COVID-19. O menor desemprego do país, então nós conseguimos equilibrar o cuidado com as vidas, das pessoas de Santa Catarina, com a saúde dos catarinenses e o cuidado com a economia do nosso estado.

Roberto Azevedo: O senhor tem sempre uma posição muito clara em relação à infraestrutura. Tem investido, tem assinado aí inúmeros convênios, processos de licitação, rodovias que não saíram do papel a 20, 30 anos. Mas esta é a solução do que há por vir e a manutenção? Muita gente reclama, por exemplo, que rodovias como a Serra do Corvo Branco, hoje interditada, estão numa situação que podia ser melhorada. Está se fazendo um grande trabalho na Serra do Rio do Rastro. Como é que é atender a esse pedido de infraestrutura, na manutenção, tanto quanto nas novas obras?

Carlos Moisés: Corvo Branco nós lançamos licitação para terminar a obra histórica de 60 anos de espera. O que houve agora foi um evento da natureza. Essas chuvas todas, houve lá um movimento de massa, então agora vamos ter que fazer uma nova intervenção. Agora, vejam, a Serra do Rio do Rastro nós já estamos fazendo as intervenções, fizemos a contenção de encostas que há uma obra histórica. Nunca vi isso acontecendo em Santa Catarina. Iluminação, licitação em andamento, a pavimento rígido, que é o cimento da Serra, tudo em andamento. Então são obras históricas lá no Mirante da Serra do Rio do Rastro. Investimento para a concessão daquela área para efetiva privada, movimentos históricos que Santa Catarina nunca usou. Nós fizemos a primeira concessão da história de Santa Catarina, que foi o centro de eventos lá em Balneário Camboriú. É a primeira vez na história de Santa Catarina que nós investimos acima de 25%, nunca tinha investido o estado de 25%. Nós ultrapassamos 27.4% em educação, então nós somos um governo de realmente de ações históricas. Que marcam uma gestão, uma forma de fazer gestão e essa questão da infraestrutura foi uma Bandeira levantada lá em 2018, 19, na transição, quando a gente falou: a Infraestrutura vai nos dar mais educação, mais saúde, mais segurança, mais turismo, mais arrecadação, enfim, vai melhorar a vida das pessoas e por isso que nós estamos elegendo regiões, investindo mais de 120 milhões para fazer usinas de asfalto para os municípios terem autonomia. É por isso que nós estamos descentralizando esses recursos para os municípios investirem no sistema viário. Por isso que nós estamos investindo nas rodovias federais. Estamos investindo nas rodovias estaduais. Até aquilo que não era da nossa competência nós estamos fazendo, então nós temos convicção de que esse tema infraestrutura leva o nosso estado aos números que ele está hoje. É como um oásis no Brasil. É podendo compartilhar com a nossa sociedade que são taxas no pleno emprego, não tem desemprego. 4.3% e 4.5, como de liberou o IBGE. Então o resultado da força do empreendedor catarinense, mas com um governo que não atrapalha, um governo que passa a ser um fomentador.

Roberto Azevedo: Governador, o senhor não teme que num ano eleitoral o resultado, ou então o efeito seja maior que a causa? E eu vou dar um exemplo pontual, nós tivemos aí um excesso de chuvas entre abril e início de maio e nós tivemos um ponto crítico, que foi o alto vale do Itajaí. Muita gente reclamou da questão das comportas em Ituporanga, da barragem de Ituporanga, e ainda tem a questão da licitação que precisa ser feito em José Boiteux. Qual é a resposta que o senhor pode dar para aquela região que sofreu bastante com esse tipo de problema climático?

Carlos Moisés: Eu acho que há algumas décadas se esperava essa licitação, que era anunciada de José Boiteux: 110 milhões de reais em investimentos, nós fizemos. Está aí, está em andamento. Então assim, anunciamos investimentos, separamos o orçamento, é algo que é concreto, que vai acontecer. São obras estaduais. A operação de barragens, é algo que de fato, demanda algumas atenções. Nós temos empresas que fazem manutenção dessas barragens que foram contratadas mais recentemente, que têm os seus indicativos. Da hora de fechar a hora de abrir, isso é uma questão. Penso ainda que nós temos que investir mais para que a gente tenha múltiplas funções nessas barragens, para que elas não precisem ser ocupadas somente como foi o caso de José Boiteux. Em que houve lá dano aos equipamentos por conta de ocupação de povos indígenas, enfim, então nós temos aí uma série de detalhes. Eu acho que há utilização para múltiplos fins, a geração de energia elétrica, armazenamento de água para abastecimento de cidades e comunidades. Tudo isso vai fazer com que esses equipamentos dê um retorno adequado e que a gente possa manter pessoas em todo o tempo lá. Então, o governo também está vendo a melhor modelagem disso daí. É obviamente que algumas delas, como é o caso da José Boiteux, é uma área indígena, que então a competência federal de investimentos deveriam ser federais ali e a gente está negociando, inclusive para o Ministério, para que isso se concretize, mas também dando nossa contrapartida. Assumindo algumas responsabilidades, inclusive o mapeamento da questão socioambiental para que a gente tenha um impacto menor e tenha um déficit ali social.

Roberto Azevedo: Ituporanga, especificamente, a questão da comporta que não foi fechada.

Carlos Moisés: Isso é uma discussão técnica. Existe um risco de alagamento da central de máquinas. Depois se avaliou que entre alagar a cidade e alagar a central de máquinas, que provoca um eventual dano, vamos fechar. Só que mesmo com as comportas abertas, a barragem já reduz percentualmente, em grande parte, cerca de 30% o extravazamento da água pelo próprio formato da existência da barragem, então ela já começava a cumprir os seus efeitos ali. Então aí, críticas locais, talvez até com uma conotação um pouco política também, de pessoas que já passaram pela pasta. Enfim, eu acho que tudo isso a gente tem que tentar equilibrar para que a gente não misture, não macule as coisas. O objetivo é que a gente avance de fato em investimentos e em outras barragens também como é o caso de José Boiteux, para que dê mais segurança a essas pessoas.

Roberto Azevedo: Saúde foi um trabalho muito forte executado, principalmente em cima da pandemia, mas o senhor mesmo citou já a questão das cirurgias eletivas que estão voltando. Agora tem um problema recorrente que é da questão das UTI s neonatais, principalmente lá no sul do estado, Içara, Criciúma. O que dizer para essa população que espera, talvez, a mesma reação que se teve em relação à pandemia a estes casos específicos?

Carlos Moisés: Essa é uma questão sazonal, também de sazonalidade. Houve essa demanda. O estado já coloca à disposição algumas unidades de UTI, no caso para atender parece que 2 ou 3 crianças no sul do estado. E nós temos a pré-disposição até de contratar a iniciativa privada esse leito de UTI, sem problema algum. O estado está saneado, nós fizemos a lição de casa e também, através da central de regulação. É, obviamente, a central de regulação atua em todo o estado, nós temos que fazer uma boa conversasão do dinheiro público, aonde tiver leite disponível, a gente garante o transporte das crianças até o atendimento adequado.

Roberto Azevedo: Até porque a gente entrou na área da saúde, seus adversários ainda estão em abril de 2020, sempre recorrem ao dado dos 33 milhões de reais para a compra de 200 respiradores que acabaram nunca chegando naquele modelo que foi adquirido. O que dizer para Santa Catarina hoje? Houve uma série de ações, há ações judiciais sendo movidas… esse dinheiro já chegou aos cofres? Ele está aqui, ele já está sendo usado ou ele apenas está retido pelo poder judiciário?

Carlos Moisés: Saímos de 500 UTIs durante a pandemia, que havia no estado, para 1500 e triplicamos o número de UTIs. Então fizemos a nossa parte, como eu falei, temos a menor taxa de letalidade. Fechamos o estado na hora correta, só solitariamente. O primeiro estado a fechar. O primeiro a regular atividade. Nós tiramos pelo Ipea nota 10 no enfrentamento da pandemia. E das 27 unidade da federação, 15 tiveram problemas com compras. O modelo era pagar adiantado e havia o risco de não receber. Qual foi a grande dificuldade? Não temos garantia e também talvez alguém é interessado apenas em ganhar dinheiro sem proporcionar as garantias para o estado. 38 milhões de reais já estão reservados, o bloqueio de mais de 14 milhões em espécie em dinheiro, outros bens, veículos, participações acionárias de pessoas físicas e jurídicas que se envolveram nesse negócio que não deu certo. E que o governador Carlos Moisés da Silva foi o primeiro a acionar a polícia e os órgãos de controle e também a PGR  – Procuradoria Geral do Estado, a Controladoria do nosso estado e também a Fazenda para que a gente identificasse as movimentações financeiras e por isso já temos 38 milhões bloqueados para cobrir esse vazio dos 33 milhões. O site chama www.sc.gov/respiradores. Nesse mesmo site você vê onde estão os 33 milhões, mas também você consegue ver onde estavam os mais de 630 milhões que o governo de Santa Catarina economiza com a gestão e com a revisão dos contratos – dinheiro que era roubado dos catarinenses, desviado dos catarinenses. É isso que é importante a sociedade entender; e que essa compra foi um episódio isolado de 200 respiradores, 30 e poucos milhões de reais, que aconteceu uma única vez. O que a gente economiza de revisão de contratos, que é mais de meio milhão todos os anos, vai se repetir anualmente. Nós não teremos mais esse meio milhão todos os anos. Então a gente pode fazer um cálculo rápido: nós já economizamos 1 bilhão e meio só na revisão de contrato no nosso governo, extinguindo a Secretaria de Desenvolvimento Regional, diminuindo o número de secretarias, revezando contratos… A gente dá um exemplo muito presente na vida do brasileiro, que é o oxigênio no nosso governo, em 2018, a menor quantidade de oxigênio foi comprada por 24 milhões. Nosso programa paga 12. Então uma série de contratos, sistema prisional, num único contrato de 100 milhões por ano para alimentação no sistema prisional, limpeza, vigilância, baixa para 50 milhões. O mesmo contrato, o mesmo número de funcionários de 100 milhões baixa para 50 milhões. Todos os anos economizando. Então é importante em ano de eleições, que a sociedade se desperte para perceber o conjunto da nossa obra, que ele é de fato, incomparável.

Roberto Azevedo: O senhor cedeu uma aeronave do Governo do Estado para também fazer socorro. Virou uma aeronave ambulância do governo. E agora tem toda uma celeuma em cima desse assunto criticando o Governo do Estado por usar um equipamento que era ambulância para uso do governador e secretários ou mesmo criticando o senhor por uma viagem particular a bonito no Mato Grosso do Sul. O que a sociedade precisa saber exatamente desse contexto? Porque ele está sendo vendido como um grande escândalo, um momento em que o governo não usou a regra da transparência para fazer um trabalho da governança. O que dizer para a sociedade de Santa Catarina sobre esse episódio do avião ambulância do estado de Santa Catarina?

Carlos Moisés: Eu já me manifestei aqui: o governador não vira uma chave, não deixa de ser governador da noite pro dia. Então todos os governadores, presidente da República, todos eles se transportam com aparato público, de segurança pública, para onde quer que vá. Seja compromisso particular, como um compromisso oficial de governo. Isso aí é absolutamente normal. É assim que funciona. Quando nós tivemos um outro modelo, que gere segurança, nos ofertem que nós vamos avançar nele. Eu sempre que posso também voo, faço voos em carreira, já fiz diversos voos em carreira, até no sentido de economizar. Nós vendemos as aeronaves do governo, jato, e mais 2 aviões, um deles a gente colocou à disposição dos bombeiros. Essa aeronave que nós utilizamos hoje, ela não é dos bombeiros, nem é do governo. A aeronave é alugada para multi personalidades, transporta cachorro, vacinas, cachorro para fazer busca, apoiar os outros estados, os nossos irmãos catarinenses. Enfim, transporta secretário de estado, transporta pacientes, criança com a mãe. Muitas vezes ele faz o transporte agendado, não é um transporte emergencial, por isso que ninguém morre por falta da utilização. Primeiro que tem mais de um avião a disposição. Segundo que se precisasse efetivamente, o estado pode chamar ainda um segundo aporte. E terceiro é que a emergência é feita com outras aeronaves, especialmente helicóptero do bombeiro, que atendem emergencialmente. Então, o que de algo bom tem alguém querendo pintar isso de algo ruim. Na verdade, antes você tinha exclusividade no uso pelo governador e agora esse uso é compartilhado através ou de um avião próprio, que foi entregue aos bombeiros, ou até mesmo de um aeronave contratada, como essa que atende o governador, os secretários e também toda essa atividade estatal. Hoje a gente já tem dignidade. Antes o avião era tão pequeno que você pegava a criança, colocava para fazer um aeromédico e a mãe tinha que ir de carro, tinha que ir por outro meio e a criança ficava sozinha. Hoje a gente dá essa condição digna. A mesma aeronave que leva o governador já levou paciente de covid para outros estados ou trouxe pacientes. Socorremos outros estados. É isso que a sociedade precisa entender. Antes isso não existia, o que nós fizemos foi um gesto para colocar à disposição da sociedade, porque ela é objeto de todo o nosso trabalho, de toda a nossa ação. Aqui nós entendemos que tudo aquilo que está à disposição do governo, do governador, também é público e deve ser compartilhado com a sociedade.

Roberto Azevedo: Hoje o senhor reveria o modelo e contrataria ou teria uma aeronave só para fazer o transporte do governador?

Carlos Moisés: Não, esse é o melhor modelo. Já conversei com uma série de pessoas. Eu entendo que se tiver que se corrigir alguma coisa por questão do indicativo ou a simultaneidade de uso está indicando que é preciso ter mais uma aeronave, se corrige, mas eu penso que esse modelo compartilhado é um bom modelo, é um modelo econômico. E sempre que o governo pode, o governador pode, viaja também por meios de oferta regular de transporte – o transporte comercial. E sempre que não é possível ou por uma indicação de segurança ou por uma questão de necessidade de urgência, utiliza essa aeronave que é compartilhada. Eu penso que quando as pessoas começam a procurar esse tipo de coisa, para falar disso como um case, como um escândalo, é porque elas não encontram nada no governo e querem, na verdade, ofuscar os grandes números que este governo tem, incomparavelmente com qualquer um dos outros.

Roberto Azevedo: Governador, o lado político, que é necessário, o senhor realmente deu uma grande guinada no seu governo a partir do momento que olhou o todo de uma maneira um pouco diferente. O senhor vai para o Republicano, se filia ao Republicano para concorrer a reeleição, um partido que está alinhadíssimo ao presidente Jair Bolsonaro. Foi um atalho para manter essa sua ligação com o presidente da República?

Carlos Moisés: Bom, eu e o presidente, enfim, todos os outros, nós temos lá 13 candidatos pelo PSL a governador do estado, mas o presidente da República. Todos se elegeram com as mesmas bandeiras naquele movimento de 2018. Diminuição do tamanho do estado, combate aos abusos, a corrupção ao estado, uma livre iniciativa, enfim, eram aquelas bandeiras. Então, o Republicanos, que eu entendo que representa também tudo isso, eu posso afirmar que aqui em Santa Catarina nós praticamos o mais Brasil, menos Brasília. Nós fizemos o mais municípios, mais Santa Catarina, menos Governo do Estado. Nós cumprimos a nossa tarefa, depois disso eu saí do partido. O presidente também, tantos outros e houve essa movimentação toda. Eu entendi que os Republicanos era o melhor caminho para manter essas bandeiras de pé, que representa bem, e que nos dá a liberdade de conviver com os desiguais, com os diferentes. Eu acho que é um partido equilibrado, que é acolhedor. Que me acolheu também, assim como acolheu nosso vice-presidente da República, general Mourão. Acolheu outros integrantes do Palácio do Planalto. Enfim, acho que a gente continua também em Santa Catarina com uma visão da política local, não é só o aspecto federal. Nós somos um governo contributivo com o governo federal, com as rodovias federais – mais de meio milhão nós vamos investir ainda – com as UTI s que nós bancamos enquanto o Ministério não conseguia pagar lá no período da Covid, com as emendas parlamentares federais, quando os deputados trazem 80 milhões para nossos agricultores e agricultoras e falta dinheiro, porque o preço das coisas sobre, nós botamos 30 milhões e mantemos as emendas e mantemos os investimentos em todos os municípios e assim por diante. Mas também tem uma política local, Republicanos aqui em Santa Catarina é um partido neutro também, que me permite estar com MDB, com o PSDB, com o PP, com todos os partidos que queiram estar com o governador Moisés, pois quando você pega e vai para um dos partidos mais tradicionais de Santa Catarina, você acaba afastando um pouco dos outros dessa possibilidade de parceria de coligação e o nosso movimento, como nós temos, como você bem colocou o Plano 1000 é um plano que coloca mil reais por cidadão. Então uma cidade que tenha 100 mil habitantes, recebe 100 milhões para investir nos próximos 5 anos, que tenha 600 mil habitantes, recebe 600 milhões para investir. Ele não vê a Bandeira político-partidária. Então há um movimento de coerência desse governador quando escolhe um partido que não vai nem para um lado nem para o outro na questão do acirramento político catarinense, permitindo a todos que caminham conosco, porque nós fizemos um movimento suprapartidário para investir em todos os 295 municípios de Santa Catarina e pagamos as emendas de todos os parlamentares, inclusive da legislatura anterior, de 2018, que não era do nosso governo, mas que o governo anterior não pagou. Nós bancamos as emendas parlamentares, pagamos todas, vão chegar a quase 2 bilhões de reais até o final deste ano em emendas parlamentares por os parlamentares, indistintamente de partido político. Então é coerência. Eu penso que eu agi com coerência na escolha do Republicanos.

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