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Manifesto do Salgueiro pelo povo Yanomami faz história na Sapucaí

Foto: Carnavalesco

As escolas de samba do Rio de Janeiro chegaram fortes  na Sapucaí,  agora  totalmente restabelecidas do abalo provocado pela pandemia de Covid. No Grupo Especial,  como sabemos, a disputa é de gigantes e a decisão acontece no detalhe. Este ano, os novos recursos da  iluminação do Sambódromo  do Rio de Janeiro,  que   a maioria das escolas usou muito  bem,  surpreendeu o público  com os truques  para fazer o espetáculo ainda mais grandioso. Pequenos blecautes que transformavam o  visual das escolas, materiais  apropriados para refletir  a luz  nos carros alegóricos e fantasias  e  até aparições de personagens reais nas  arquibancadas, envolveram mais o público  na Sapucaí e em casa. Foram muitos detalhes para a análise da  comissão julgadora decidir entre os quesitos clássicos dos  desfiles e as inovações das luzes.

As mensagens dos enredos  foram variadas, passando  por livros, que colocaram literatura na passarela, as questões da ancestralidade negra, racismo, personagens da cultura e até o  cajú,  tema da Mocidade Independente de Padre Miguel, que já tinha seu samba entoado bem antes do carnaval, mas na  passarela  foi uma explosão de cor  e animação, numa clara  alusão aos carnavais da década de 80. Foi um desfile  inteiro  de alegria e vibração.

Mas o tema  mais relevante, o mais atual de todos,  ficou por conta do Salgueiro, que trouxe para o público um grande manifesto em favor do povo Yanomami, com o enredo  “Hutukara”, para  lembrar  a crise humanitária  na terra índigina, principalmente pela exploração dos garimpos, com a extração de ouro e  diamante.

O desfile  começou mais pesado, ressaltando a cobiça  dos destruidores da  floresta, perguntando o  que vale mais a vida ou ouro? Mas  com a evolução  da escola,  veio a  leveza e  as belezas da floresta dos Yanomami, com águas  cristalinas, frutas, animais  e o sonho de rios e riachos sem mercúrio e sangue.

Importante ressaltar que o enredo e o desfile do Salgueiro  trouxeram os Yanomami como  fonte, a partir do ponto de vista deles,  mas o alerta  é para  a proteção e resistência  de todos os povos indígenas. O desfile mostrou a própria resistência do Salgueiro e o  samba enredo meteu o dedo na cara. Só  não entendeu que não se importa com um Brasil melhor para os povos da floresta.

Foto: O Globo

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Catarinense realiza sonho na Sapucaí

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Há muito tempo se preparando,  a influenciadora catarinense, Tati Barbieri, de Blumenau, fez parte do momento  histórico do Salgueiro com seu enredo pela defesa do povo Yanomami. Como musa da escola, a catarinense   desfilou com uma luxuosa fantasia, assinada pelo estilista  Henrique Filho, uma homenagem  à Amazônia.

Tati conta que a estreia  na Sapucaí  foi bem acima  da expectativa e que dividir o momento com os amigos, familiares e a escola do  coração  certamente  será um dos dias mais memoráveis da sua  vida.

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União da Ilha no Olimpo com o Skate

Foto: Divulgação

A comunidade da Lagoa da Conceição segue  celebrando o  bicampeonato do  Carnaval das Escolas de Samba de Florianópolis. Junto com os sambistas,  outra comunidade continua  comemorando, os skatistas, representados no enredo da escola, que  vão guardar no coração essa  linda homenagem do carnaval ao esporte.

A Escola de Samba União da Ilha da Magia conquistou o título  com  o  enredo “Citius, Altius, Fortius! Os Deuses do Olimpo Abençoando o Skate na Ilha da Magia!”. O tema celebra a relação entre o esporte e fez  uma homenagem ao atleta olímpico, Pedro Barros, de Florianópolis. Segunda e terceira  escolas vencedoras  foram a Consulado e a  Coloninha.

Este é o segundo ano consecutivo que a União da Ilha conquista o título no Carnaval de Floripa. No ano passado, a escola conquistou o título com o enredo “Ô Mané, que festa é essa? É o Dazaranha mostrando ao mundo que um dia lindo a gente faz”, uma homenagem à banda mais popular de Santa Catarina.

União da Ilha comemora o título

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Vai começar o Prêmio Desterro de Dança

Foto: Bia Sá

A partir deste sábado, seguindo até o dia 25 de fevereiro, o Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis, recebe 13a edição  do Prêmio Desterro,  com a participação de cerca de 1500  bailarinos do Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Paraguai. Integrantes de 129 academias, escolas, grupos e companhias, eles apresentarão mais de 600 coreografias , entre balé clássico de repertório, balé neoclássico, dança contemporânea, danças populares, danças urbanas, estilo livre, jazz e sapateado , criadas, repostas ou adaptadas por 280 coreógrafos.

Do total, 496 trabalhos concorrerão às premiações da Mostra Competitiva em 14 sessões. Outros 141 serão exibidos em dois horários específicos na Cena Comentada, mostra paralela sem avaliação de jurados, mas com análise de um profissional convidado.  A competição também irá para fora do teatro, com a Batalha de Danças Urbanas, que volta à programação do evento, após dois anos, no último dia do festival, ocupando o Espaço Lindolf Bell.  A agenda, a mais extensa de todas as edições do festival, inclui também uma oficina especial no Teatro Ademir Rosa e 35 workshops no Espaço Lindolf Bell, ministrados por 18 profissionais do Brasil, Alemanha, Canadá e Estados Unidos.

Mais informações no  www.prêmio desterro.com.br e  pelo Instagram no @premiodesterro , com a programação, inscrições e venda de ingressos.

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Bailarinos argentinos buscam aperfeiçoamento em Florianópolis

Foto: Divulgação

O trabalho  é da coreógrafa e professora de dança,  Barbara Rey, argentina radicada em  Florianópolis, com  extensa experiência  no treinamento de novos e veteranos bailarinos e na montagem de espetáculos.

Recentemente, os bailarinos  da Argentina,  Jiva Velázquez e Caterina Stutz, do Teatro Cólon,  e Paloma Ramirez,  formada no Instituto do Teatro Colón, e Miguel Klug, Primeiro  Bailarino do Teatro de La Plata,  fizeram uma temporada  de estudos em Florianópolis com Barbara Rey.  Também participou das aulas a bailarina  e professora  do Jovem Ballet de Santa Catarina, Victoria Scatena. Caterina e o bailarino Jiva Velázquez  estão treinando coreografias  para a uma produção  da mestra de ballet  argentina,  Lidia Segni, que está preparando um  espetáculo para ser  exibido  no Uruguai e Argentina.

Barbara Rey e os bailarinos argentinos (Foto: Divulgação)

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Concerto de clássicos com a Camerata Florianópolis

Foto: Tóia Oliviera

A Camerata Florianópolis, sob regência do maestro Jeferson Della Rocca, apresenta nesta sexta-feira (16 de fevereiro), às 20h, na Catedral Metropolitana, o primeiro concerto de música clássica da temporada 2024. O programa, que é formado por obras de Tchaikovsky, Beethoven, Puccini, Menotti e Carlos Gomes, terá solos da soprano Carla Domingues.

Além da consagrada Serenata para Cordas de Peter Tchaikovsky – considerada uma das principais obras já compostas para esta formação instrumental – e um fragmento da Suíte “O Quebra Nozes”, o programa contará com uma versão para cordas do quarto movimento da Sinfonia N° 3 de Ludwig van Beethoven e arranjos de três árias para soprano e orquestra, das óperas La Bohème (Giacomo Puccini), O Telefone (Gian Carlo Menotti) e Salvador Rosa (Carlos Gomes). O concerto é gratuito.

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Ivan Lins e Camerata 

Foto: Rodrigo Simas

E mais uma parceria acaba de ser confirmada: Ivan Linz e Camerata Florianópolis se apresentam   em Florianópolis no dia  16 de março.

No show uma coletânea  dos grandes sucessos do compositor e cantor Ivan Lins em diversas fases da sua carreira.

O show será  no Centro de Cultura e Eventos da UFSC e  os ingressos já estão à venda no site  da www.bluetickt.com.br .

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Um ótimo resto de semana pós carnaval e até a próxima.

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

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