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“Expedição Natureza da Ilha” continua no quarto livro do fotógrafo Zé Paiva, com alerta sobre a proteção da fauna e da flora

Foto: Zé Paiva

O fotógrafo Zé Paiva revela mais um capítulo, ou  melhor, mais um livro,  desbravando a natureza da Ilha de Santa Catarina.  É o quarto  da série Expedição Natureza.

Dessa vez, a natureza é  o cenário para a construção de uma história permeada por águas (doces e salgadas), a Mata Atlântica e  uma variedade de flora e de fauna, sem esquecer das ações humanas e suas consequências.

O livro “Expedição Natureza da Ilha”, com  144 páginas que revelam verdadeiras obras de arte da fotografia e da natureza, será lançado hoje à noite,  22 de fevereiro, no Jardim Botânico de Florianópolis. No local, uma exposição fotográfica, com imagens que estampam o livro, poderá ser visitada até dia 03 de março,  com direito a oficinas de fotografia. A partir do dia 4 de março, a exposição  vai  circular por outros espaços da cidade.

Ao fazer a curadoria das imagens, pouco mais de 100 fotografias foram as escolhidas entre quase 12 mil   feitas por Zé durante suas expedições nas 16 Unidades de Conservação em Florianópolis, sendo duas federais, duas estaduais e 12 municipais. Foram sete meses percorrendo 220 quilômetros por trilhas com mochilas pesadas, 60 quilômetros remando uma canoa canadense e mais de 1.800 quilômetros de carro, para registrar os mais diversos e encantadores recantos da ilha, acompanhado pelo seu guia de campo, Rodrigo Dalmolin, e sua assistente de fotografia, Mariana Colin.

“A natureza te surpreende se você tiver olhos para enxergar as sutilezas que nos espreitam. (…) Subi e desci morros para encontrar canelas seculares, uma figueira de duas pernas, um jardim de orquídeas. (…) As pessoas procuram a natureza pelas mais diversas razões. Algumas para contemplar, outras para caminhar, outras para um encontro sexual. A natureza é generosa e acolhe, mas nem todos cuidam da nossa grande mãe”, escreveu Zé em seu livro.

Ainda em suas palavras, no livro, o fotógrafo afirma: “Espero que esse livro ajude a sacudir as velhas ideias. A pandemia mostrou por um breve espaço de tempo que isso é possível. As pessoas deixaram os carros em casa, a poluição diminuiu, os animais invadiram as cidades, a natureza respirou aliviada por alguns instantes.”

Viabilizado pela Lei Municipal de Incentivo  à Cultura, o livro será distribuído gratuitamente  em escolas,  universidades e disponibilizado Biblioteca Pública de Florianópolis e também na Biblioteca Nacional. No link é possível baixar o livro gratuitamente: www.expedicaonaturezadailha.com

Fotos: Zé Paiva

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Pacacoenco em turnê por Santa Catarina

Palhaço Pacacoenco  – ator Charles Augusto (Foto: Chris Meyer)

Uma vida dedicada à arte da palhaçaria,  uma vida que ainda vai  muito longe com o artista nos palcos dos teatros, nas  ruas ou seja lá onde tiver espaço.  É preciso ter um grau de desprendimento e desapego da própria imagem para transcender, ir além e se revelar. Essa revelação é o estopim do palhaço, que o coloca em situações que provocam o riso; e é uma das buscas do artista Charles Augusto com três espetáculos que serão  apresentados  em diferentes regiões de Santa Catarina, durante os próximos dois meses.

A circulação dos espetáculos de circo passará por sete cidades de Santa Catarina. Começou essa semana por Joaçaba e segue pelo estado.  “Esse projeto visa democratizar o acesso à arte de qualidade, fala da essência do artista de levar nossa arte onde tiver alguém disposto a apreciá-la e, além disso, está comprometido com as questões do meio ambiente tão urgentes para o planeta”, observa Charles Augusto.

É sobre a essência do artista que a primeira das três apresentações, a “Pacacoenco”, reflete. Dirigida por Márcio Libar – quem escreveu a primeira frase deste texto, em seu livro “A Nobre Arte do Palhaço”. O palhaço, protagonista da peça, desbrava o interior da geografia mundial e do coração humano, na companhia da sua amiga Jaguaruna. As estradas são percorridas a pedaladas, e, na bagagem, o palhaço leva seus truques, sua casa e seu amor. “O palhaço se agarra ao que ele sabe fazer – provocar o riso – na iminência de trazer uma reflexão sobre a vida, nossas escolhas e propósitos”, compartilha Charles.

Na sequência, será apresentada a peça “Palhastê”, dirigida por Rodrigo Robleño. Nela, o Pacacoenco substitui um famoso guru e oferece sua própria visão do autoconhecimento transcendental, a Filosofia “Palhastê”, que já tem 1450 anos – ou segundos – de tradição, com mantras risíveis e momentos de pura palhaçaria.

Já o terceiro espetáculo, “Só Eu e Nós”, dirigido por Luís Carlos Nem, mostra o dia a dia do palhaço fazendo arte na rua, trazendo seu mundo encantado para a rotina cinza das cidades. Um dia este ser solitário encontra um cão abandonado. O que pode acontecer do encontro de um palhaço, um cachorro e uma calça? É preciso assistir à peça para saber!  O projeto  foi viabilizado  através do PIC – Programa de Incentivo à Cultura, com  apoio UFSC/SECARTE,  o incentivo da CELESC e Brasil Atacadista.

A entrada nos espetáculos é gratuita e mais informações no instagram do artista: @charlesaugusto_pacacoenco .

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Cinema infantil de volta ao CIC

Cena do filme “I’m not afraid” (Foto: Divulgação)

Começa no próximo sábado, dia 24 de fevereiro, a  nova temporada de sessões do Cineclube da Mostra de Cinema Infantil, na sala Gilberto Gerlach, do Centro Integrado de Cultura (CIC). A exibição começa às 16h e tem entrada gratuita. A iniciativa conta com apoio do Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC) e Fundação Catarinense de Cultura (FCC).

Para a volta, o Cineclube exibirá uma sessão de curtas-metragens internacionais, com  filmes dublados e classificação indicativa livre. fazem parte da mostra os seguintes filmes: The most boring Granny in the whole world; Something Black; Pichintún: Fabricio, un niño kallawaya; Luce and the Rock; I’m not afraid!; With a Wool BalleE Pim & Pom at the Museum – The Big City.

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Antologia em homenagem a Juarez Machado

Organizado e editado pela Associação das Letras com sede em Joinville, e apoio do Instituto Internacional Juarez Machado, o livro “Arte Literária – um olhar sobre a obra de Juarez Machado” terá lançamento e sessão de autógrafos no sábado, dia 24 de fevereiro,  em Curitiba num dos mais importantes espaços culturais do Estado do Paraná, o Museu Guido Viaro.

Trata-se de uma antologia reunindo 27 escritores de Santa Catarina, todos associados, que prestam homenagem ao artista plástico conterrâneo com a publicação de poemas e prosas poéticas inspiradas nas imagens de suas pinturas. A ideia partiu da Vivência Literária, uma oficina ministrada pela professora de Literatura Lilia Souza e realizada durante a exposição “Juarez Machado: Contador de Histórias” com obras do acervo do Instituto que leva o seu nome.

Segundo Edson Machado presidente do Instituto e prefaciador do livro “todos poetas e prosadores que participam deste projeto literário, coautores do livro, enfrentaram com sensibilidade e apuro técnico o desafio de reconstruir os fundamentos das artes plásticas agora por meio da arte da escrita”. Para o diretor da Associação das Letras, escritor Romualdo Vicente De Ramos “os escritores revelam as diferentes emoções na contemplação das obras de Juarez Machado numa publicação imperdível para os amantes das artes”.

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Florbela Espanca de volta ao teatro

Foto: Luiza Filippo

Depois de várias apresentações ao longo do ano passado, a Peça Florbela Espanca retorna aos palcos neste começo de 2024. A peça, com direção de Sulanger Bavaresco, traz a visibilidade da ocupação de espaços pelas mulheres através de uma figura histórica que enfrentou as adversidades e as restrições do seu tempo. A poesia de Florbela aborda temas como amor, erotização, angústia e sofrimento.

Parafraseando a própria Florbela Espanca, o Dromedário Loquaz propõe com a montagem a realização de um Teatro de Mágoas. Um teatro de denúncia que exprime a necessidade de destacar o não dito, de dar luz e voz a uma figura histórica feminina que foi perseguida e detratada. Um teatro que leva o espectador a um mergulho no universo denso da vida e obra de uma talentosa artista inconformada com as limitações impostas a ela em razão de ser mulher e que, ao emergir da cena consiga perceber que a situação se repete atualmente, sufocando e restringindo a potencialidade de mulheres em todo o mundo.

Ao término de cada apresentação ocorrerá uma Roda de Conversa da diretora e da atriz Diana Adada Padilha com a plateia, abordando informações históricas sobre a vida e obra da poetisa Florbela Espanca, além de aspectos da criação da dramaturgia e encenação do espetáculo. As apresentações serão realizadas em São José (23/02), Palhoça  (02/03), São João Batista (07/03), e Florianópolis (16/03) e a entrada é gratuita. Os convites serão disponibilizados nos locais uma hora antes das apresentações. Mais informações no site http://odromedarioloquaz.wix.com/grupo-de-teatro .

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No céu estrelado da Serra

Foto: Leonam Torre

E para fechar o registro da  belíssima  foto de Leonam Torre,  no anoitecer em São Joaquim, na Serra Catarinense. A beleza da luz  do final  do  dia  preenche o espaço em torno da Vinícola Francioni, numa magnífica paisagem, lembrando que logo começa a Vindima 2024, com a colheita da uva e todo o processo de produção de vinhos e espumantes na região.

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Um brinde à natureza e até a próxima semana.

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

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