O Avaí completa 101 de existência neste domingo, 1º de setembro, data histórica para marcar uma trajetória de glórias e conquistas no futebol brasileiro. O momento é sublime e o torcedor vive com alegria ao fazer parte de tudo isso ao longo dos anos. Momentos distintos de uma longa caminhada, construída a partir de alegrias e tristezas, afinal, só o futebol para promover o encontro de sentimentos como este em que passa um filme na cabeça de todos. Momento de reflexão e que permite avaliações, pensamentos e emoções.
Foco na Série A
Ano passado o Avaí comemorou o seu Centenário num momento dramático em que lutava contra o rebaixamento para a Série C. A mesma divisão em que foi campeão nacional em 1998, estrela que colocou no peito com orgulho até hoje. O pensamento de agora é voltar à Série A, de onde caiu em 2023. A atual gestão segue seu jejum de conquistas, mas busca uma luz no fim do túnel, apostas caras para alcançar o desejado acesso, colocar o clube no mesmo patamar que recebeu em 2022.
Batalha do Avahy
A história da criação do clube todos conhecem pela iniciativa de Amadeu Horn, na rua Frei Caneca, no seu casarão, quando reuniu um grupo de jovens para fundar um time de futebol. O nome Avaí foi em homenagem à Batalha do Avahy, episódio da Guerra do Paraguai ocorrida em 1864. A grafia do nome depois foi alterada e as cores azul e branco foram herdadas do centenário Clube Náutico Riachuelo. A história conta o que veio depois.
Sessão Solene
O momento nobre de toda a comemoração acontece na Sessão Solene do Conselho Deliberativo, realizada sexta-feira (30), nas dependências da Ressacada. A entrega da Medalha de Honra ao Mérito, Saul Oliveira, a maior honraria do clube, destinada a personalidades de destaque e entidades reconhecidas. Uma rotina em momentos como este, no comando do presidente do Conselho Deliberativo, Bernardo Pessi.
Avaí Day
Domingo o Avaí realiza no Estádio da Ressacada o Avaí Day, evento com muito entretenimento e diversão. O clube abre as portas para receber adeptos em atividades de lazer e congraçamento. Jogos de futebol do Master com sócios, jogos das categorias mirins, chutes a gol, tarde de autógrafos e várias outras atrações para o torcedor conferir.
Décio Girardi
O ex-presidente Décio Girardi foi um dos homenageados com a medalha Saul Oliveira. Presidente campeão estadual em 1988, o primeiro título conquistado na Ressacada. Presidente que dirigiu o clube numa época de muitas dificuldades financeiras, período romântico do futebol, com carinho e zelo em prol do clube. Hoje é reconhecido pelo sua dedicação e entrega. Em boa hora a entrega desta comenda.
Natural de Nova Veneza-SC, assumiu o comando do clube em 1985. Em sua gestão, convém lembrar, o Avaí instalou a iluminação do estádio da Ressacada, conseguiu o asfaltamento das vias de acesso e estacionamento, a reforma dos departamentos médicos e de musculação e o reconhecimento da importância da história do clube, com a criação da Sala de Troféus “Cel. Osny Meira”, sala da Diretoria “Amadeu Horn”, além da organização da galeria de fotos dos ex-presidente. Foi presidente do Conselho Deliberativo, entre 1990 e 1991.
Anatólio
Ao falar da história do Avaí é impossível não lembrar de Anatólio Pinheiro Guimarães, 80 anos, e toda a sua trajetória dentro no clube. A história contada em muitos capítulos desde 1973 quando ainda estudante de direito, iniciou no departamento jurídico do clube. Fez parte da diretoria campeã em 1973 e 1975. Em 1977 foi o advogado que defendeu o Avaí no polémico “Caso Cosme”, que resultou no título em prol da Chapecoense.
Em 1980 foi diretor de futebol do Avaí. Em 1981 contribuiu com a reestruturação do Departamento de Futebol Amador do Clube. Em 1991 foi vice-presidente. Fez parte do grupo de advogados que auxiliou a gestão de Flávio Félix, dedicando-se especialmente às questões envolvendo a Justiça Comum Estadual. Em 2009 lançou o livro “Avaí em Prosa e Verso”.
Mancha Azul
O material divulgado pelo clube dá conta de que a Torcida organizada foi fundada no bairro Bela Vista, em São José, em 21 de fevereiro de 1995, pelos torcedores Fabiano Capela, Rodrigo Amaral e Alexandre Silva. O símbolo é inspirado no personagem da Disney, Mancha Negra, já utilizado no Brasil pela Torcida Manche Verde, do Palmeiras-SP, fundada em 1983. Aos poucos a Mancha Azul tornou-se a maior torcida organizada do Clube, com sede própria no bairro Carianos e evoluindo também para um bloco carnavalesco.
Avaí no Trapichão
O Estádio Rei Pelé, na aprazível Maceió, conhecido com Trapichão pelos locais, mas rebatizado Rei Pelé, em homenagem a ele, é palco de jogos sempre difíceis para qualquer equipe. Seja CRB ou CSA, cujas cores vermelho e azul marcam as pinturas em cada setor. O Avaí precisa voltar a vencer para não desgarrar do pelotão de cima. Um jogo difícil e que não pode passar em branco. A derrota para o Coritiba, mesmo justa para a equipe paranaense, acendeu um alerta.
Para o jogo deste sábado, o técnico Enderson Moreira precisa reestruturar a equipe com a volta do lateral Mário Sérgio e arrumar o meio diante dos desfalques. Moreira gosta de jogar no ataque, mas proposição de jogo. Só tem um problema, o ataque azurra não marca. É um dos piores da Série B. Tem Vagner Loves, 402 gols na carreira e que em oito jogos fez apenas dois gols. Garcez, outra esperança, está há 15 jogos sem marcar. Deficiência técnica, falta de confiança? Algo precisa ser feito para voltar a marcar.
Arrancada
É o que precisa a Chapecoense para fugir da zona de rebaixamento no desafio deste sábado diante do Botafogo-SP. O técnico Gilmar Dal Pozzo teve finalmente tempo para trabalhar e passou uma mensagem de muito otimismo na recuperação. Ao seu lado no trabalho temos o preparador físico Jaelson Ortiz, um dos profissionais mais graduados em atuação em Santa Catarina. Serviços relevantes prestados quando defendeu o Avaí e agora passa um pouco do grande conhecimento que tem para ajudar a Chapecoense.
Brusque
Vai a Ponta Grossa na segunda-feira (2) para iniciar a recuperação. Não está nada fácil o trabalho no comando de Luizinho Vieira, mas é preciso acreditar. O time já mostrou que é bom, que tem qualidade. Não pode voltar para a Série C, onde já esteve em 2023. Esse vai e vem não é bom. Que venha a recuperação diante do Operário-PR.
Reconhecimento
A Assembleia Legislativa foi palco de uma bela homenagem ao esporte catarinense, uma proposta do Deputado Carlos Humberto. A Federação Catarinense de Futebol foi homenageada pelo seu Centenário comemorado recentemente. O presidente Rubens Angelotti recebeu a homenagem.
Ao mesmo tempo foram homenageados os meios de comunicação representados pela ACESC – Associação dos Cronistas Esportivos de Santa Catarina, ACAERT – Associação de Emissoras de Rádio e Televisão, Associação Profissional dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos e Associação de Jornais do Interior. JB Telles, presidente da ACESC, falou em nome dos agraciados.
