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Jorginho acerta ir até Brasília para preservar a imagem de Santa Catarina

O presidente Lula em reunião com os governadores para debater a redução de ações extremistas pelo país

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), recebeu ao meio dia de segunda-feira, 9, do Palácio do Planalto um convite para participar de uma reunião com todos os governadores e o presidente Lula.

Ele ficou indeciso em ir, mas durante a tarde falou por telefone com a ministro do STF, Rosa Weber, e com os governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais) e Ratinho Junior (Paraná).

O governador também conversou com alguns deputados federais e estaduais do Partido Liberal, como o Sargento Lima, que depois fez uma postagem agradecendo Jorginho por ouvir as bases.

Depois dessas conversas, Jorginho decidiu comparecer também por conta do afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, que foi retirado do cargo por 90 dias pelo ministro do supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, para ser investigado pelas invasões ocorridas no último domingo.

Jorginho Mello acerta em comparecer, mesmo sendo apenas um encontro para que o Governo Federal use essas imagens para demonstrar uma unidade que ainda não existe, pois Santa Catarina é um estado muito visado pela esquerda pela votação que deu a Jair Bolsonaro nas eleições de 2022 e também por ter iniciado os bloqueios de rodovia no fim do ano passado.

Há também agora, depois das manifestações descabidas e que prejudicaram sensivelmente os governadores que se elegeram pala ala bolsonarista, uma verdadeira caça às bruxas e Jorginho Mello não poderia, já no primeiro encontro, querer fazer uma queda de braço com a presidência da República.

Na verdade, esse é o momento de os dois lados trabalharem para a pacificação para que não se chegue a um estágio de diferença que transforme o Brasil num caos. Os políticos criaram a polarização e cabe a eles desarmarem essa bomba para que ela não exploda mais adiante.

Ainda não sabemos como serão os próximos dias, mas o STF, o Governo Federal, a direção do Senado e da Câmara dos Deputados já informaram que farão de tudo para saber quem comandou, financiou e executou as invasões de domingo a tarde.

A rede social está cada vez mais bélica e, nesse momento, tá servindo apenas para incitar a direita e a esquerda a se enfrentarem. O Brasil está tenso e o STF tem a obrigação de se despir das preferências políticas e agir somente com a legalidade e principalmente com a moralidade que lhe cabe.

Segundo o ex-presidente Michel Temer, as próximas ações dos três poderes, das lideranças políticas, da sociedade civil e da mídia brasileira é que irão definir como o Brasil vai superar essa tensão.

Mas o fato principal é que o governador Jorginho Mello acertou em cheio em ir até Brasília para mostrar também que o estado catarinense não pode ser excluído ou retaliado de nenhuma ação do Governo Federal simplesmente por ter escolhido outro candidato.

Veremos daqui para frente se o “fortalecimento da democracia” explanado por Lula também atingirá a distribuição de recursos para os estados que muito arrecadam, mas que historicamente recebem muito pouco de Brasília, como no caso de Santa Catarina.

 

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