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Jorginho Mello esquece a administração do Estado e foca somente na política

Durante o ano de 2023 o governador Jorginho Mello (PL) se debruçou sobre as ações do seu novo governo para cumprir as duas maiores promessas de campanha: o Universidade Gratuita e zerar a fila de cirurgias eletivas.

Depois de alguns contratempos, o Universidade Gratuita segue o seu rumo natural e parece ter agradado a maioria dos envolvidos. Já a fila das cirurgias eletivas segue com toda a força e precisa ainda de muito trabalho de Diogo Demarchi Silva, o novo secretário de Saúde que assume a vaga de Carmen Zanotto (Cidadania) que vai disputar a Prefeitura de Lages.

E na última semana vimos que Jorginho Mello realmente deu prioridade em colocar Carmen Zanotto nos holofotes através das ações do Governo do Estado, dando a ela mais visibilidade para a eleição municipal.

Mas desde o segundo semestre de 2023, o governador de Santa Catarina tem realmente trabalhado mais pelas composições municipais, usando até cargos da sua administração, para atrair políticos que antes estavam neutros ou na oposição.

Assim foi com o deputado federal Ricardo Guidi, que é o pré-candidato a prefeito de Criciúma pelo PL; com o prefeito Mário Hildebrandt (Blumenau); com o deputado estadual Egídio Ferrari; com o ex-secretário municipal de Criciúma, Acélio Casagrande (PL); e muitos outros que estavam ou estarão dentro do governo estadual depois das eleições.

Vimos que o balcão de negócios está cada vez mais forte e abre-se um precedente perigoso, pois estão alimentando um tipo de político que não tem ideologia, não tem proposta, não tem gratidão por quem o ajudou e só tem um punhado de votos para assumirem que são bolsonaristas desde criança e se alimentarem daquilo que o governador está oferecendo.

O governador Jorginho Mello não pode pensar apenas na sua reeleição de 2026 se sequer terminou o seu segundo ano de mandato. Muitos desses que estão saindo como pré-candidatos pelo PL e alguns prefeitos que deixam seus cargos neste ano vão cobrar o que foi prometido e essa conta não pode cair no bolso do catarinense.

Segundo o próprio PL, o partido já tem 244 pré-candidatos a prefeito em Santa Catarina e a maioria deles está no Partido Liberal por mera conveniência.

Posso estar errado, mas depois das eleições de 2024, muitos deles que não tiveram êxito vão assumir um cargo no Governo do Estado já pensando em 2026 e assim o catarinense segue a sua vida financiando gente que só pensa em cargo e não melhorar os serviços públicos em momento algum.

 

 

 

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