Portal Making Of

O PL é o partido mais forte de Santa Catarina

O Partido Liberal catarinense levou Jorginho Mello para o segundo turno, deu um banho com Jorge Seif para o senado, elegeu 6 deputados federais e 13 deputados estaduais. A força de Jair Bolsonaro agiu aqui no estado.

Essa eleição em Santa Catarina tem muitos pontos a serem colocados na mesa na hora da análise, mas a derrota de Carlos Moisés era prevista tamanho o número de decisões erradas que ele teve.

Mas vamos primeiro falar dos vencedores. Jorginho Mello (PL) e Principalmente Jorge Seif (PL) tiveram êxito muito por conta da força de Bolsonaro que hoje é a maior liderança política do Brasil, pois depois de um pedido dele muita gente subiu espantosamente.

Décio Lima (PT) já tinha aqueles 15% de votos da esquerda e somou-se a isso a força de Lula e os votos dos anti-bolsonaristas que não tinham mais nenhuma outra opção. A polarização aportou aqui também.

Com isso, sem querer, o MDB pode ganhar uma vaga no senado se Jorginho Mello vencer o segundo turno. O MDB continuou com três deputados federais e elegeu 6 deputados estaduais. Com todo o racha causado por Celso Maldaner, Pinho Moreira, a bancada estadual e principalmente Antídio Lunelli, que levou metade do partido que queria candidatura própria, o partido até que saiu vivo para 2024.

Um outro grande derrotado foi Raimundo Colombo (PSD) que mais uma vez parecia que tinha uma eleição garantida, mas não teve perna pra ir até o fim e morreu. Aliás, muito político conhecido vai ficar sem emprego a partir de 2023 e a lista é grande.

MDB MATOU MOISÉS

Já sobre o governador Carlos Moisés (Republicanos), ele fez um bom governo do ponto de vista administrativo, mas meteu os pés pelas mãos quando o assunto foi a política. Achou que era realmente Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, e fez o que eu na cabeça atirando para todos os lados.

Esqueceu que estava lidando com o MDB, um partido que não perdoa ser maltratado. Teve receio de se filiar no partido, não aceitou Antídio Lunelli de vice, fez Udo Döhler mudar de lado e cassou prefeitos emedebistas estado afora com o chamado Pix.

A militância não gostou, recusou Moisés fervorosamente e elegeu Lunelli. Não vamos esquecer do que Moisés fez com o Podemos, que também foi implodido com as ofertas do governador que ficou apenas com metade da sigla.

O grande vitorioso do Podemos, que agora é do PL, foi o prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira, que foi desdenhado por Moisés, mas deu a volta por cima e elegeu Seif como seu coordenador e vai estar com Jorginho no segundo turno.

Enfim, tem muitos pontos a serem analisados ainda nas candidaturas vitoriosas e nas derrotadas. Mas não dá pra deixar de destacar as votações e Caroline de Toni (PL) para a Câmara Federal e Ana Campagnolo (PL) para a Assembleia.

Foram duas mulheres fenomenais nas suas campanhas e souberam, em silêncio nos quatro anos, abocanhar um grande número de eleitores em cima do que sempre pregaram durante seus mandatos. Acabaram premiadas pela coerência e pelo trabalho que fizeram contra a esquerda e contra Moisés.

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

Compartilhe esses posts nas redes sociais:

Leia mais