Portal Making Of

Os vacilos na TV e Celine Dion

Se houvesse alguma crítica a longa cerimônia de abertura, como se diversas partes não se completassem, ou como se algumas alegorias e danças demorassem demais, tudo iria por terra devido ao magnífico encerramento: a pira acesa levada ao céu chuvoso em um balão e Celine Dion…
a cantora canadense, fora de combate há alguns meses devido a uma doença (síndrome da pessoa rígida) , como que ressurgiu das cinzas no alto da Torre Eiffel, em um vestido branco impecável, cantando “Hino ao Amor”, de Edith Piaff. Pessoas se emocionaram e algumas não contiveram as lágrimas. Foi um grand finale para a cerimônai de abertura das Olimpíadas de Paris.
Compensou quem ficou em frente a tv das duas da tarde até quase sete da noite de sábado. Provavelmente abandonou a transmissão da Globo aberta, onde Luiz Roberto e Galvão Bueno – outro ressurgido das cinzas – brigavam por espaço ao microfone, com a ex-atleta Daiane dos Santos descompensada atropelando os dois, mais a reportagem sem timing de entrada ( provavelmente devido ao retorno atrasado).
O que chemou mais a atenção foi o merchandising descarado das sandálias Havavanias, na boca do âncora. O que leva a considerar que em nenhum momento a Globo registrou as críticas ao uniforme da delegação brasileira por causa do chinelos de dedos. O cala boca, isto é, o merchan, valeu 5 milhões.
Estava tão na cara o envolvimento produto-comercial que o repórter Marcelo Barreto estava usando a mesma vestimento dos atletas brasileiros. Jamais se viu algo parecido.
Pior foi ainda no streaming da Cazé Tv, onde a ex-atleta Adenizia, contratada como comentarista, acabou ficando por um tempo fora do ar por ter criticado justamente o pessoal de sandálias. Obviamente a mesma marca bancou merchandising.
Aliás, a Cazé TV deu o maior vexame da tarde, quando vazou o audio do estúdio em que o comentarista carnavalesco Milton Cunha se referia ao “desfile de m…”
A saída tv foi a SporTv, onde o sempre bem humorado Milton Leite fez uma ótima dupla com Marcelo Lins, expert em francês e em cultura geral, e que deu um toque de informação relevante a cobertura.
Quem resistiu ao tamanho do evento, e aos vacilos do apresentadores certamente saiu mais que convencido porque Paris é uma festa. E que tudo foi planejado para reaçar sua beleza.

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

Compartilhe esses posts nas redes sociais:

O rádio vive

A coluna, sempre que possível, gosta de acompanhar a audiência de rádio. Embora não sejam dados superlativos como entre os portais de internet, revelam a

Ídolos de barro

Difícil ter ídolos hoje em dia. Na música a safra é terrível. Com raras exceções, as letras são pobres, óbvias, cantoras se destacam pelas roupas

Uma opinião isenta, por favor

Está cada vez mais difícil encontrar uma opinião isenta sobre fatos do nosso dia a dia. Nunca se sabe se opinião que lemos ou escutamos

Vacilos em áudio e vídeo

Eliane Cantanhêde tem 71 anos e uma longa carreira nos principais jornais brasileiros, entre eles o Estadão, para quem escreve atualmente. Também participa todas as

O legado Bonner

William Bonner se despediu de Porto Alegre, ontem, depois de dez dias apresentando o Jornal Nacional ao vivo da redação da RBS TV. Foi uma

Acima de toda a chuva

Nunca a estátua do Laçador, altivo, olhando firme para o horizonte, teve tanto significado como agora. Ele representa o gaúcho neste momento trágico, assolado pelas

SOS Rio Grande

Uma imensa onda de solidariedade se juntou aos gaúchos nos últimos dias com as chuvas e as cheias de vários rios – e com certeza

Meu celular, por favor

Acorda com o alarme do celular. Abre o X, ou Tik Tok, Instagram. Verifica o WhatsApp a procura das últimas mensagens. Se sobrar tempo, consulta