Portal Making Of

45ª edição do Prêmio Vladimir Herzog homenageará Glória Maria

Foto: Divulgação

Glória Maria foi a primeira repórter a entrar ao vivo e em cores no Jornal Nacional, apresentou o Fantástico por quase uma década e comandou o Globo Repórter por mais de 12 anos.

Ao longo da carreira, Glória Maria visitou mais de 100 países em suas reportagens e protagonizou momentos históricos. Esteve com chefes de Estado e, em episódios icônicos do jornalismo brasileiro, entrevistou celebridades como Freddy Mercury, Michael Jackson e Madonna.

Também cobriu a Guerra das Malvinas, em 1982; a invasão da embaixada brasileira do Peru por um grupo terrorista, em 1996; os Jogos Olímpicos de Atlanta, também em 1996; e a Copa do Mundo de 1998, na França.

Acima de tudo, Glória Maria foi uma inspiração. Foi ela uma das principais responsáveis por mostrar para milhões de meninas negras, de diferentes gerações, que o jornalismo era um caminho possível. Ao ser uma das poucas – ou, por muito tempo, a única jornalista negra à frente de vários dos programas de maior audiência do telejornalismo brasileiro, mostrou que o lugar de mulher negra é onde elas quiserem, inclusive no Jornal Nacional, no Fantástico ou no Globo Repórter. Glória deixou duas filhas, Maria, de 15 anos, e Laura, de 14.

 

Finalistas

Os finalistas desta edição serão anunciados em 3 de outubro. Neste ano, o Prêmio, de abrangência nacional, obteve 630 trabalhos inscritos. A iniciativa reconhece jornalistas, repórteres fotográficos, escritores e artistas do traço que, por meio do trabalho cotidiano, defendem a democracia, a cidadania e os direitos humanos. O Prêmio contempla sete categorias: Produção jornalística em texto, Produção jornalística em áudio, Produção jornalística em vídeo, Produção jornalística em multimídia, Fotografia, Arte e Livro-reportagem.

 

O Prêmio

O Prêmio Vladimir Herzog foi criado em 1978 como uma das resoluções aprovadas no Congresso Brasileiro de Anistia realizado em Belo Horizonte (MG). O objetivo era homenagear jornalistas, repórteres fotográficos e artistas que, com seu trabalho cotidiano, registravam as violações aos Direitos Humanos no continente sul-americano, assim como as mobilizações sociais pela Anistia no Brasil. A ideia de dar o nome de Vladimir Herzog ao prêmio foi de Perseu Abramo, à época diretor do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e representante da entidade no Congresso.

Atualmente, integram a Comissão Organizadora, ao lado da Família Herzog, as seguintes instituições: Associação Brasileira de Imprensa (ABI); Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (ABRAJI); Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo; Conectas Direitos Humanos; Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP); Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ); Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Nacional); Ordem dos Advogados do Brasil – Secção São Paulo; Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo; Coletivo Periferia em Movimento; Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo; Sociedade Brasileira dos Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) e Instituto Vladimir Herzog.

 

Instituto Prêmio Vladimir Herzog

A partir desta edição, o Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog passa a ser promovido e organizado pelo recém-criado Instituto Prêmio Vladimir Herzog, associação civil de direito privado, sem fins lucrativos ou político-partidários, fundada em novembro de 2022, em São Paulo.

 

Compartilhe esses posts nas redes sociais:

Leia mais