Protegido com colete a prova de balas e capacete, o repórter Nic Robertson, da CNN, terminava a visita ao interior do hospital Al-Shifa, em Gaza, e mostrava, já na rua, os clarões dos bombardeios a poucas centenas de metros.
Ele, como sua colega Lucy Williamson, da BBC, e outros jornalistas da mídia impressa, foram guiados pelos militares israelenses entre as ruínas do hospital na tentativa de mostrar que ali havia sinais do comando terrorista do Hamas.
Na sua matéria, o New York Times disse que a visita “não resolveu a questão se o Hamas usava o hospital ou não.”
Foi o que também disseram os repórteres de televisão, deixando em aberto a grande questão da guerra: onde se escondem os guerrilheiros de fato e onde estão os reféns sequestrados em 7 de outubro.
É a primeira vez que repórteres chegam tão perto do teatro de guerra, configurando sem dúvida a profissão mais perigosa do mundo no momento. E mais pressionada, pois quem os levou lá esperava o testemunho favorável ao indicativo de operação terrorista no Al-Shifa.
Lourival
Quem sabe estimulada pelos colegas americanos em missão tão arriscada, a CNN Brasil tem acompanhado com mais fidelidade o que acontece em Gaza. Em parte se deve aos comentários altamente consistentes de Lourival Sant´Ana.
O comentarista de internacional, como é titulado, despeja conhecimentos nas suas várias intervenções ao longo do dia, tendo a seu favor o conhecimento da área em guerra em viagens ao longo da carreira.
No local
Saindo da tragédia internacional, o foco da mídia regional se voltou para a cobertura das enchentes que continuam atingindo milhares de catarinenses.
As tvs, de uma maneira geral, investiram na cobertura in loco. As rádios também. A Jovem Pan esteve mais presente, inclusive ontem, enquanto a CBN não.
Já no futebol, a CBN investiu em viagens de repórteres para cobrir os jogos nacionais do Avaí, mas ficou ausente no jogo que classificou o Criciúma para a série A. A Pan se fez presente no Heriberto Hülse.
A trajetória criciumense aumentou o buraco que existe entre o futebol do interior catarinense e a capital.
Público
De vez em quando leio um texto que se repete de ex-apresentadora de TV que ao deixar o canal não teve a oportunidade de se despedir do “meu público.”
Acho engraçado isso, pois todas as pesquisas qualitativas realizadas no produto do qual participava o registro era que o mais importante para o telespectador era o formato e o conteúdo.
Não havia destaque para apresentador, sinalizando que esses – se substitutos com inteligência – não prejudicam a audiência.
Logo, o público em questão era do canal e não quem apresentava, ainda mais que ia pouco além do texto que lhe davam.
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Dados da revista Veja indicam que desde a posse de Lula a Globo voltou a receber mais verbas oficiais do que os concorrentes, ao contrário do que no governo Bolsonaro.
O canal dos Marinhos recebeu até agora 61,1 milhões de reais, diante de 16,4 milhões de Record.
O ano está salvo.
Pode mudar

Ao contrário do escrevi antes, Rodrigo Cardozo, âncora do Band Cidade, ainda não convidado para voltar a NSC TV