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Ataques contra jornalistas crescem quase 27% em 2022, aponta Abraji

Reprodução/Youtube

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) segue monitorando os ataques a jornalistas e meios de comunicação no Brasil em 2022.

Segundo a associação, entre janeiro de 2022 e abrill de 2022, foram identificados 151 episódios de agressão física e verbal ou outras formas de cercear o trabalho jornalístico, como restrições de acesso à informação, ataques de negação de serviço na internet, doxing (exposição de dados pessoais), processos civis ou penais, assassinato, assédio sexual e uso abusivo do poder estatal. Esse cenário sofreu uma piora em relação a 2021: houve um aumento de 26,9% considerando o mesmo período do ano passado.

Em 2022, o tipo de agressão mais comum continua sendo o discurso estigmatizante – assim como foi em 2019, 2020 e 2021 –, presente em 66,9% dos alertas identificados até abril. Foi registrado um aumento de 12 casos dessa forma de violência verbal em comparação com o mesmo período do ano passado. A categoria de “agressões e ataques”, que envolve violência física, atentados e ameaças explícitas, também aumentou, apresentando um salto de 80%.

Das 151 agressões, 106 foram feitas por atores estatais, sendo que 70 (66%) envolveram um ou mais membros da família Bolsonaro. Já o presidente foi o principal agressor em 32 ataques a jornalistas e meios de comunicação. Na sequência aparecem os filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, com 23 ataques; o vereador Carlos Bolsonaro, com 12 casos; e o senador Flávio Bolsonaro, com 8.

Na maioria dos casos, os principais alvos foram a imprensa brasileira de modo geral (77,1%); meios de comunicação (31,4%) como O Globo, Folha de S.Paulo, Estadão, Veja, O Antagonista e Metrópoles; além de vitimarem repórteres e comunicadores (25,7%); e editores ou diretores de empresas de mídia (1,4%).

O único caso de assassinato foi de Givanildo Oliveira, morto a tiros em 7 de fevereiro, aos 46 anos, em Fortaleza.

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