O PSDB nacional tem encontrado muita dificuldade para manter as suas lideranças filiadas no partido e o presidente nacional Marconi Pirillo e o deputado federal Aécio Neves vem conversando com partidos, como MDB e PSD, para tentar uma incorporação para que os tucanos não desapareçam de vez.
Em Santa Catarina, o deputado estadual Marcos Vieira, que é o presidente estadual do PSDB, vem dizendo que o seu partido terá candidato a presidente e a governador de Santa Catarina em 2026.
Mas esse discurso não vem convencendo a executiva nacional do Cidadania, que tem uma federação partidária com o PSDB, e acabou decidindo não renovar a federação. A decisão foi tomada de forma unanime nesta semana, mas ela terá que ainda passar por avaliação do Diretório Nacional na reunião do próximo dia 16 de março.
Segundo o presidente nacional da legenda, Comte Bittencourt, o partido começa a trabalhar na sua estrutura visando a próxima eleição. Ele explicou ainda que o Cidadania cumprirá os prazos legais para a desagregação da aliança e acredita que o Diretório Nacional confirmará essa decisão.
Comte disse que a ruptura com o PSDB acontece de forma “respeitável e democrática”, contando com a participação dos diretórios estaduais e dos seus parlamentares. O presidente nacional do Cidadania afirmou que o partido vai dialogar com outros partidos que, segundo ele, “tenham a mesma linhagem política”.
Os dirigentes do Cidadania entenderam que o PSDB se sobrepôs ao seu partido, o que atrapalhou o crescimento e, como consequência, até contribuiu para a diminuição de filiados e redução no número de parlamentares no Congresso Nacional e até no número de vereadores nas Câmaras Municipais na eleição de 2024.
Em Santa Catarina, a presidente do Cidadania é a prefeita de Lages, Carmen Zanotto, que deixou a Câmara Federal para disputar a eleição do ano passado. Com isso, quem ficou com a sua vaga na Câmara dos Deputados foi justamente a suplente do PSDB, deputada Geovânia de Sá, justamente por conta da Federação Partidária.
