O Avaí começa a semana sem técnico e sem esperança após duas derrotas na Série B. A última na Ressacada para o Santos por 2 x 0 diante de 12 mil torcedores. Uma repetição do que vimos ano passado com a demissão de Alex dos Santos logo no início da competição. Luta desesperada pela permanência, longe do sonhado acesso. O desespero toma conta do torcedor, que enche as redes sociais com críticas ao presidente e aos demais dirigentes. Para a torcida, ninguém presta por lá.
DNA avaiano
Para contratar o substituto de Barroca, a direção precisa definir o que quer do seu novo comandante. Não pode errar na escolha. Sinto falta da tradicional raça avaiana, eternizada no hino do clube. Jogadores que se doem em busca do resultado. Que honrem a camisa de forma coletiva, brigando do primeiro ao último minuto. O torcedor não quer um time que aceite facilmente uma derrota. Que faça da Ressacada um caldeirão. O novo comandante precisa ter isso no DNA.
Faltou convicção
Eduardo Freeland, executivo de futebol, deveria ter dado entrevista ao anunciar a demissão de Barroca na sexta-feira (26). Os jornalistas, com certeza, queriam sobre a mudança de convicção no trabalho do treinador carioca. Troca de técnico que chega com quase cinco meses de atraso. Afinal, após a Série B do ano passado, o clube teve a oportunidade de dar uma guinada no trabalho, mas preferiu ir contra a voz do povo.
Tempo perdido
O Avaí fracassou também no Catarinense, onde a meta era chegar à final. Perdeu a vaga na Copa do Brasil de novo. Um mês de preparação, de apoio ao trabalho do técnico e bastaram dois jogos para perceber que era preciso mudar. Grande prejuízo para a meta do Planejamento Estratégico do Avaí, ou seja, ficar entre os 15 melhores clubes do país.
Hot Dog
O presidente Júlio César Heerdt é foco de críticas da torcida. Até o Hot Dog da Ressacada foi motivo de crítica à gestão, depois das mexidas no comando de bares e fornecedores. A formação do presidente lhe confere conteúdo para dar certo. O Avaí focou em processos, modernizou a gestão, contratou bons profissionais. Mas se em campo os resultados não aparecem, nada presta para o torcedor.
Hora extra
Eduardo Barroca, carioca, 42 anos, fracassou porque não soube tirar do elenco o que ele tinha de melhor. Baseou o trabalho em cima de suas convicções. Todo mundo viu que não funcionou, especialmente com a defesa vulnerável. Nem a fase boa do ataque ajudou no Estadual. Um time sem brilho e sem luta. Barroca fez hora extra na Ressacada. Constrangedor vê-lo caminhar sozinho em direção ao túnel e com objetos arremessados em sua direção pelos torcedores.
Vexame
O futebol feminino do Avaí/Kindermann vai de mal a pior no Brasileiro Feminino da Série A. No sábado tomou uma chinelada do Grêmio por 6 x 0. Bem longe daquela equipe que foi vice-campeã brasileira e que disputou duas Libertadores. O grupo atual amarga a lanterna da competição e segue a passos largos para o rebaixamento inédito. São muitas dificuldades com salários atrasados, falta de recursos para as viagens e um grupo abatido emocionalmente. Futuro sombrio e sem respostas.
Ponto somado
O Figueirense vai bem na Série C, na quinta colocação. Estar entre os oito é o que importa. O empate em 1 x 1 diante do Sampaio Corrêa foi ponto somado. Tomou o gol de empate no último lance da partida, depois de estar vencendo desde o primeiro tempo com o gol de Léo Baiano. Um dilúvio em São Luís (MA) deixou o gramado do Estádio Nhozinho Santos impraticável. Só chutão e bola parada. O Figueirense se superou no campo ruim e o empate foi bom.
Craque do jogo
O goleiro Ruan Carneiro foi o nome do Figueirense no Maranhão, com grandes defesas. Eleito o melhor do time. Gledson, o operário da equipe, novamente destacou-se pela luta constante. Perspectivas boas a partir da recuperação dos lesionados e as opções de João Burse serão bem melhores. Há um positivismo no alvinegro e a tendência é de crescimento. Próximo desafio será a Aparecidense, no Scarpelli, domingo que vem, às 16h30min.
Umberto Louzer
Vai bem a Chapecoense na Série B após a segunda vitória seguida na competição. Sexta-feira ganhou do Guarani por 1 x 0 em Campinas. Provocou a demissão do técnico Claudinei Oliveira da equipe paulista. Engraçado, Claudinei era técnico da Chape e Umberto Louzer, técnico do Guarani. As diretorias realizaram a troca. A Chapecoense em vantagem, no G-4. Bom lembrar que Louzer era o técnico da Chape quando conquistou a Série B em 2020.
Derrota amarga
O Brusque poderia ter conquistado algo melhor no jogo contra o Coritiba neste domingo. Teve gol anulado no primeiro tempo, mas tomou gol na fase final e perdeu por 1 x 0, gol de Brandão, do Coxa. Jogo no Couto Pereira, com bom público. A equipe de Luizinho Lopes está com três pontos, fruto da vitória na primeira rodada sobre o Mirassol e tem tudo para evoluir na competição. Tem estrutura para isso.
Começa bem
O Concórdia começou bem a Série D vencendo por 2 x 0 o Brasil de Pelotas, no Oeste catarinense. É líder do grupo oito ao lado do Cascavel. O Barra empatou com o Novo Hamburgo em 1 x 1 e está no G-4. Vencia até os 44 minutos do segundo tempo e tinha um jogador a mais. O Hercílio Luz, outro catarinense no grupo, empatou em 0 x 0 com o Cianorte, no Paraná. Os catarinenses têm longo caminho a percorrer na quarta divisão.
Momento histórico
O Criciúma merece todos os louvores da rodada da Série A. Deu um passeio no Vasco sábado, 4 x 0 em São Januário. Caiu tudo no Vasco, até o técnico Ramón Díaz. Foi bonito ver a torcida vascaína aplaudir de pé o chocolate do Tigre. Há tempo não acontecia algo parecido. Lembro da torcida do Madrid aplaudindo Ronaldinho Gaúcho, quando jogava pelo Barça e deu chocolate no Santiago Bernabéu. Ronaldinho só na fez chover naquela noite.
Liga dos Campeões
Amanhã (30) teremos o jogo de ida da semifinal da Liga dos Campeões, o aguardado confronto entre Bayern de Munique x Real Madrid, na Arena de Munique, a partir das 16 horas (Brasília). Na quarta-feira, outro grande jogo em Dortmund, entre Borússia x PSG. Jogos sem favorito onde tudo pode acontecer. Temos uma certeza, elevado nível técnico.
