A tragédia no Rio Grande do Sul está longe de passar. A cada dia, as incertezas aumentam e as previsões são de soluções a longo prazo, anos mesmo, adiantam os especialistas sobre um futuro mais seguro aos gaúchos. No momento tudo que cerca a população é o socorro, do físico ao emocional. E, de todos os lados do Brasil, surgem centenas de atitudes solidárias.
Aqui neste espaço, dedicado às iniciativas culturais, uma das contribuições às vítimas das enchentes que chamou muita a atenção diz respeito à questão das crianças, assoladas pelo que não sabiam que existia e causa tanta dor, a enchente.
Na cabecinha dos pequenos, o desconhecido chegou como um drama difícil de ser compreendido. Para eles aprenderem o que é uma enchente e amenizar os impactos emocionais, a psicóloga gaúcha Sabrina Führ fez o livro “E a Chuva”, de livre cópia e distribuição para pais, professores e voluntários em abrigos. No livro, a autora chega de mansinho, explicando o que é a chuva, os benefícios dela e porque quando chove a água sobe, avança além dos leitos do rios, destrói lugares, invade as casas e provoca perdas. Tudo de um jeito lúdico, para que a compreensão da criança seja com o menor impacto possível.
O livro é feito de textos e ilustrações, num formato mais leve de passar a mensagem, mesmo que as crianças ainda não saibam ler e os pais, e quem mais quiser, possam contar a “historinha”. O livro, que começou de forma online, acabou ganhando a atenção de empresas e editoras e mais 20 mil exemplares já tinham sido produzidos até o último final de semana e enviados ao Rio Grande do Sul.
“Comecei a receber contato de gráficas do Brasil inteiro, com pessoas imprimindo e mandando para o Rio Grande do Sul. Tem gente arrecadando lápis de cor e canetinha, para as crianças poderem pintar o livro. Colegas da psicologia sentadas com as crianças nos abrigos e conversando… Tem feito muita diferença e tem feito muito sentido na minha vida. Só tenho muita gratidão a todo mundo que leu o livro, que compartilhou”, comentou a psicóloga Sabrina Führ.
É uma obra perene que vale ser visitada a apresentada às crianças e aos adultos, com ou sem enchentes. O link para acessar gratuitamente o livro está no instagram da autora @sabrinafuhr. Abaixo, algumas ilustrações de “E a Chuva”.
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Mutirão salva as obra dos museus de Porto Alegre
Uma outra boa notícia para a cultura brasileira vem dos museus do Rio Grande do Sul. A Secretaria de Cultura do RS se adiantou e conseguiu salvar o acervo de obras de arte dos museus na área central de Porto Alegre, que tiveram espaços invadidos pela água em porões e no primeiro piso. Com o Centro Histórico tomado pelas águas do Guaíba e a preocupação de perdas de obras em exposição, tudo foi removido para os andares superiores, graças ao mutirão feito pelos funcionários dos museus e voluntários.
Um dos mais atingidos foi o MARGS, Museu de Arte do Rio Grande do Sul, que está completando 70 anos e, por isso, as obras mais importantes estavam lá expostas. Mas tudo foi salvo e levado aos andares de cima. Algumas entidades internacionais já sinalizaram que vão ajudar o MARGS a recuperar a estrutura física que foi bastante afetada. Imagino que a primeira exposição de reabertura do MARGS será muito especial.
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Arnaldo Antunes e Vitor Araújo chegam a Floripa com “Lágrimas no Mar”
“Um disco que tem uma vontade engasgada de chorar”. Essa é uma das maneiras que Arnaldo Antunes define o show “Lágrimas no Mar”, feito em parceria com o pianista pernambucano Vitor Araújo. Com realização da Orth Produções, em Florianópolis, o show acontece nesta sexta-feira, 17 de maio, às 21 horas, no palco do Teatro Ademir Rosa, no Centro Integrado de Cultura.
Além das músicas deste trabalho, o repertório da apresentação lista também canções do disco ‘O Real Resiste’, lançado pelo cantor e compositor paulistano em 2020. Este, inclusive, foi o ponto de partida para definir os contornos de Lágrimas no Mar. “Estávamos ensaiando para o show de “O Real Resiste” quando fomos surpreendidos pela pandemia”, comenta Arnaldo Antunes. “A troca com o Vitor foi um acerto e partimos daqueles ensaios para criar as novas narrativas e extensões sonoras do Lágrimas no Mar”, ele comenta.
Em formato voz e piano, Arnaldo e Vitor sobem ao palco para executar um setlist que parte da introspecção, mas que, em contato com o público, ganha dimensões de sentimento compartilhado. “Fim de Festa”, “Como 2 e 2” e “Lágrimas no Mar” são dadas como certas no repertório, que terá também composições de outras fases da carreira de Arnaldo Antunes e poemas entoados ao longo da apresentação. Os ingressos no site www.diskingressos.com.br . As doações do ingresso solidário serão enviadas às vítimas da tragédia no RS.
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Prazer, Amandah: brasilidade e elegância
Amandah Amâncio, cantora de destaque no cenário catarinense, apresenta seu seu próximo projeto audiovisual, chamado “Prazer, Amandah”, com lançamento em todas as plataformas de streaming neste dia 17 de maio, sexta-feira próxima. O projeto vem para apresentar Amandah, uma artista completa: cantora, compositora, produtora, dançarina e atriz. O audiovisual conta com nove faixas que reúnem releituras de grandes hits da música brasileira, gravados no estilo único da cantora, com produção musical de Diego Nunes.
A escolha das músicas e dos arranjos foi feita para representar a originalidade da artista, que canta ritmos afrobrasileiros (pagode, samba, black music, reggae e axé) com muita elegância, conquistando os corações do público e marcando sua própria identidade na cena da música regional.
O álbum é dividido em 3 EPs, que serão lançados ao longo dos próximos meses, além de clipes, que serão postados semanalmente no canal do Youtube da cantora. O primeiro EP, que é o citado com lançamento, contará com a releitura das faixas: “Envolvidão”, “Essa Mina É Louca/Meu Talismã” e “Lança Perfume”. O novo trabalho da artista estará disponível no Spotify, Youtube, nas demais plataformas e nas redes sociais de Amandah Amâncio. Enquanto não chega a sexta, confira no link um pouco do trabalho da cantora – https://youtu.be/T21dL1qThi8.
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Escuta sobre política cultural em SC
A Fundação Catarinense de Cultura (FCC), através da Comissão de Operacionalização e Acompanhamento da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), está realizando uma série de 12 reuniões virtuais de escuta ampliada. O objetivo é contar com a colaboração de diversos segmentos da sociedade na construção do Plano Anual de Aplicação dos Recursos. Os encontros são realizados por meio da plataforma Google Meet, no endereço bit.ly/escutapnab. A agenda das reuniões está no site da FCC – www.cultura.sc.gov.br.
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Até a próxima semana!
