Deus me livre e guarde dos influencers é o que peço todo dia, mas está cada vez mais difícil ficar longe deles. Para começar, são muitos. Estima-se que 4,5 milhões no Brasil. Conforme texto de Carlos Castilho, em Observatório da Imprensa, no ano passado já se falava em 1 bilhão e meio de pessoas no mundo usando a internet para ganhar fama e principalmente dinheiro.
Por mais que se cancele sempre surgem outros, infiltrando-se em nosso espaço. E quando se obtém sucesso, aparece alguém que por sua vez ganha dinheiro reproduzindo o conteúdo de influenciadores. É uma multiplicação feroz.
Já que estão por todos os cantos, me contentaria em neutralizar acusados de picaretas que estão nas proximidades. Tipo Nego Di.
Lembram dele? Foi elevado à fama ao participar do Big Brother 21 e eliminado com grande rejeição. Mesmo assim, virou influencer e montou um site para venda de produtos eletrônicos que nunca entregou, segundo a polícia. Enganou 370 pessoas e foi morar em Jurerê, milionário, com carrões na garagem.
Está preso no momento. Ao pesquisar a conta bancária dele, a polícia descobriu outra falcatrua: na enchente do Rio Grande do sul, Nego Di divulgou a doação de 1 milhão de reais para os flagelados, mas, na verdade, da sua conta saíram apenas 100 reais.
Sendo justos, nem todos os influencer são picaretas, mas com certeza estão faturando muito dinheiro com publis e ficando ricos às custas dos seguidores.
E, mais do que isso, poluindo a internet com textos e fotos irrelevantes, deturpando o que poderia ser um bom meio de informação.
É difícil para a maioria separar o que é informação de valor do que textos caça cliques. Resta acompanhar grandes sites, e saber identificar que ao lado de informações factuais, pode haver um influencer infiltrado, postando notas que buscam aumentar a audiência e sua conta bancária.
Podcast
Ter um espaço de vídeo e áudio virou outra mania na internet. Todo mundo tem um podcast.
É só conferir o que diz a maioria dos perfis de internet: “fulano de tal, criador de conteúdo digital, podcaster”.
Olimpíadas
O que pode fazer um profissional de bastidores sozinho em uma Olimpíada?
Praticamente nada diante do volume de competições em lugares diferentes.
Acertou a Rádio Gaúcha que enviou para a França o repórter Zé Alberto Andrade, que preenche espaços de rádio e internet com muito conhecimento e jogo de cintura.
ACAERT
O colunista visitou as instalações da Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e TV, no bairro Coqueiros, em Florianópolis. Lá, na companhia do coordenador de projetos, Marco Aurélio Gomes conheceu a estrutura da entidade.
Chamou a atenção na área de operações comerciais, chefiada por Rose Ferraz, o software que monitora a veiculação comercial online de todos os radiodifusores envolvidos em projetos especiais.
E também a área de notícias, liderada por Melina Cauduro, que tem na equipe o excelente repórter Kadu Reis.
O processo todo tem a liderança do diretor Guido Schrartzman.
Biden, a queda
A má performance de Joe Biden no debate da CNN, há pouco mais de 20 dias, tirou o presidente democrata de concorrer à reeleição.
Biden sangrou publicamente desde aquela data. As TVs não pouparam o público das imagens cambaleantes dele subindo ou descendo escadas e mesmo colocando um ramalhete em público.
A pressão era enorme contra Biden e se concretizou quando os financiados de campanha retiraram as promessas de doações. O dinheiro falou mais alto.
As emissoras de notícias aqui, como do resto do mundo, saíram correndo para repercutir a decisão tornada público ontem, em uma modesta página de papel em timbre.
A GloboNews junto mais gente no estúdio para debater o assunto, com a ajuda inclusive de Andrea Sadi e seus repórteres e comentaristas internacionais.
Sem dúvidas, não nada como uma queda de presidente de nação para movimentar uma emissora a cabo em ritmo de plantão.
Saiu Biden, e já entrou na agenda Kamala Harris. Será ela a candidata do partido democrata para tentar derrotar Trump?