A eleição de Carlos Henrique Schroder para o conselho de administração da Globo joga uma luz amarela de advertência a atual gestão de produto, a cargo de Amauri Soares.
Os dois são originários do Jornalismo. Em certa época, Schroder era diretor geral de conteúdo baseado no Rio e Amauri dirigia São Paulo, mantendo certo confronto com o chefe. Acabou deslocado para Nova York com a ex-mulher, Patrícia Poeta.
Schroder ascendeu a direção geral, moldando seu perfil profissional a compreender a área de entretenimento e novelas. Na mensagem em que apresenta a volta dele à direção, João Roberto Marinho diz que “ele entendeu a televisão aberta como o veículo capaz de unir uma nação continental como a nossa em torno de uma grande cobertura, de uma decisão de campeonato ou de capítulos decisivos de uma novela e trabalhou para potencializa a sua vitalidade num ecossistema multiplaforma e complementar”.
Essa visão é que está faltando a Amauri no momento, quando os enxugamentos promovidos por ele comprometeram o produto. Novelas “salvadoras” como Vale Tudo são mais discutidas nos bastidores e nas redes sociais por causa do barraco entre os protagonistas – Cauã Raymond e Bella Campos – do que pela audiência.
O tempo dirá o que representa de fato a volta de Schroder, mas com certeza Amauri não tem dormido direito por causa dela e do agito nos bastidores.