Há exatamente um mês, a repórter Lívia Torres foi demitida da Globo porque realizou um trabalho por fora, apresentando um evento da CBF, que acabou indo ao ar no SporTV. Em tese, não poderia fazer esse bico de acordo com as regras da emissora.
A demissão provocou uma reação interna, de funcionários como Lívia que querem aumentar a receita participando de eventos. Não consta que a Globo vai liberar geral e até pelo contrário, baixou novas orientações sobre uso das redes sociais, redobrando cuidados para que o pessoal não fature um extra aproveitando a exposição que a emissora propicia.
Aqui, na NSC, aconteceu episódio semelhante, envolvendo a apresentadora do tempo Bárbara Barbosa, que deixou a TV depois de ser cobrada pelo marketing nas redes sociais.
E o diretor de conteúdo, Cesar Seabra, baixou comunicado interno dizendo que “os profissionais de Jornalismo não podem atuar em ações publicitárias.” E lembrando, na linha da Globo, “cuidado redobrados para evitar a exposição de marcas por nossos profissionais.”
Cesar diz no texto que haverá uma nova edição do Manual de redação reforçando as orientações.
De fato, é preciso clareza sobre esse tema, para que não pareça que a emissora faça de conta que não existe o marketing nas redes socais, ou monitora de alguns em detrimento de outros.
Sinal dos tempos
O prédio que por muitos anos abrigou a rotativa dos jornais da RBS está para alugar em Campinas, São José. Sinal claro da decisão melancólica que extinguiu os quatro jornais que o grupo detinha, entre eles o Diário Catarinense e os históricos Jornal de Santa Catarina e A Notícia.
O herói da resistência imprensa por aqui é o Notícias do Dia, que o grupo ND faz questão de manter atuante.
Queda digital
Levantamento do Poder360 de agosto, baseado no Instituto Verificador de Comunicação, IVC, indica que o total de assinantes das versões digitais dos 12 principais jornais brasileiros registrou a primeira queda desde 2017. Em dezembro do último ano, o número era de 1.105.627. Já no último mês de junho, foram contabilizados somente 1.062.617 — mais e 43 mil a menos.
O líder em audiência digital é a Folha de São Paulo, que recuperou posição diante de O Globo.
O maior crescimento foi do baiano A Tarde. Em números absolutos, isso significa somente 7.720 assinantes a mais (de 40.980 para 48.700). O segundo maior avanço foi do gaúcho Zero Hora, com 2,8% — aumento de 2.647 assinantes (foi de 94.373 para 97.020).
NYT
Enquanto isso, o New York Times informa que ganhou mais 180 mil assinantes digitais e teve um crescimento na receita de 2,9 bilhões de reais.
O jornal tem 9,88 milhões de assinantes, dos quais 9,19 milhões apenas digitais.
Tempo
A colega Brígida Poli comemora seis anos no Portal Making Of, onde já produziu 250 colunas sobre filmes e séries.
Valeu pela companhia, Brígida. E pelas preciosas dicas.
Olha aí ó
Título do ND terça-feira da semana passada: “carro anda sozinho na 401 e provoca acidente”.
