Levantamos, fazemos as refeições, trabalhamos e vamos dormir à noite envolvidos pelas redes sociais. É um bombardeio de informações. Às vezes do bem, mas frequentemente do mal. Virou uma tarefa relevante livrar o dia a dia das coisas ruins que essa revolução nos trouxe.
Nesta campanha eleitoral, que mal começou, o índice de maldades está elevado. Não há filtro, a gente mesmo é que deve evitar as postagens mentirosas. Nos QGs das campanhas, já tem especialista em contrainformações sociais. Aqueles encarregados de disparar o contraveneno das fake News.
Há também os marqueteiros auxiliares em busca de espaço em blogs de grande audiência para “entrevistas” com os candidatos. É mais fácil falar um longo tempo em espaços onde o blogueiro não tem a expertise do contraponto.
Como tudo na vida, é preciso separar os bons dos maus – dos demônios, como dizem pelos corredores dos palácios de Brasília. É difícil, cansativo, mas é possível. Basta ser tão esperto quanto aqueles que nos proporciona esse bombardeio social.
Chefia x comercial
Surpresa registrada nos corredores do Morro de Cruz com a presença do chefe de esportes, Luciano Calheiros, na veiculação comercial de uma revendedora de automóveis. Rodou, inclusive, no intervalo do Globo Esportes, que ele está apresentando no lugar da titular, em curso na Globo. Pensam duas coisas: que houve mudança de critério para exposição comercial – o que deve valer para outros integrantes da equipe esportiva – e que, no momento, Calheiros tem grande poder, pois se habilita a apresentar programas de TV, para onde se escala, e ainda fatura uma grana extra.
Streaming líder
O que acontece nos Estados Unidos hoje, acontece aqui amanhã? Se ainda vale essa máxima, em breve o streaming será líder geral de audiência. Quinta-feira passada, 18, o relatório Nielsen informou que os americanos, pela primeira vez na história, assistem a mais conteúdos no streaming do que na televisão.
Em julho, 34,8% estiveram ligados no streaming, enquanto 34,4% ficaram na TV por assinatura e 21,6% na TV aberta.
O primeiro
Tenho certa resistência aos primeiros. O primeiro a subir, a descer, a comentar, a narrar. Não significa que são os melhores.
É como visitar cidades turísticas. Sempre tem alguma característica salientada pelo guia: tipo, a torre mais antiga, ou a mais larga, a mais alta e por aí vai.
Certas estatísticas são como informações turísticas.
Ranzolin
A morte de Armindo Antônio Ranzolin (aqui), depois de longa enfermidade, levou dezenas de pessoas para as despedidas no crematório metropolitano de Porto Alegre. Nas conversas, em meio à tristeza do momento, a conclusão é que depois dele não surgiu mais um grande narrador de futebol no rádio gaúcho, com a amplitude que era peculiar a ele. Entrou para a história com Pedro Carneiro Pereira e Jorge Alberto Beck Mendes Ribeiro.
Colegas
Na sexta-feira, em Porto Alegre, revi muitos colegas que fizeram parte também da minha história profissional: Ana Amélia Lemos, Rogério Mendelski, Zé Alberto Pereira, Luciano de Franceschi, Marco Antônio Baggio, Claudio Moretto, Julio Sortica, Caco da Motta e Renato Martins, entre outros. E ainda, Marcelo Feijó, ex-presidente do Inter, e Geraldo Correa, vice-presidente da RBS.
Futuro
E la nave va.
