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O enfretamento da corrupção em terras catarinenses

Foto: Divulgação/PF

Santa Catarina, terra de ninguém? As ações do Ministério Público (MPSC) e da Polícia Federal \(PF) têm mostrado que não. Por aqui existem pessoas e profissionais comprometidos que se importam com o bem público e o futuro do Estado

Em meio a um cenário político manchado por escândalos, o MPSC e a PF vem desempenhando um papel crucial no desmascaramento de práticas corruptas em Santa Catarina. Nos últimos 14 meses, aproximadamente 18 prefeitos foram presos por envolvimento em crimes que incluem desvio de recursos públicos, fraude à licitação e lavagem de dinheiro. Nomes carimbados da política catarinense, como Marlon Neuber (PL) em Itapoá, Joares Ponticelli (PP) em Tubarão e Gilmar Martins (PP) em Porto União, foram alvo de investigações.

Operações emblemáticas, como Mensageiro, Presságio e Limpeza Urbana, destacam a importância do trabalho realizado pelo MPSC e pela PF na exposição e enfrentamento dessas práticas. Além de evidenciar casos de corrupção, essas ações ressaltam a necessidade de investigações incisivas para restaurar a integridade e a credibilidade nas instâncias governamentais. É crucial que os catarinenses, em sua esfera local, se engajem no debate político, pois a ação na cidade tem impacto direto na qualidade de vida.

A polarização política não pode cegar para as questões locais, e eventos recentes, como a operação Presságio, ressaltam a importância de repensar decisões, como a terceirização da coleta de lixo em Florianópolis, que agora se mostra como um equívoco prejudicial à cidade. A população precisa estar atenta e participativa, pois é no local que as decisões políticas têm o maior impacto na vida cotidiana.

Foto: Ministério Público de Santa Catarina / Crédito: divulgação.

A Operação Limpeza Urbana e a prisão do 18º prefeito: 

Santa Catarina registrou a prisão de 18 prefeitos desde dezembro de 2022, quando iniciou a operação “Mensageiro” liderada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas), órgão do Ministério Público (MPSC) dedicado ao combate à corrupção. A mais recente detenção ocorreu nesta sexta-feira, dia 26, com o prefeito de Ponte Alta do Norte, Ari Bagúio (PL), preso durante a operação “Limpeza Urbana”.

Nesta operação, quatro mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão foram expedidos pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina para investigar o município da Serra catarinense. A ação foi conduzida pela Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do MP, em conjunto com o Gaeco e o Geac (Grupo Especial Anticorrupção). As investigações visam crimes como associação criminosa, corrupção passiva e concussão, supostamente cometidos por agentes políticos e particulares em Ponte Alta do Norte.

A apuração revelou que indivíduos interessados em prestar serviços de limpeza urbana na cidade eram direcionados pelos agentes públicos investigados a contratar escritórios de contabilidade específicos. Os agentes exigiam uma contrapartida ilícita de 10% dos valores recebidos, resultando em um esquema que direcionava parte do dinheiro pago pelo município de volta aos próprios agentes, totalizando aproximadamente R$ 100 mil em enriquecimento ilícito.

A operação “Limpeza Urbana” mobilizou cinco promotores de Justiça, 20 policiais e 10 viaturas. Após o cumprimento dos mandados, os presos seriam apresentados para audiência de custódia, e a investigação segue em sigilo. Além disso, na última quarta-feira, dia 24, o prefeito de Barra Velha, Douglas Elias da Costa (PL), também foi preso em uma ação vinculada à operação “Travessia”, focada em suspeitas de desvios de recursos no município do Litoral Norte de Santa Catarina.

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