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PIB de Santa Catarina cresce 5,3% em 2024 e supera média nacional

Foto: Agência Brasil/Arquivo

É histórico: se o PIB do Brasil cresce – e o PIB do Brasil cresceu 3,4% em 2024 – o PIB de Santa Catarina cresce mais do que proporcionalmente. O estado registrou um avanço de 5,3%, o segundo maior crescimento dos últimos dez anos, impulsionado pelo forte desempenho da indústria de transformação, do setor de serviços e pelo ambiente favorável para novos negócios. O crescimento econômico catarinense se destaca no cenário nacional, consolidando o estado como a sexta maior economia do país e o quinto maior PIB per capita.

Indústria e serviços em expansão

A indústria de transformação cresceu 7,7%, sendo o maior crescimento do Centro-Sul do Brasil e o terceiro maior do país. Setores como máquinas e equipamentos, vestuário e alimentos registraram expansão devido ao aumento da demanda interna e das exportações. O setor de serviços também apresentou crescimento significativo, com o turismo avançando 9% e o comércio crescendo 7,2%, acima da média nacional de 4,1%. O setor de transportes teve um crescimento de 8,3%.

Saldo positivo de empresas

Santa Catarina registrou um saldo de 123.410 novas empresas constituídas em 2024, superando o número de 2023. Segundo a Junta Comercial de Santa Catarina (Jucesc), o estado tem 1,5 milhão de empresas ativas, sendo 52,4% microempreendedores individuais (MEI), 35,9% LTDA e 10,5% empreendedores individuais (EI). Entre os municípios com mais empresas ativas estão Florianópolis (159.485), Joinville (131.328) e Blumenau (83.323).

Os setores que registraram maior crescimento na abertura de empresas foram comércio, transporte e armazenagem, indústria de transformação e serviços profissionais. O setor de veículos e peças cresceu 17,2%, enquanto o comércio de produtos farmacêuticos e cosméticos teve alta de 11,9% e o setor de móveis e eletrodomésticos cresceu 8,8%.

Políticas públicas e perspectivas

Segundo o governador Jorginho Mello, o estado adotou incentivos para atração de empresas e desenvolvimento de novos setores. “A nossa economia está aquecida, temos pleno emprego, o que gera renda para as famílias, que podem comprar. O Estado também tem feito o seu papel, sem aumentar impostos e usando incentivos para atração de mais empresas e para desenvolver novos setores de negócios, como a tecnologia”, declarou.

O secretário de Estado do Planejamento, Edgard Usuy, afirmou que o crescimento do PIB estadual reflete os impactos das políticas públicas. “Temos o sexto maior PIB do país, o quinto melhor PIB per capita, e as projeções indicam que nossa indústria teve o maior crescimento do Centro-Sul em 2024. Seguiremos investindo em estratégias de crescimento e desenvolvimento para manter e ampliar esses resultados”, afirmou.

O desempenho do PIB catarinense segue a tendência do PIB nacional, apesar de narrativas que sugerem um cenário negativo para a economia brasileira. Embora ajustes sejam necessários, os gastos públicos e as políticas de distribuição de renda têm sido apontados como motores do crescimento produtivo e do setor de serviços.

O déficit fiscal, por sua vez, tem cumprido o papel de estimular a economia, mas não pode ser uma estratégia permanente. Cabe ao Governo Federal equilibrar as contas, enquanto o setor produtivo pode aproveitar esse momento para ampliar a geração de riqueza. A solução para a inflação também passa pela produção de bens de consumo, uma vez que o aumento dos preços está mais relacionado a problemas de oferta do que a um excesso de demanda.

As projeções da Seplan indicam que Santa Catarina deve continuar registrando crescimento econômico nos próximos anos, impulsionado por avanços na indústria, setor de serviços e empreendedorismo, e isso também é a projeção para o PIB brasileiro.

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

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