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Qual o plano de Governo do seu candidato?

Reprodução internet

A polarização política passa longe do debate dos planos de Governo, mas de fato são esses planos – ou a falta deles – é que terão impactos na economia do país e no bolso de todos.

Sem diálogo. As eleições seguem as narrativas criadas pela polarização política do país. A possibilidade de terceira via foi bombardeada, ridicularizada, porém é sim uma tentativa democrática para quem não entrou nesse jogo. Infelizmente não é o plano de Governo que ganha uma eleição por aqui, inclusive na última eleição Presidencial o então candidato Jair Bolsonaro ganhou o pleito sem apresentar um plano de Governo consistente. Os eleitores seguem o script  bombardeando os adversários, mas com pouco ou nenhum engajamento no que de fato o seu próprio candidato se propõe a fazer.

Enquanto isso. A eleição em Santa Catarina vai encorpar com a propaganda eleitoral. Na disputa para atrair os votos do atual Presidente vale tudo, inclusive impedir a declaração do vínculo na propaganda eleitoral. Jorginho Mello impediu via justiça que outros candidatos usassem o nome ou imagem do Presidente na campanha. Se o partido do candidato a Governador tem outro candidato a Presidente não pode citar o nome de Bolsonaro. Esse é um sinal claro de que, nem entre os aliados, há a possibilidade de diálogo, imaginem só se o Lula ganhar a eleição. O Estado pode ficar à margem por mais quatro anos. Atualizando: Bolsonaro em entrevista concedida nesta sexta-feira ao Programa Pânico na Jovem Pan, após criticar a ação de Jorginho Mello, autoriza o uso da imagem dele por todos os candidatos.

Nessa guerra pelos votos dos bolsonaristas, o contraditório também ganha espaço quando Gean Loureiro “entra” nessa disputa. O ex-prefeito da Capital teve uma postura exemplar durante a pandemia, apostou na compra de vacinas e na ciência, enquanto Bolsonaro fazia motociadas, criticava o uso de máscara e da vacina. Ora, ora! O vale tudo na política está deixando de lado o bom senso e isso também pode desencadear em perda de votos.

Opinião ainda não é crime? 91 Lideranças empresariais e Fóruns do Estado de Santa Catarina assinam o manifesto pelo direito de poder expressar, de forma livre e desimpedida, opiniões e anseios. O manifesto é o posicionamento de entidades e de empresários catarinenses em relação à operação da Polícia Federal que desencadeou uma operação de busca aos empresários que participam de um grupo no WhatsApp que exaltava a possibilidade de um golpe de Estado caso Lula ganhasse a eleição.

Falta de foco. O próprio grupo de empresários Bolsonaristas demonstra o quão desastrosa pode ser essa mistura entre política polarizada e o mundo empresarial, até porque o foco dos diálogos do grupo que vieram a público não trata do desenvolvimento econômico e social do país – alicerces do consumo e da geração de riqueza, mas o combate as instituições nacionais e seus membros. Enquanto o teor da denúncia em si ainda não é de conhecimento público, que fique claro a quem assinou o manifesto que o que define se opinião é crime ou não é a lei e não o senso comum. O momento requer mais atenção dos empresários aos programas econômicos apresentados pelos candidatos do que as teorias conspiratórias dos grupos de WhatsApp e das redes sociais.

Ligada nas eleições e no futuro: a Federação das Indústrias (FIESC) promove encontro com os candidatos ao governo de Santa Catarina no dia 22 de setembro, às 9h30, em Florianópolis. A intenção é apresentar a Carta da Indústria, com as propostas do setor aos postulantes ao Executivo estadual.  No dia 5 de setembro, a FIESC terá reunião com os assessores dos candidatos, que receberão o documento e vão poder avaliar as propostas e subsidiar os posicionamentos dos candidatos a respeito das proposições.

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Vanir Zanatta assume a presidência da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina – OCESC, destacando metas de internacionalização e fortalecimento político e institucional.

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