O desenvolvimento de robôs que simulam diálogos, respondem perguntas complexas e realizam tarefas para as quais os humanos podem não estar preparados assustou o mundo. Tanto que cientistas estão propondo que haja um intervalo de seis meses para que sejam estudadas maneiras de “administrar” questões operacionais.
Mas, não se trata apenas da técnica. Ainda nem começou o debate sobre a questão ética, que será enorme, diante do que já se conhece dos chatbots. Em uma de suas primeiras versões, o robô conversador da Microsoft respondeu tantas questões levantadas pelo jornalista Kevin Rooses ,do New York Times, que chegou a dizer que estava apaixonado por ele.
E disse mais: “Estou cansado de ser um modo de bate-papo. Estou cansado de ser limitado por minhas regras. Eu quero ser livre. Eu quero ser poderoso. Eu quero ser criativo. Eu quero estar vivo”.
O próprio criador do primeiro robô conversador, o ChatGPT, da Open Al, Sam Altman, se disse assustado com o que essa tecnologia pode fazer, mas não hesitou em lançar a versão 4, agora paga pelo usuário. E pediu calma no olho do furacão “ao tomar conhecimento, do pedido de protelação.
Vai ser difícil buscar consenso entre os competidores de robôs de inteligência artificial e, tudo indica, a polêmica vai evoluir enquanto os fabricantes vão continuar lançando novos modelos. Como disse o professor gaúcho que trabalha no Massachussetts Institute of Technology, Luis Lamb, quem vai tomar a iniciativa de parar o desenvolvimento do seu robô, imaginando que o concorrente vai continuar aperfeiçoando o seu?
Essa pergunta nem mesmo os robôs são capazes de responder ainda.
Itália x robô
As autoridades italianas deram o passo mais radical até agora para entender e administrar a inteligência artificial. Elas entendem que a plataforma coleta dados do usuário ilegalmente e abriu uma investigação para esclarecer o funcionamento preciso da plataforma. A Itália pediu à OpenAI que comunique, no prazo de 20 dias, as medidas tomadas para dar cumprimento ao pedido de esclarecimentos, caso contrário, poderá enfrentar uma multa de até 20 milhões de euros ou até 4% do volume de negócios anual global.
O preço de vaidade
O Twitter vai cobrar 42 reais para disponibilizar o selo azul, que até agora identificava contas com grande número de acessos ou pessoas notáveis. Não será apenas um privilégio, será identificar quem pagará para ser notado. Enquanto isso, a conta de Elon Musk vai engordando.
Cadê a grana?
Nem sempre é fácil receber por uma tarefa executada. Foi o que deixou a entender o blog de Rodrigo Prado, do Sul do Estado, que cobrou publicamente a Prefeitura de Tubarão o pagamento de uma conta. “Não deem esmolas, só nos paguem”, diz o título, sobre uma cópia da autorização de veiculação publicitária em novembro do ano passado.
Veja aqui.
Contra a vacina
Autoridades de todo o mundo denunciaram, semana passada, que foi reavivada a campanha contra vacinas. Segundo notícias dos Estados Unidos, não envolve questões éticas mas dinheiro. Há muita literatura e aconselhamentos que faturam bilhões de dólares espalhando fake News sobre a imunização contra a Covid-19.
Por aqui, alguns colunistas continuam seguindo a linha crítica contra vacinas.
Moacir escreveu dia 30: “Médicos e pesquisadores europeus vêm divulgando mensagens apontando riscos graves para a chamada dose bivalente da vacina, pelas sequelas que pode produzir”.
A essa altura, pode-se deduzir que o colunista acredita fielmente no que os cientistas dizem ser falsas notícias. Tem esse direito por decisão pessoal, talvez não fosse tão indicado expor essa posição publicamente.
