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As velhas estratégias políticas ainda funcionam?

Imagem/Crédito: Pixabay
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Enquanto a discurso do Presidente de sete de setembro ecoava nos quatro cantos do Brasil e pelo mundo 59% da verba do programa Farmácia Popular era cortado do orçamento de 2023.

Durante muito tempo dizia-se que as decisões mais importantes do Brasil aconteciam durante o Carnaval, quando o povo estava entretido com a grande festa popular. Hoje, com a internet a aceleração dos meios de comunicação, palavras são jogadas ao vendo ou gritadas em coro – mesmo que para vergonha da Nação – e fatos relevantes se tornam secundários ou passam desapercebidos. Foi assim que no mesmo dia que o Brasil ouviu o coro imbrochável ecoar no quintal do Planalto, o Governo de Jair Bolsonaro fez um corte de 59% nas verbas do programa Farmácia Popular, que atende mais de 21 milhões de brasileiros com medicamentos gratuitos. As despesas para atendimento da população indígena também sofreram uma corte de 59%. A meta do Governo é garantir verba para o orçamento secreto em 2023, uma troca de gentileza com os parlamentares.

Mas você sabe o que é o orçamento secreto?  O chamado orçamento secreto é um “artifício” enrustido nas emendas do relator, modalidade orçamentária votada e aprovada em 2019 pelo Congresso Federal com o objetivo de “facilitar os trâmites” entre o Legislativo e o Executivo. Isso mesmo, a legalização do que é imoral, pois esse tipo de emenda permite a identificação do órgão orçamentário, da ação que será desenvolvida e até do favorecido pelo dinheiro, porém o deputado que indicou a destinação da verba fica oculto. Sendo assim dinheiro é repassado na figura do relator do Orçamento, que varia ano a ano sem a devida transparência.

Para o orçamento de 2023 o governo prevê R$ 38,8 bilhões para emendas parlamentares, sendo que este valor inclui R$ 19,4 bilhões para emendas de relator, que ficaram conhecidas como orçamento secreto.

Quanto a pergunta: as velhas estratégias funcionam para pessoas cegas pelo fanatismo ou para aqueles que não se importam com as pessoas que aqui vivem e dependem de programas como a Farmácia Popular para ter acesso a medicamentos com o mínimo de dignidade.

Enquanto isso aqui em Santa Catarina pelo menos quatro candidatos ao Governo do Estado disputam a preferência dos eleitores bolsonaristas, no entanto, alguns deles, por força da formação ou posicionamento durante a pandemia, não são negacionistas como o atual Presidente. Resta saber o que vai acontecer na prática com o candidato vencedor se for um destes e se o cenário apontado pelas pesquisas eleitorais se confirmar para o Governo Federal. Quem vai colocar o Estado na pauta do Governo Federal?

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