Um olhar com expectativa no futuro, sem esquecer o que passou e vivendo o presente de forma mais concreta e simples, sem deixar de lado o conforto e o bem estar, seja em ambientes compartilhados por várias pessoas ou para quem vive um pouco mais sozinho em seu mundo particular. Foi a minha sensação ao transitar pelos ambientes da CASACOR SC 2022, que abriu ao público no último domingo e prossegue até 30 de outubro. Cama desarrumada, painéis de fotos em preto e branco com personagens da nossa histórica MPB, luminárias feitas de cristais rústicos para vibrar e limpar as energias e muitos materiais naturais integram as propostas internas de decoração e paisagismo, tudo remetendo ao modo de vida integrado com a natureza. Comecei a visita ainda durante o final de tarde, sol e luz natural. Aos poucos, com a chegada da noite, que por sinal estava perfeita, na temperatura e céu claro, as luzes começaram a surgir em todos os ambientes, de forma coordenada e criando um clima de refúgio e hospitalidade por todos lados. E no entorno, os edifícios iluminados em suas janelas e sacadas, abraçavam um universo integrado à cidade, num encontro de tendências com a majestosa arquitetura do prédio da antiga Escola Silveira de Souza, tombada e toda reformada, e que depois da mostra será um centro cultural.
A CASACOR SC chega à 10a edição na gestão dos franqueados Francis Bernardo e Luiz Bernardo em Santa Catarina, reunindo muitos esforços de apoiadores e principalmente a disposição de escritórios de arquitetura e a criatividade dos arquitetos e arquitetas em manter a realização da mostra que já faz história. São 28 espaços, que sintonizados definem o nome da CASACOR SC, “Meu Infinito Particular”, com as criações dos profissionais da arquitetura, designers de interiores e paisagistas. Ressignificação do viver, retomada dos encontros, superação, literatura, tropicalidade, celebração e expansão são os enredos de movimentos, pontos de vista e vida expressados nos ambientes e que abrem a mente para muitas interpretações.
A simplicidade de bom gosto é revelada o todo tempo e traduz perfeitamente como a mostra captou o mundo em transformação, com pluralidade, diversidade e mais humanidade.
No final da visita eu já estava tão à vontade entre um ambiente e o outro, num clima de informalidade e relaxamento, que o desejo era de ficar ali o maior tempo possível, porque o sentimento era de estar sendo bem recebido, acolhido na casa de amigos e aquela vontade de voltar logo para uma nova visita.
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A GALERIA DO MORRO
A velha frase “as pessoas do asfalto não se misturam com as do morro” há muito deixou de fazer sentido, embora a luta de quem vive nos morros seja contínua para mostrar o tamanho da riqueza escondida dentro das comunidades. Mas a via de duas mãos e o fluxo entre o asfalto e o morro já fazem parte de uma nova realidade, construída na criatividade e competência de quem sabe onde mora o que tem valor. Entendo eu, que hoje, inclusive, os mais atentos do asfalto estão subindo o morro para ver de perto essa nova realidade cheia de oportunidades de parcerias, numa troca de experiências únicas, que transformam vidas e fortalecem a dignidade. E o campo dessa troca é imenso, em muitas áreas, que vão do esporte, tecnologia, comunicação, moda, cultura e arte em geral, reforçando um antigo slogan muito popular onde asfalto e morro se encaixam: “Tudo junto e misturado”.
Digo tudo isso para destacar um projeto lindo que precisa ser melhor conhecido e abraçado, a Galeria de Arte Morro da Mariquinha, em Florianópolis.
A galeria é um dos maiores espaços abertos de arte de Santa Catarina, criado pelo projeto Cidades Invisíveis, que busca chamar a atenção da sociedade como um todo para a realidade da exclusão, das desigualdades, mas também das muitas qualidades do Morro da Mariquinha.
E nesta sexta-feira, 24 de setembro, às 10 horas da manhã, acontece mais um “Rolê da Mariquinha”, uma oportunidade para quem tiver vontade de conhecer o lugar e toda a produção de arte espalhada e pulsante entre casas, ruas e vielas da comunidade. É fácil participar, basta se inscrever para o “rolê” enviando um email para role@cidadesinvisiveis.com.br e mais informações em @cidadesinvisiveisoficial no instagram.
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Após dois anos de pesquisa e montagem, o espetáculo Purpurina, O Musical, estreia em Florianópolis. A produção, que apresenta uma história inédita e original, inspirada na cultura drag e com uma linguagem que conversa com as grandes séries, filmes e musicais e a temática LGBTIA+, terá três sessões entre os dias 24 e 25 de setembro (sábado e domingo). As apresentações acontecem no Teatro Pedro Ivo, na Capital.
Criado por André Sens e Jamil Vigano, o espetáculo musical apresenta uma emocionante história policial interpretada por um grande elenco e entremeada por 13 músicas inteiramente originais, além de performances coreográficas. Tudo acontece no distrito de Magnólia, onde se localiza a casa Purpurina, conhecida não só por suas incríveis performances drag, mas também como um grande lar de acolhimento de artistas.
Entre as personagens, destacam-se Perla Purple, famosa drag queen e dona da casa Purpurina, Miguel, estudante que sonha em viver a arte da “montação”, e Sandra, atendente que luta para conquistar um espaço como modelo profissional.
Com direção de Jamil Vigano e produção do LAB DAT – Laboratório em Design, Audiovisual e Transmídia da Universidade Federal de Santa Catarina, o musical será apresentado às 20h30 no sábado, dia 25, e às 17h30 e 20h30 no domingo, dia 25. Na última sessão haverá interpretação em LIBRAS.
Os ingressos podem ser adquiridos no site da Sympla (https://www.sympla.com.br/evento/purpurina-o-musical/1625664).
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E a turma da cultura e arte, que está trabalhando com as questões LGBTQIA+ está agitando os palcos de Floripa. Outro espetáculo estreia nesta semana trazendo o melhor da arte drag catarinense, nos dias 22 e 23 de setembro, hoje e amanhã, no Teatro da UBRO, em Florianópolis, a peça “As Desterradas”. Dirigida por Arthur Gomes e Thomas Dadam, da BAPHO Cultural, o espetáculo apresentará em cena a história de dez drag queens, criminosas, que através da dança, da dublagem e do humor, procuram incansavelmente a liberdade. Além do brilho e da comédia, a peça abordará temáticas que dizem respeito a vivência dos atores por trás das maquiagens perfeitas e perucas modeladas, pautando questões como racismo, homofobia e tantos outros preconceitos que rondam a comunidade LGBTQIA+.
“Esse espetáculo marca uma nova perspectiva para a cena LGBTQIA+ em Florianópolis, principalmente por levar para o teatro a arte drag, cultura essa que por muitas vezes esteve restrita às casas noturnas, aos guetos e aos porões”, destaca Arthur. O elenco de “As Desenterradas” é composto pelas drags Aline Paddle, Kandy Cooper, Kinn Kodkcham, Mara Bens, Morgana Victória-Régia, Pandora Drag, Paty Faria, Piettra Beautty, Stella Puzzle Pride e Suzaninha.
Segundo Thomas, o processo de criação da peça se deu a partir da ausência de espaços para a promoção da arte drag. “Acompanhar o processo de cada cena é sempre muito gratificante, principalmente por reconhecer o quanto esses artistas se entregam ao ofício da montação, trazendo dores, conquistas e vontades para suas personagens”.
Ingressos disponíveis através do link: https://linktr.ee/baphocultural
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BOMBEIROS NO PALCO
A Banda do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina é muito conhecida pelas suas apresentações em espaços públicos, festas populares e eventos oficiais da Corporação e outras entidades. Mas pela primeira vez, a banda vai apresentar um concerto no palco de um teatro. A apresentação será nesta sexta-feira, 23 de setembro, no Teatro Pedro Ivo Campos, em Florianópolis, às 20 horas, prometendo ser totalmente diferente do que o público já viu.
O concerto é festivo e celebra os 96 anos da Corporação e a escolha do repertório inclui ritmos e estilos musicais nacionais e internacionais, com canções conhecidas, algumas interpretadas por solistas vocais.
O evento é totalmente gratuito, mas os ingressos devem ser reservados pela plataforma Sympla, por meio do endereço: https://www.sympla.com.br/concerto-da-banda-de-musica-do-cbmsc__1713297. A Banda de Música do CBMSC é regida pelo Maestro Sargento Marcelo Augusto Menezes.
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“JOSÉ” CHEGA A FLORIPA
Zeca Baleiro apresenta “José” em Florianópolis, no palco do CIC, no dia 24 de Setembro, neste sábado, às 21h. Em clima intimista, o novo show permite uma aproximação maior com o público, dando espaço para improvisos e criando um espetáculo único a cada noite. Como se recebesse a plateia na sala de sua casa, o cantor e compositor maranhense interpreta canções marcantes de sua discografia e compartilha com o público a audição de músicas e autores importantes na sua trajetória, criando um clima de proximidade com quem o assiste.
O show foi pensado para criar um ambiente que favorece improvisos e momentos exclusivos, fazendo a cada noite da temporada um espetáculo inédito. “Nada se compara à experiência de tocar ou de assistir a um show ao vivo. É imbatível! Estou ansioso pelo reencontro e com saudade dos afagos e aplausos da plateia”, comemora Zeca Baleiro. Os ingressos estão à venda no site www.diskingressos.com.br.
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“O OCEANO QUE NOS UNE”
A importância como planeta e a influência dos oceanos em nossas vidas desde sempre. Valorizar e refletir sobre a vida marinha e suas conexões com o mundo fora da água. As experiências do fotógrafo Áthila Bertoncini podem ser vistas através de suas fotografias na exposição, “O Oceano que nos une”, que foi aberta na última segunda-feira (19/09) no MULTI Open Shopping, no Rio Tavares, em Florianópolis.
O fotógrafo é autor da imagem da garoupa símbolo da cédula de 100 reais e na exposição, pela primeira vez, exibe imagens registradas durante mais de uma década de trabalho em diferentes lugares do Brasil e do mundo. Com curadoria de Maíra Borgonha, 13 fotografias foram selecionadas para a mostra, nove subaquáticas.
“Estamos na Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas e uma das suas metas é a de alcançar um Oceano conhecido e valorizado por todos. É com essa intenção que a exposição propõe envolver e levar ao público a importância que o Oceano tem nas nossas vidas como cidadãs e cidadãos deste Planeta”, destaca o fotógrafo.
Além da fotografia da garoupa, registrada na Ilha Terceira, que fica nos Açores, quem visitar a exposição, até 19 de outubro, poderá ver a beleza dos peixes-palhaços registrados por Áthila Bertoncini nas Filipinas, tartarugas marinhas de Abrolhos na Bahia e outras espécies.
A visitação é gratuita e poderá ser feita de segunda a sábado, das 10h às 22h, e nos domingos e feriados, das 12h às 20h.
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Opções não faltam para sair de casa e viver o clima de primavera. Por hoje era isso, até a próxima.
No instagram @anselmoprada.
