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Capacitismo é crime e fica mais conhecido depois de polêmica na televisão

Ilustração: Shutterstock

Provavelmente Capacitismo seja o conceito que você menos conheça em relação aos atos de discriminação de pessoas ou grupos que  estão encaixados nas chamadas minorias e tem menos poder de representação em  todos os setores  da sociedade.  Mas é assim mesmo, os novos tempos estão trazendo à tona termos que  até bem pouco tempo passavam despercebidos,  eram ignorados, aturados,  mas com certeza  machucavam e excluíam. Mas como evoluir significa aprender,  cada vez mais termos estão apoiados em leis para proteger os agredidos, o que para muita gente é excesso do “politicamente correto”. Infelizmente,  são necessárias  leis para tentar proteger e tornar crime aquilo que a nossa educação poderia resolver com o simples respeito.

O Capacitismo é considerado uma forma de preconceito, comumente vindo de pessoas sem deficiência, que pré-julgam a capacidade e habilidades das pessoas  portadoras de  deficiência com base apenas no que elas acreditam sobre aquela condição. Vamos exemplificar com frases bem antigas que  mostram o Capacitismo: “Dar uma de João sem braço”; “Não temos braço para fazer tudo isso”; “Dar uma mancada”; “Mais perdido que cego em tiroteio” ; “Para de ser retardado”; “Nem parece que você é uma pessoa com deficiência” e por  aí vai. Difícil encontrar entre nós quem já não usou uma frase parecida  numa demonstração de falta de bom senso, ignorância e  educação, entre outros fatores, sem falar nos piores, aqueles que usam com desdém,  ódio e  preconceito  explícito.

E foi no BBB 24 e pela boca  do catarinense, o cozinheiro Maycon Cosmer  que o assunto  tomou conta das redes sociais e das discussões presenciais. Durante a prova do líder do  reality, Maikon sugeriu que fosse criado um apelido para a perna  amputada  do atleta paralímpico Vinicius Rodrigues. Maikon se referiu ao atleta como cotoco e sugeriu que a prótese   fosse apelidada de “cotinho”. Estava formada a polêmica que  tirou o catarinense do programa, mas que serviu  para chamar a atenção de milhões   de brasileiros sobre  o que  é Capacitismo. O próprio Maykon veio a público pedir desculpas e dizer que aprendeu com o erro. E aí vem aqueles  que dizem “não se pode brincar com mais nada”. Tem muita coisa com o que podemos brincar, muitas mesmo, mas não com as condições físicas e mentais  dos  que são diferentes da grande maioria.

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ENCONTRO ENTRE BRASIL E PORTUGAL NO SHOW

DE ANTÓNIO ZAMBUJO E YAMANDU COSTA EM FLORIPA

Foto: Divulgação

Florianópolis recebe nesta sexta, 19 de janeiro, o show reunindo dois grandes artistas de sucesso internacional, António Zambujo e Yamandu Costa, que apresentam no Teatro Ademir Rosa (CIC) o encontro musical celebrado por onde passa e que faz parte da Turnê Brasil.

Após o concerto que juntou António Zambujo e Yamandu Costa, em Lisboa, Portugal, na comemoração dos 200 anos de Independência do Brasil, celebrando a harmonia entre dois povos, os  artistas reúnem-se agora para novos espetáculos, continuando a trilhar o caminho comum que os une.

António Zambujo é um dos maiores artistas, autores e intérpretes contemporâneos da música e da língua portuguesas, e um dos seus mais notáveis embaixadores no mundo. Ao incorporar influências do cancioneiro brasileiro, em particular a Bossa Nova, derrubou fronteiras, reais e imaginárias, aproximando os dois lados do Atlântico. Com isso, a sua música, primeiro forjada na tradição do Cante Alentejano e do Fado, criou uma personalidade única e inspirou um novo ciclo na música portuguesa.

Aclamado pela crítica, Yamandu Costa tem encantado as plateias de todos os lugares onde leva a sua incomum habilidade e sonoridade. Com performances inesquecíveis – solo, acompanhado por outros músicos ou com orquestras – carrega a marca da música do Sul do continente americano, mas transita admiravelmente por diferentes gêneros musicais, formando juntamente com o seu violão de sete cordas uma rara simbiose. O show será às 21 horas e os ingressos estão à venda no www.diskingressos.com.br .

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‘ALÉM-MAR:

QUANDO A LINHA DO HORIZONTE NÃO BASTA’ 

Obra da artista Isabel Sabino – Portugal

Pela primeira vez, 14 artistas do Brasil e seis de Portugal, apresentam trabalhos na Fundação Cultural BADESC, em Florianópolis. A mostra inédita ‘Além-mar: quando a linha do horizonte não basta’, faz parte de projetos de cooperação internacional entre o Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais (PPGAV) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), no Brasil, e a Escola de Comunicação, Artes, Arquitetura e Tecnologias da Informação da Universidade Lusófona de Lisboa (ECATI) e a Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL), em Portugal.

Segundo a artista e professora Jociele Lampert, responsável pelo projeto de pesquisa e uma das curadoras da mostra, os artistas convidados participaram de algum modo do estudo internacional realizado em 2023.   “O nosso objetivo é mostrar o trabalho de artistas pesquisadores/investigadores para a comunidade. São produções relevantes para o contexto da aproximação entre Brasil e Portugal, no que confere ao contexto acadêmico, sobretudo no campo do ensino da pintura e suas reflexões”, destaca Jociele que faz a curadoria ao lado da artista, professora e fotógrafa Dani Remião e do artista e professor ph cavallari.

Com mais de 50 obras, a exposição é formada, principalmente, por pinturas, e conta ainda com fotografias, livros,  vídeo e um jogo instalativo de palavras. De acordo com os curadores, as palavras serão dispostas nas salas expositivas do Espaço Fernando Beck, em composição com os trabalhos. As  palavras buscam aproximações poéticas, temáticas e conceituais entre as obras e destacam horizontes possíveis para as percepções e compreensões do conjunto.

‘Além-mar: quando a linha do horizonte não basta’ poderá ser visitada gratuitamente até 29 de fevereiro de 2024. A Fundação Cultural BADESC fica na Rua Visconde de Ouro Preto, 216, no Centro de Florianópolis/SC e o horário de visitação é de segunda a sexta, das 13h às 19h.

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O MUNDO COMEÇA NA NOSSA CASA,

 POR NARA GUICHON

Nara Guichon

 Entre tantos posts aleatórios no Instagram me deparo com  uma publicação da artista Nara Guichon,  que faz  sua obra de arte ser vista e usada através da reciclagem, reaproveitamento, destino certo ou qualquer outro significado quando o objetivo é não machucar o Planeta.

Vídeos em casa todo mundo faz, mas não com a profundidade que percebi nas palavras de Nara ao percorrer com a câmera do seu celular o espaço verde do lugar onde mora.  Disse ela  ao gravar o vídeo: “E  não moro num quadrado de cimento, mas sim em  todo o planeta, onde eu colaboro plantando árvores e a Terra me devolve tudo aquilo que é nosso”. Enquanto se ouve o canto dos passarinhos Nara prossegue ” Eu vivo de forma colaborativa, não precisamos preservar de forma monetária e  sim viver de todas as maravilhas, porque o planeta gera nossas fortunas”.  E termina com aquela máxima: ” A  gente só cuida do  que  ama e só ama o que conhece”.  Deu curiosidade, assiste o  vídeo lá  no @nara_guichon .

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A ESTREIA  DA  ARTE JOVEM DE DOUDT

No dia 27 de janeiro, sábado,  no Blatt Café, em Joinville, estreia a primeira individual da artista visual Amanda Cristina Doudt, 22 anos, conhecida no cenário artístico apenas como Doudt.

A estreia contará com várias atrações culturais, entre elas, um show acústico do multiartista Victor Sarmanho, vocalista da banda “4 Fellas”.

Estarão expostos mais de 20 obras da artista, nas mais variadas técnicas e tamanhos, trabalhos  da artista que cada vez mais se destaca como um novo expoente das artes visuais joinvilense.  Doudt transita por vários espaços da cena cultural da cidade, sendo essa mostra, uma grande chance de se conhecer melhor e entender o trabalho da artista.  No dia 16 de março, sábado, a artista realiza uma live painting, em um dos espaços da sua exposição, onde foi recriado seu ateliê, com seus cadernos de ilustrações, estudos, entre outros objetos. A “Mostra Doudt”, fica em cartaz para visitação até o dia 5 de abril.

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PROJETO CULTURAL VAI MAPEAR GASTRONOMIA

ALEMÃ EM  SANTA CATARINA

Foto: Divulgação

 No ano em que se comemora o bicentenário da imigração alemã no Brasil, um projeto cultural nascido em Joinville vai mapear, passo a passo, o ciclo de preparação de pratos típicos da gastronomia de raízes germânicas em Santa Catarina. Dez cidades com reconhecido processo de colonização alemã vão compor o projeto, que terá sua primeira escala em Joinville, já no final de janeiro. Em cada município, dois pratos de diferentes estabelecimentos serão objeto do trabalho. Toda a pesquisa será divulgada em um site próprio, além do lançamento de um livro (impresso e digital) contemplando histórias e curiosidades recolhidas entre os produtores.

À frente do projeto, intitulado “Gastronomia Identitária”, a Agência Cultural Aquele Trio, da produtora e musicista Marisa Toledo. É a estreia da agência no campo da gastronomia – boa parte de sua experiência é voltada à área da música. De acordo com a produtora, a receptividade dos empresários e profissionais do setor contatados até aqui foi excelente: “Para nós, isso só constata o quanto a gastronomia é identitária, trazendo consigo o senso de pertencimento de um lugar”. Ao final, para Marisa, a expectativa é levar ao mercado e ao poder público um material que ajude a dimensionar o alcance cultural, econômico e turístico dos pratos com origem germânica. Essa é a maior relevância do projeto: a entrega gratuita à sociedade deste conteúdo integral”.

Produtora e musicista Marisa Toledo

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Obrigado pela leitura e até a próxima semana.

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