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Inteligência Artificial: debates e desafios

Foto: Fiesc / Crédito: acervo pessoal Janine Alves.

Câmara de Tecnologia da FIESC discute maturidade de coleta e uso de dados para implantar projetos de IA

A rápida expansão das ferramentas de Inteligência Artificial (IA) generativa está redefinindo o panorama empresarial, conforme aponta um estudo recente da McKinsey. Atualmente, um terço das organizações já integra a GenAI em pelo menos uma função de negócio, com líderes C-level adotando pessoalmente essas ferramentas no ambiente de trabalho. A presença da IA generativa nas agendas de conselhos corporativos também se destaca, evidenciando seu impacto crescente no mundo empresarial.

Foto/Crédit: Freepik

Essencial para ampliar a produtividade e competitividade, a transformação digital é um tema crucial entre empresários catarinenses, com um foco crescente na adoção de tecnologias de IA para não perderem oportunidades. No entanto, Joni Hoppen, diretor da Aquarela, especialista em IA e Analytics, destaca que uma parte relevante dessa discussão está sendo negligenciada: a maturidade da empresa na cultura de dados e a clareza sobre os problemas que a IA deve resolver. Participando de uma reunião da Câmara de Tecnologia, Informação e Comunicação da FIESC nesta quinta-feira (21), Hoppen enfatizou que as ferramentas de IA dependem de uma base de dados robusta e confiável. Alexandre d’Ávila da Cunha, presidente da Câmara, complementou que a adoção de tecnologia deve começar pela identificação clara do problema a ser solucionado, evitando simples modismos.

Além dos desafios operacionais, a liderança empresarial enfrenta a difícil tarefa de antecipar e gerenciar os riscos imprevisíveis trazidos pela transformação impulsionada pela IA. Especialistas também têm levantado alertas sobre os riscos éticos e sociais associados ao desenvolvimento de sistemas de IA poderosos, ressaltando a necessidade urgente de um debate público mais amplo e políticas claras para orientar seu desenvolvimento de maneira responsável.

A inovação também pode ser alcançada através da abordagem frugal, como explica o professor André Mores dos Santos, da Univali, destacando que empresas podem inovar fazendo mais com menos, aproveitando conhecimento disponível e reduzindo custos de produção. A adoção de tecnologias como a IA generativa não apenas promete transformar radicalmente os modelos de negócio, mas também levanta questões fundamentais sobre como as organizações podem integrar essa tecnologia de forma ética, responsável e eficaz para o benefício de todos os stakeholders envolvidos.

 

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