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Miguel

Paulo Branchi, e Carlos Alberto Ferreira comigo e com Miguel

As notícias da morte de Miguel Livramento destacam o “maior ícone da imprensa esportiva catarinense”. No entanto, com todo esse crédito, estava fora da mídia tradicional e especialmente do rádio que tanto amava.

Difícil explicar, a não ser por decisão de gestores que queriam se incomodar menos com pressões de dirigentes criticados por ele.

E também por ser um profissional raiz, sem clickbaits na carteira.

Fomos colegas desde 2006, quando foi contratado pela CBN Diário.

Chegou para ser narrador e participar do Debate Diário, mas depois de tempo de negociação, consegui convencê-lo a ser comentarista. Teria mais fôlego, o que acabou se comprovando porque até seu penúltimo dia de vida, muitos anos depois, comentava em site da torcida do Avaí.

As opiniões de Miguel eram contundentes, em especial quando seu time do coração perdia. Não raro os dirigentes reclamavam para a emissora e pediam a cabeça do Miguel. Várias vezes precisava conversar com eles para provar que o comentário se referia ao gestor do futebol, e não à pessoa.

Miguel era único e daí talvez a grande perda e o vazio que deixará na imprensa da capital. Os dirigentes ficarão mais sossegados, os colegas de verdade tristes e a torcida saudosa do seu ícone.

Descansa em paz, Miguel.

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