O ativista bielorrusso preso Ales Byalyatski, a organização russa Memorial e o grupo ucraniano Centro pelas Liberdades Civis ganharam o Prêmio Nobel da Paz de 2022 nesta sexta-feira, 7, destacando a importância da sociedade civil para a paz e a democracia.
“O comitê do Prêmio Nobel quis honrar três campeões dos Direitos Humanos, da democracia e da co-existência pacífica nos países vizinhos Belarus, Rússia e Ucrânia. Eles honram a visão de Alfred Nobel sobre paz e convivência, uma visão tão necessária no mundo hoje”, declarou o comitê.
Um dos vencedores, Ales Bialiatski está atualmente preso em Belarus. Fundador do centro para os Direitos Humanos Viasna (que significa primavera), ele é um dos principais nomes da oposição ao atual presidente do país, Aleksandr Lukashenko, aliado de Vladimir Putin e frequentemente acusado de perseguir e prender opositores e de violar direitos humanos no país.
A polícia de segurança bielorrussa invadiu em julho do ano passado escritórios e casas de advogados e ativistas de direitos humanos, detendo Byalyatski e outros em uma nova repressão aos opositores de Lukashenko.
Após o anúncio, os organizadores do Nobel pediram que as autoridades do país soltem o ativista, que está preso em condições desumanas.
O Prêmio Nobel da Paz, no valor de 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 4,7 milhões) será entregue em Oslo em 10 de dezembro. Com informações do Reuters.