O Debate Diário está perdendo a identidade. Faz tempo que o programa esportivo da CBN, no ar às 13 horas, há mais de 25 anos, deixou de lado o embate de ideias. Está mais para um programa de entrevistas entre colegas, pois o mediador passa o tempo todo colocando questões para os outros três participantes.
Na semana passada chegou a sair do estúdio para o estádio da Ressacada, para comemorar os 99 anos do Avaí. Ficaria melhor que a homenagem fosse feita, por exemplo, no programa esportivo do meio-dia e o debate mantivesse uma saudável distância do oba-oba. Foram lá debater o quê?
Nos últimos dias, o programa ainda se ressentiu da ausência de Chico Lins, em férias, substituído geralmente por Cristian de Los Santos – um ótimo repórter, que compôs para fechar o número de quatro participantes. Chico e Rodrigo Faraco, por vezes, conseguem trocar ideias interessantes, o que nem sempre acontece com os demais.
E daí?
A pergunta é se tem alguém interessado em melhorar o Debate Dário ou o foco é outro. Quem não tem história não sabe que o programa já teve grandes debatedores como Miguel Livramento, Paulo Brito e Lauro Búrigo, entre outros.
Liberou geral
Nos últimos dias, profissionais da NSC apresentaram evento na Lagoa, oficiaram casamento e deram palestra em Jurerê. Não há dúvidas que o RH liberou geral, ao contrário do que acontece em outros estados entre as afiliadas da Globo.
Emmy
A informação mais repetida e mais inútil que se conhece: Rede Globo indicada ao troféu Emmy.
Voto
Uma boa sacada do SCC meio-dia: mostrar como o eleitor deve usar a urna eletrônica. O apresentador Fernando Machado colocou no telão do estúdio o aplicativo do Tribunal Superior Eleitoral que simula voto na urna com o sinal característico e tudo o mais. Veja:
Eleição 1
São tantas as entrevistas com candidatos que elas ficaram aborrecidas por falta de novidades. Viraram tapa buraco de programação.
Eleição 2
Há uma insistência da mídia engajada em apresentar pesquisas eleitorais sem respaldo técnico. É o caso da Jovem Pan e da Rede SCC. O objetivo é tentar neutralizar as pesquisas Ipec e Datafolha, mas está mais para uma atitude ridícula.
Eleição 3
A tendência é que as pesquisas eleitorais de institutos idôneos aproximem os candidatos com a proximidade do pleito, mas não porque não querem se comprometer ou erraram a amostragem anterior. O fato é que o eleitor deixa para se decidir em cima da data, como mostram os inúmeros exemplos, como em 2018. As pesquisas sérias são reflexo do momento, mais próximo da eleição, menos eleitores indecisos, mais precisão. O resto é engajamento político.