O que não pode faltar no céu?
No programa ‘Que história é esta, Porchat?’, do canal GNT, o apresentador faz sempre as mesmas perguntas finais aos convidados. Uma delas é – o que não pode faltar no céu, se não você nem entra? As respostas não variam muito. Cerveja, pagode, pizza, cachorro, gato… Ninguém precisa gastar seu pedido querendo ver familiares e pessoas amadas. Isso já está implícito, estarão todos lá.
Fiquei pensando o que mais me faria falta entre as coisas cotidianas de que tanto gosto. Lembrei logo de guloseimas, filmes e livros. Sou louca por doces. Difícil imaginar o céu sem bem-casados, quindins ou torta de sorvete com calda quente de chocolate. A melhor definição de paraíso que já vi está no filme Um visto para o céu: “é um lugar onde pode-se comer de tudo sem engordar!
Mas, será que eu conseguiria “ viver” em um lugar sem cinema? Ficar eternamente sem ver um filmezinho não é minha ideia de paraíso. E os livros? Há melhor maneira de passar a eternidade sem se entediar do que a leitura?
Todas elas me fariam uma falta absurda, mas o que não consigo imaginar mesmo é o além sem música. Acho pouco provável que não tenha, já que ela é a linguagem do dono da casa, o Todo Poderoso. Quem disse isso foi aquele alemão que entendia bastante de música, Ludwig van Beethoven, conhece?
Então, se a “música é a linguagem de Deus”, estou garantida. O céu é automaticamente musical. Posso pedir outra coisa. E agora, doces, filmes ou livros? Ai, que escolha difícil! Vou tentar negociar mais de uma com o Anfitrião.
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MICROCONTO DE DOMINGO
O desafio proposto pelo professor e mentor do @literaturaminima, Robertson Frizero, foi um miniconto de cinquenta palavras tendo como pano de fundo uma cerimônia de casamento. O meu foi este.