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Destaque da semana: Dragões, elfos e humanóides

"Casa do Dragão"/Divulgação HBO

Dragões, elfos e humanóides

Eis que, depois de longa espera, eles chegaram! Os dragões mais amados do planeta voltaram para matar saudades no domingo (21) com a estreia de A casa do dragão, uma série derivada de Game of thrones. Estão presentes no primeiro episódio os elementos que fizeram de GoT a série recordista de audiência em todos os tempos: disputa de poder, intrigas de toda espécie para chegar ao trono, muito sexo, cenas sangrentas e, claro, os bichinhos favoritos da saudosa Daenerys Targaryen. A casa do dragão se passa em um período da história de Westeros em que os dragões ainda existiam em grande número, ou seja, muitas gerações antes de Daenerys. Rhaenyra, a nova heroína traz com os mesmos traços valirianos de sua famosa descendente – pele muito clara, cabelos prateados e olhos verdes. Ela é filha única do rei Viserys I, mas seria inconcebível para o conselho uma mulher sentar no Trono de Ferro. A outra alternativa de sucessão é Daemon, o irmão sanguinário do monarca, ideia refutada com veemência por Otto Hightower, a Mão do Rei. Independente da disputa, tio e sobrinha se gostam muito. E agora? Aguardemos os próximos capítulos. (Veja o trailer)

O ponto fraco da estreia: as legendas cheias de problemas, diálogos inteiros sem tradução, dificultando a compreensão da cena. Um erro básico naquele que é, certamente, o maior investimento da HBO este ano. Esperamos que consertem a legendagem para o segundo episódio.

https://youtu.be/eFx3DB6dcUw

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SÉRIES

O senhor dos anéis: Anéis do poder –  8 episódios – Amazon Prime

Reprodução/Divulgação

Por falar em matar saudades, a nova série da Prime também se propõe a amenizar a crise de abstinência dos fãs de O Senhor dos anéis.  Mas, apesar do investimento de um bilhão de dólares, tornando-a a série mais cara da história, parece que os experts na saga não ficaram totalmente satisfeitos com Anéis de poder. Ela não uma adaptação exata dos livros de J. R.R. Tolkien e traz novas histórias e personagens. Assim como em A casa do Dragão, a trama se passa em uma época muito anterior à original.

O que diz a sinopse: Antes da jornada de Frodo pela Terra-Média, a Segunda Era foi palco de diversas lendas heroicas. O drama épico que se passa milhares de anos antes de A Sociedade do Anel, tem foco em um momento da história em que grandes poderes foram forjados, reinos ascenderam e também ruíram ao mesmo tempo em que heróis foram testados e tiveram a esperança quase aniquilada pelo grande vilão do universo de Senhor dos Anéis. A série começa em um momento de paz, quando o elenco de novos e antigos personagens precisa enfrentar o ressurgimento do mal, vindo das profundezas mais escuras das Montanhas Sombrias. Os reinos e personagens irão esculpir legados que viverão por muito tempo depois que eles se forem.

Desculpas pelo incômodo – 6 episódios – HBO

Reprodução/Divulgação

Vamos rir um pouco com essa produção espanhola que ninguém é de ferro! Dois velhos amigos com o mesmo nome, um Rafael é roqueiro com um único grande sucesso em passado distante, o outro Rafael é maestro de uma orquestra sinfônica. Eles implicam um com o outro todo tempo, mas acabam vivendo juntos quando a mulher do maestro cansa do marido ególatra que nunca lhe dá valor e o roqueiro está financeiramente na pior e à beira de ser despejado. Entre uma rusga e outra, ambos vão se confrontando com a dificuldade de envelhecer e adaptar-se às modernidades. Afinal, o que a jovem violoncelista quer dizer quando manda emoji de coraçãozinho? É alguma mensagem de interesse amoroso? Os dois amigos trocam ideias, tentando entender o “novo mundo”. Os atores Antonio Resines e Miguel Rellan são hilários e garantem boas risadas.

 

Echoes – 7 episódios – Netflix

Reprodução/Divulgação

É difícil não dar uma chance para uma minissérie que tem Matthew Bomer no elenco. Além de bonito e bom ator, sempre soube escolher papéis em filmes e séries de sucesso ( Magic Mike, The Sinner). Talvez não seja o caso desta. Histórias sobre gêmeos são recorrentes no cinema/TV e muitos resultaram em bons suspenses, mas nesse algo não deu muito certo para mim. A protagonista é Michelle Monaghan, mas a diferença entre as “ duas” irmãs é uma trança lateral em uma e o cabelo solto na outra. A minissérie australiana começa bem, mas a última parte se arrasta e explica várias vezes o que o espectador já entendeu lá atrás. Enfim, assistam e me digam o que vocês acharam.

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FILMES

A candidata perfeita –  direção: Haaifa al-Mansour – 2021 – Telecine/Now

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Maryam, a jovem médica de uma pequena cidade saudita quer melhorar as condições do hospital onde trabalha. Considerada rebelde para aquela sociedade tradicional, ela vai além do que é permitido às mulheres. Tentando conseguir autorização paterna para viajar ( sim, é preciso aprovação legal de um homem) ela acaba se inscrevendo, quase por acaso, como candidata a secretária de obras. Olhamos um pouco perplexos para os costumes e as superstições ( crenças?) daquela sociedade tão diferente da nossa, como um paciente idoso que se recusa a ser tocado por uma mulher. Prefere ser atendido por enfermeiros do que por uma médica. A história de Maryam corre paralela a de seu pai, um músico viúvo, que também sai em excursão com a banda em busca de espaço para sua arte.

Haaifa al-Mansour é a primeira diretora na história do cinema da Arábia Saudita. Isso já diz tudo.

 

O homem ideal – direção: Maria Schrader – 2021 – Prime Vídeo

Reprodução/Divulgação

Esta comédia romântica futurista foi indicada ao Prêmio Goya de Melhor Filme Europeu e é a aposta alemã ao Oscar deste ano.

A sinopse: Alma (Maren Eggert) é uma cientista que trabalha no Museu Pergamon em Berlim. Com o objetivo de obter fundos de pesquisa para o seu trabalho, ela é convencida a participar de um estudo extraordinário: viver durante três semanas com um humanoide, feito sob medida para o seu caráter e as suas necessidades, cuja inteligência artificial é projetada para ser o parceiro perfeito para ela. É assim que Alma conhece Tom (Dan Stevens), uma máquina criada exclusivamente para fazê-la feliz. O homem ideal é um conto cômico-trágico sobre o amor, a saudade e o que torna um ser verdadeiramente humano.

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REALITIES

Making the cut – 3ª temporada – 8 episódios – Prime Vídeo

Reprodução/Divulgação

O reality “Fazendo o corte” foi criado pela dupla de apresentadores do famoso “Project Runway”: a modelo Heide Klum e o mentor dos competidores, Tim Gun. Nesta nova temporada reuniram jovens estilistas de vários países, entre eles o brasileiro Rafael Chaouiche, de Curitiba.A cada episódios, os participantes são desafiados a criarem duas roupas, uma de passarela e a outra mais comercial. Aquele que apresentar o pior look na opinião dos jurados é eliminado do jogo, o melhor ganha a vantagem de ficar imune na próxima rodada. Nos dois primeiros episódios disponíveis, o brasileiro está se dando muito bem na competição. Uma ótima pedida para quem gosta do gênero com o atrativo de torcer para um conterrâneo.

 

O Ensaio – 06 episódios – HBO/HBO Max

Reprodução/Divulgação

Quando a gente pensa que já inventaram todos os tipos de realities possíveis – casamentos às cegas, pés com problemas horrorosos, plásticas mal feitas etc… – surge um ainda mais estranho. O ator e comediante canadense Nathan Fielder se propõe a preparar pessoas comuns a encarar uma situação difícil. Para isso, ele recria exatamente o que o ajudado vai enfrentar e ensaia cada passo, cada palavra. No primeiro episódio vemos Nathan preparar um homem que não sabe como contar a seu grupo de trívia que mentiu durante anos sobre ter mestrado. Uma atriz faz o papel da colega de trívia, o que ela pode dizer, como reagirá etc… Nem sei bem se dá para chamar de reality, é mais um experimento social. Nathan Fielder, conhecido por sua atuação na série Transparent ( Prime Vídeo) passa uma certa vulnerabilidade, o que deixa os participantes à vontade.

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THE END

cronica

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