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Passeata virtual e os crimes sexuais: “Agora você sabe”

Professora LUCIANA TEMER e a apresentadora ANGÉLICA fotos/DIVULGAÇÃO
Professora LUCIANA TEMER e a apresentadora ANGÉLICA fotos/DIVULGAÇÃO

Marcada para maio, a passeata foi idealizada pela professora em direito e diretora do Instituto Liberta, Luciana Temer, vítima de estupro quando jovem. Luciana conta que não entendia porque ficou tanto tempo calada sobre algo de tamanha gravidade, até que resolveu dar voz a ela mesma e a todas as vítimas de abuso sexual.

E uma dessas vozes, que já deu grande repercussão à passeata virtual, foi o depoimento da apresentadora Angélica, que aos 15 anos foi vítima de violência durante uma sessão de fotos em Nova Iorque. Angélica conta que durante o trabalho das fotos, um grupo de homens que passava pela calçada começou a passar as mãos nela e depois de um tempo foram embora rindo, algo que na época a deixou chocada, mas que ao longo do tempo ficou guardado, até que entendeu que aquela situação se tratava de um tipo de estupro e que precisava ser falada.

A campanha do Instituto Liberta tem como tema central a afirmação “Agora você Sabe”. Através do site agoravocesabe.com.br e pelas redes sociais, mulheres e homens que sofreram algum tipo de abuso antes dos 18 anos estão sendo convidados a gravar um vídeo falando a seguinte frase: “A violência contra crianças e adolescentes é uma realidade. Eu já fui vítima. E agora você sabe”. Todos os vídeos enviados ao site serão exibidos na passeata online no Dia Nacional de Combate à Exploração de Crianças e Adolescentes, 18 de maio. Nenhum vídeo será exibido individualmente, as gravações serão exibidas todas de uma vez, dentro da proposta da passeata virtual.

*Fotos/divulgação: Professora LUCIANA TEMER e a apresentadora ANGÉLICA

 

GIN E ALQUIMIA DE UM ARTISTA

Fotos/DIVULGAÇÃO
Fotos/DIVULGAÇÃO

A formação e a carreira são na música e teatro, é violinista de profissão e faz doutorado na área. Na caldeira da arte, Fernando Bresolin, um verdadeiro alquimista, resolveu criar o gin batizado de Fauno, nome de um ser mitológico, do séquito de Dioniso, Deus do Vinho e do Teatro. Fauno é um ser da floresta, de onde vem os componentes do gin, explica o destilador Fernando Bresolin. Mas Fauno também é músico, que toca flauta, lira e violino, um ser festivo. Bresolin conta que usa a imagem do Fauno como protetor da casa, da bebida e da festa para dar vida ao seu gin.

Ele recebeu de herança um alambique que pertencia ao seu avô, mas sabia que a produção de cachaça já tinha lugar suficiente no mercado. Mas no alambique dava para fazer gin e foi o que fez. Usou o tempo da pandemia para estudar e produzir seu próprio gin, que ficou pronto depois de mais de 300 testes, com variados ingredientes e processos diferentes, até que encontrou a fórmula do seu gin artesanal. Para chegar ao resultado final da bebida, usou matérias primas vindas de vários lugares do mundo e produtos bem regionais, a  erva baleeira do litoral, o pinhão da Serra Catarinense e o mais especial de todos, a goiaba serrana, com essência bem perfumada e com cheiro de mato. Hoje são produzidas no máximo 50 garrafas por mês, produção que deve ser pequena por causa da falta de abundância dos componentes regionais e para permitir a qualidade do produto no pequeno engenho, conta o alquimista do gin feito no Rio Vermelho, em Florianópolis.

Para o artista, produzir gin é algo que relembra seu passado de criança, que gostava de brincar com utensílios usados em laboratórios, mas depois seguiu o caminho das artes e diz: “Tanto uma coisa como outra acabam misturando ciência e arte, experiências sensoriais, algo que me atrai para a produção do gin, usando minha veia artística para dar sabor, estética e proporcionar experiências gustativas”.

O "violonista alquimista" FERNANDO BRESOLIN - foto/DIVULGAÇÃO
O “violonista alquimista” FERNANDO BRESOLIN – foto/DIVULGAÇÃO

@fernando_bresolin

 

ACESSO AO LEGADO DE  FRITZ MÜLLER

Em comemoração aos 200 anos de nascimento do naturalista Fritz Müller (1822 -1897), a Fundação Catarinense de Cultura (FCC) disponibilizou o levantamento bibliográfico do naturalista que fez história em Santa Catarina. Fritz Müller nasceu na Alemanha, onde se formou em biologia e medicina naturalista. Em 1852 veio com a família para o Brasil, mais precisamente para a Colônia Blumenau, no Vale do Itajaí. Mais tarde se mudou para a então Desterro, antigo nome da Capital, Florianópolis, onde foi professor da Escola Lyceu Provincial. Naturalista, botânico e professor de história e ciências, foi pioneiro no apoio à Teoria da Evolução, apresentada mundialmente por Charles Darwin. Fritz Müller contribuiu com a teoria trocando centenas de cartas com diversos cientistas do mundo todo. Aqui no estado, Fritz Müller teve seu nome consagrado na história estudando a fauna, flora e as espécies de invertebrados em território catarinense, reconhecido como um dos mais expressivos cientistas naturalistas do século XIX.

A vida e obra do naturalista, com todos os registros e documentos, podem ser conferidos no site da FCC – www.cultura.sc.gov.br

Cientista naturalista FRITZ MÜLLER
Cientista naturalista FRITZ MÜLLER

 

O RETORNO DA PROCISSÃO

Cancelada nos últimos dois anos por causa da pandemia, este ano foram realizadas as cerimônias em homenagem ao Nosso Senhor dos Passos, com a grande procissão que há 256 anos está no calendário religioso de Florianópolis, uma das maiores tradições de fé de Santa Catarina.

A programação começou no dia  27 de março e prosseguiu até a última segunda-feira, 04 de abril. Foram quatro as cerimônias mais significativas, entre elas a lavação da imagem  do Senhor dos Passos, Procissão com o Sermão do Encontro, a Procissão do Carregador e a Procissão do Encontro com Imagens do Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores, ponto alto das celebrações, que acontece sempre nas imediações da Catedral Metropolitana de Florianópolis.

Procissão de Nosso Senhor dos Passos - foto/DIVULGAÇÃO
Procissão de Nosso Senhor dos Passos – foto/DIVULGAÇÃO

 

FOTOS CONTEMPLATIVAS – A VIDA NO DETALHE DO LUGAR

Fotos ALINE ROSA e JADE CARNEIRO
Fotos ALINE ROSA e JADE CARNEIRO

A Fotografia Contemplativa é a mente aberta, curiosa, sem preconceitos, a ideia está concentrada apenas no ver. É uma técnica, mas antes disso uma forma de enxergar o mundo e a vida, uma experiência visual, sem conceito, pura percepção. Muitas vezes está ligada à meditação, que busca na realidade um olhar novo no cotidiano. Nesse conceito, o fotógrafo Zé Paiva, de Florianópolis, reuniu alunos para uma Oficina de Fotografia  Contemplativa, realizada durante o mês de março. A oficina foi viabilizada através de projeto selecionado pela Lei Aldir Blanc 2021. O resultado está em algumas fotos aqui publicadas, que mostram o trabalho dos alunos em contato com o que estava ao redor deles, numa visão mais apurada de detalhes, poesia e arte.

Fotos PAULO LAMIM e TALIANE TOMITA
Fotos PAULO LAMIM e TALIANE TOMITA

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Vamos abrir os olhos e contemplar a vida. Um Breve tchau e até a próxima semana.
@anselmoprada no Instagram

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