Carlos Moisés, Republicamos, foi um dos poucos governadores que não foi reeleito ontem, 2, depois de uma gestão austera do Estado, enfrentamento dos passivos e do Plano Mil, que despejou dinheiro para obras nos municípios.
Por que Moisés perdeu? Porque errou muito nestes pontos:
– a dificuldade em decidir a relação com o PMDB que rachou o partido e não colocou afiliados a campo para pedir votos. E quando escolheu Udo Döhler de vice, mas deixou ele escondido na campanha;
– quando descolou de Bolsonaro. A pecha de traidor, colocada pelos adversários, colou nele no momento em que uma onda direita é forte no Estado;
– outras marcas que foram colocadas em Moisés, especialmente por Ralf Zimmer incessantemente em todos os debates: o uso de avião do governo para viagem particular a Bonito e o caso dos respiradores;
– a falta de convicção e o tom sempre ameno nos inúmeros debates e entrevistas, contrastando com os adversários ferozes e audaciosos;
– a campanha em si, de baixo impacto, e o visual Zelensky do governador, camiseta branca básica e um colete estilo defesa civil por cima.
Agora, Moisés vai curtir a Casa da Agronômica até o último dia, segundo diz nesta gravação, e depois certamente vai viver da aposentadoria de bombeiro.