Algumas conclusões imediatas da pesquisa Ipec – ex-Ibope – divulgada ontem à noite, pela NSC: os comitês eleitorais entraram em polvorosa com o empate técnico para governador: Jorginho Melo e Moisés, com 20%, Esperidião Amin, com 15%, Gean Loureiro, com 14% e Décio Lima, 10%. Haverá segundo turno, mas quem serão os dois candidatos?
A segunda conclusão da noite mal dormida nas equipes dos candidatos: eram fakes ou não algumas pesquisas divulgadas até agora que mostravam disparadas de candidatos. Uma da Jovem Pan News, do Instituto Mapa, bem conhecido na praça, dava Jorginho Melo com 32%, mais do que o dobro de Moisés, com 15%.
Outra, divulgada pelo jornalista do Oeste do Estado, Marcelo Lula, de um certo instituto Tulipa, já mostrava Gean Loureiro em primeiro lugar, com 21,6% de intenções de voto, Jorginho Melo em segundo, com 18,93%, e Moisés com 18,93%. É um empate técnico, mas há sutileza na disposição dos candidatos.
Foco
Só que não há mais espaço para dúvidas: as campanhas têm que esquecer as pesquisas encomendadas para valorizar certos candidatos e focar na de maior credibilidade, a do Ipec, e montar as estratégias finais baseadas nela. Deverá sair mais uma, próxima ao debate da NSC, se seguir os modelos anteriores, mas daí, já na véspera do pleito será o prognóstico – a previsão dos prováveis vencedores.
E sobre o último debate, na última data possível, antes da eleição, na NSC, se seguir os modelos anteriores terá pouca influência no eleitor. Quem vê esse tipo de programa já está com voto definido. O indeciso e de menor escolaridade só vai se definir no último momento mesmo, em cima do pleito. Assim, as campanhas têm de hoje até o debate para criarem um fato novo e saírem do empate técnico.
Muro
Uma observação final sobre a pesquisa do IPEC: o nome dela é em cima do muro. O Ipec não se comprometeu ao não cravar um candidato mais bem colocado do que outro .