Audiência em TV não define qualidade, mas é um indicativo importante para o mercado e para as relações internas entre o pessoal de jornalismo e programação. Audiência em baixa requer estudos, pesquisas e providências.
A Globo tem um ranking de audiência entre suas emissoras afiliadas que é um balizamento altamente considerado, pois estabelece comparação entre as praças, os seja, leva em conta o que elas produzem e veiculam de conteúdo nacional.
Essa numerologia não está disponível para terceiros, mas Making Of teve a oportunidade de ver os índices de fevereiro deste ano considerando 15 praças da Globo. Chama a atenção a liderança nacional de Belém, com 16,7 % de audiência e 41,2 % de share no Ibope. Em quinto lugar, já ali mostrando sinais de recuperação, a TV Bahia, com 15,3 de audiência e 37,3 de share.
Chamava mais a atenção ainda em fevereiro, que Florianópolis estava em apenas nono lugar, com 12,9 de audiência e 34,6 % de share. A programação da capital catarinense já foi líder de audiência em outros anos.
Bahia sobe
Conforme este portal divulgou na semana passada, com informações do site Notícias da TV, em março a TV Bahia foi a terceira coloca no ranking das afiliadas, superada apenas por Rio de Janeiro e Porto Alegre. Em Salvador, bater a Record foi um desafio vencido pelos baianos, que tornaram mais populares os noticiários locais da manhã e do meio-dia, preenchendo os espaços sem grandes enrolações. Jéssica Senra, que apresenta o Bahia Meio-Dia é uma das âncoras dessa mudança, contratada da Record.
Não há dados disponíveis sobre as demais cidades.
Jornal do Almoço / BG
Se a NSC não revisitar o modo de produzir seus conteúdos não irá se destacar tão cedo nesse ranking Globo. O meio-dia está com deficiência de produção (falando em número de matérias mesmo)e de acompanhamento de fatos relevantes. A preocupação principal é visivelmente preencher espaço, o que explica por exemplo uma reportagem de seis minutos em uma feirinha do mel em Florianópolis, mostrada quarta-feira,10.
Ou então infindáveis entradas de repórteres do estúdio que era da TV Com lendo texto do celular.
No episódio do bebê de dois anos sequestrado, o JA deixou muito a desejar. Quem tinha cobertura completa diariamente era a NDTV, que colocou ao vivo direto de São Paulo o policial explicando como se deu o encontro do casal sequestrador.
Na verdade, só a equipe da NSC que atende o Fantástico realizou um trabalho diferencial apresentado ontem à noite, ouvindo com exclusividade a mãe do menino, além de mostrar imagens inéditas dos sequestradores.
Vai bem
A repórter e comentarista Jéssica Cescon andou participando muito bem do quadro de esportes Jornal do Almoço. É uma presença com boa comunicação, imagem clean, em um espaço que precisa mais disso do que futebolês.
Jéssica participa das jornadas esportivas da CBN Floripa, onde precisa falar um pouco menos, mais direto e em momentos menos estratégicos. Em situação de maus resultados no campo, melhor ouvir um comentarista mais experimentado primeiro.
ND e SBT
O Jornalista Roberto Azevedo, ex-colunista de Making Of, é destaque na Rede SCC, por suas opiniões isentas e coerentes em política. Ele tem entrado em vários momentos ao longo do SBT Meio-Dia. Quando era em bloco só, sua presença tinha maior percepção.
Tanto o SBT quanto a ND, este mais completo com seu Balanço Geral, oferecem boas opões para acompanhar os fatos do estado. Perdem um pouco na imagem quando seus âncoras interrompem as notícias para fazer merchandising.
