A situação não é nada boa no Avaí com a decisão dos jogadores de protestarem com a “Lei do Silêncio” por conta dos salários atrasados e promessas não cumpridas da diretoria. Ninguém falará e os treinos serão fechados até o jogo contra o Goiás, na próxima segunda-feira (27), às 21h30min, na Ressacada. O protesto com a não ida para a concentração já tinha sido feito antes em duas oportunidades e decidido em votação entre os atletas para os jogos diante de Coritiba e CRB.
Informe do clube
A “Lei do Silêncio” e fechamento dos treinos foi comunicada na tarde de quarta-feira (23) depois de uma reunião entre lideranças dos atletas e a direção. Logo após o clube divulgou uma nota aos jornalistas que cobrem o dia a dia do clube. Diz o informe: “Atendendo solicitação do elenco de jogadores, diretoria e atletas chegaram ao entendimento de fechar as atividades do futebol para a imprensa até a partida diante do Goiás, na segunda-feira (27). A coletiva de amanhã (23) também não será realizada. A medida foi tomada em virtude do acerto das questões financeiras que estão em andamento e devem se resolver nas próximas semanas”.
Contrapartida
Os jogadores estão fazendo a sua parte. Jogando com raça e determinação e entregaram três vitórias seguidas sob o comando de Gilmar Dal Pozzo. A equipe saltou da zona de rebaixamento e encostou no G-4. A última vitória e de virada por 2 x 1 foi sobre o Sport, no Recife. Diante de tanto esforço, porém, a contrapartida da diretoria não aconteceu ainda.
Desconforto
A situação incomoda demais o presidente Júlio Heerdt, que assumiu o comando do clube em 1º de janeiro de 2022, com o discurso de contas em dia e o fim de salários atrasados. Estão ao lado do presidente nessa corrida por recursos e soluções o vice-presidente Luciano Kowalski e os demais integrantes do Staff principal do clube, o CEO Lucas Pedrozo e o executivo de futebol Eduardo Freeland. Na conversa com os atletas, a situação sempre é exposta de forma transparente e as propostas de prazos. O problema é que os compromissos não estão sendo cumpridos.
Prazos
Logo que surgiram conversas sobre salários atrasados, o clube informou que existiam problemas com o fluxo de caixa. A chegada de recursos da Liga Forte não aconteceu no prazo esperado, dificultando o cumprimento dos compromissos agendados, principalmente salários. Recentemente a diretoria passou por dificuldades para aprovar com ressalvas as contas de 2023 junto ao Conselho Deliberativo, fato que motivou críticas dos torcedores.
Entrevista cancelada
A decisão dos atletas impactou na entrevista que o técnico Gilmar Dal Pozzo daria ao vivo para o Debate da Pan, no estúdio da Jovem Pan News, no Morro da Cruz. A comunicação do clube informou a mudança de planos. Nada de imprensa até o jogo diante do Goiás e os treinos serão fechados. Esta foi uma das formas encontrada pelos atletas para expor a situação difícil pela qual estão passando e cobrar da direção. Não são somente atletas, pois a comissão técnica passa pelo mesmo problema e bem como funcionários de alto escalão.
Nova goleada
O Brusque caiu novamente de quatro, desta vez na Copa do Brasil para o Atlético Goianiense, em Goiânia, por 4 x 2. Está fora da competição, pois também tinha perdido em “casa”, na Arena Joinville, por 1 x 0. Parece que não adiantou muito a troca de técnico, agora com Luizinho Vieira, pois a equipe novamente foi bastante vulnerável no setor defensivo, com erros infantis. Foi o caso da entregada do goleiro Matheus Nogueira no segundo gol adversário. Uma queda vertiginosa da equipe, depois que disputou o título catarinense diante do Criciúma. Foco agora é a permanência na Série B.
Scarpelli lotado
O Figueirense divulgou o serviço do jogo diante da Ferroviária com vantagem ao torcedor que quiser prestigiar o alvinegro em busca de mais uma vitória e a garantia de sua invencibilidade na Série C do Brasileiro. A equipe está na terceira colocação e dá pra imaginar um público por volta de 14 mil torcedores no domingo. O horário do jogo, às 16h30min, é bastante convidativo.