Portal Making Of

Política fracassada

Foto: Palácio Itamaraty, Brasileira. Crédito: Pixabay

Há cerca de 100 dias das eleições presidenciais a falta de uma política econômica ainda é o calcanhar de Aquiles para a reeleição de Jair Bolsonaro.

O Ministro da Economia Paulo Guedes reverenciado no início do mandato presidencial como aquele que resolve tudo, ficou conhecido como o “Posto Ipiranga”, mas ao longo do tempo, a frente de um dos mais importantes ministérios para um país, deu sinais de fraqueza diante da postura incerta do Presidente em temas relevantes como a contenção da Pandemia os direcionamentos norteadores da economia.  Guedes segue a cartilha do livre mercado, enquanto Bolsonaro prioriza questões irrelevantes como o combate ao comunismo, ao meio ambiente, a ciência, a educação e a cultura, sendo estes quatro últimos alicerces importantes para o desenvolvimento sustentável de qualquer nação minimamente comprometida. O resultado desse descompasso chega ao mercado com a inflação galopante, desvalorização do real, desemprego, aumento da fome e uma crise de credibilidade que repercute além das fronteiras do país.

A trajetória do Ministro na defesa de sua política ultraliberal e do livre mercado são marcadas pela falta de uma política econômica, tanto que há poucos dias Guedes participou de uma live pedindo aos donos de supermercado que não aumentassem mais os preços dos produtos, endossando o pedido feito na mesma ocasião por Bolsonaro. Com este posicionamento, o Ministro  não conseguiu fazer frente a política de preços da Petrobrás e os aumentos sucessivos dos combustíveis ou ainda ao promover sua principal bandeira: a privatização de tudo o que for possível. Na reta final do atual Governo a ação mais recente de privatização da Eletrobras foi massacrada pelo aumento de 63,7% anunciado essa semana para a bandeira vermelha.

O reajuste entra em vigor em 1º de julho e é válido até meados de 2023, porém vai ser nos meses de seca e de calor que essa conta vai chegar no bolso já massacrado dos consumidores residenciais e industriais. Antes da privatização, especialistas apontaram para o impacto sobre o preço das tarifas, fato “desprezado pela equipe econômica”. A lição que fica nestes dias que antecedem a eleição Presidencial reforçam a necessidade de se colocar no cargo máximo do país alguém preparado para lidar com a economia, que tenha e divulgue um plano de Governo consistente e que coloque o país como prioridade. Governar para grupos de interesses é a forma mais evidente de uma política fracassada.  Basta ir ao supermercado ou a um posto de combustível para entender na prática o que isso significa.

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

Compartilhe esses posts nas redes sociais:

Você sabe quais os impactos do novo Plano Diretor de Florianópolis?

Nesta segunda (24) as 16H o novo Plano Diretor vai ser votado na Câmara Municipal, mas qual o respaldo técnico e legal do documento? A construção civil vai acelerar, mas como estará o trânsito, o saneamento básico, coleta de lixo, fornecimento de água e energia, etc.?

O outro lado da moeda

Durante sua viagem oficial à China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a predominância do dólar nas transações comerciais e propôs a criação de uma moeda única para as transações entre os países que compõem o bloco do Brics: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Mas quais as vantagens dessa proposta?

Um Plano Diretor inconstitucional para Florianópolis?

O plano diretor proposto pela Prefeitura de Florianópolis contém trechos inconstitucionais, representando um retrocesso na construção da cidade inteligente. Se aprovado pelos vereadores, qual será a validade deste documento?

Um Plano Diretor “goela abaixo”

Documento aponta pelo menos 25 inconstitucionalidades aparentes na proposta para o novo Plano Diretor de Florianópolis. Veja a lista completa na Coluna de Janine Alves

Presente de Grego para Florianópolis

Os vereadores capricharam no presente de grego para os 350 anos de Florianópolis e aprovaram o Plano Diretor por 19 votos a favor, 4 contra… Na Coluna de Janine Alves