Portal Making Of

A despedida de um gentleman

test

Pensei por um tempo em como deveria ser o foco desse texto sobre a saída do Mário Motta da NSC, anunciada ontem de maneira não convencional. A primeira abordagem poderia ser sobre os 25 anos que fomos colegas, que coincidem com o desenvolvimento profissional dele.

Quando cheguei à RBS TV, Mário já estava lá, quando saí, ele continuou, até ontem, fechando 36 anos. Nesse período de gestão, Mário se consolidou no Jornal do Almoço, a ponto de se confundir com sua história. E voou além, ao mediar vários debates eleitorais onde sua credibilidade contou muito para manter o respeito entre os debatedores e às regras do programa.

Quando a CBN Diário foi inaugurada, Mário foi o primeiro escolhido como âncora do Notícia da Manhã, onde ficou até ontem. Outros 25 anos de história.

História é história e ninguém pode apagar, embora alguns gostariam disso.

A outra versão

Nessa longa carreira profissional, Mário seguiu sempre com dignidade, simpatia e respeito dos colegas. Mas, chega um momento para todos, que é hora de mudar o rumo. E no aspecto pragmático, a hora da despedida do Mário é boa para ele e boa para a NSC.

Para ele, obviamente, se eleito deputado estadual, sai por cima, indo cumprir papel para o qual parece ter vocação. Um bom motivo para sair, sem dúvida.

Para a empresa, porque precisa renovar o Jornal do Almoço – e não deveria ficar apenas no âncora que sai – e alterar a programação da manhã na CBN Diário, que pelo terceiro mês consecutivo está abaixo do Ibope da Jovem Pan News no FM.

Embora esse desejo de mudar, a NSC não tomou a inciativa de liberar Mário Motta, o que lhe traria custos institucionais e financeiros com uma rescisão. Isso ficou claro quando, ontem, a empresa se esquivou de se posicionar sobre a despedida de Mário, enfatizando que era desejo pessoal dele.

Foram os colegas que organizaram emocionadas despedidas nas redes sociais, uma espécie de desagravo velado à frieza da empresa. A NSC se revela a fazer coisas como ninguém faz.

Nesta sexta-feira, Mário deixa de ser um homem da Comunicação para tentar ser um político. É um caminho sem volta, onde sinceramente desejo que se adapte e continue prestando serviços à comunidade. Está no sangue, desde quando era um garoto artista de circo.

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

Compartilhe esses posts nas redes sociais:

Uma Copa de começos e despedidas

A Copa do Qatar chegou ao final ontem, 18, carregada de simbolismo, dentro e fora de campo. Fora, mostrou a tenacidade dos qatarenses de construir

A torcida pela Cazé TV

É possível que você não saiba exatamente quem é Casimiro Miguel, mas 4 milhões sabem: foi a audiência da CazéTV, na transmissão pela internet do

A implosão da CNN Brasil

Desde que o criador da CNN Brasil, Douglas Tavolaro encheu de dinheiro os bolsos ao vender sua participação, a emissora, criada há três anos, vive

Quem vence e quem perde com a Copa

Até agora, começo da segunda fase de classificação, já é possível saber alguns destaques e outros nem tanto no meio rádio e TV na Copa

Corrupção e futebol

Depois de assistir o documentário da Netflix “Esquemas da FIFA” fica claro que nenhuma Copa do Mundo foi realizada sem um rastro de corrupção nos

Vamos ver na reportagem?

O “novo jornalismo” é feito nas redes sociais. Os fatos primeiramente são reportados no Twitter, e só depois reproduzidos na mídia tradicional. Agora há pouco,

Cadê o clima de Copa?

Aproveitando o gancho da coluna de hoje, 16, do colega Anselmo Prada, sobre a falta de clima de Copa em geral, levantei algumas possibilidades do

As mulheres brilham

Foram muitos meses desgastantes, de trabalho intenso e pressão diária sobre jornalistas e em especial sobre elas, as mulheres que ocuparam espaços na mídia. Mas,

Influencers, longe de mim

Deus me livre e guarde dos influencers é o que peço todo dia, mas está cada vez mais difícil ficar longe deles. Para começar, são

A Copa que eu vivi

Em 94, quando a seleção brasileira conquistou o quarto título mundial, era minha sexta Copa do Mundo, a primeira, em 74, na Alemanha como repórter

A comitiva em terras portuguesas

Os integrantes da comitiva catarinense que foram a Portugal já voltaram ao Estado depois de uma semana de jantares, almoços, visitas, discursos e troca de

Um tiro na eleição americana

Logo após o tiro de AR-15 ter acertado a orelha direita de Donal Trump em comício ontem, 13, em Butler, Estados Unidos, começaram as interpretações

Ibope de rádio: sigam os líderes

A mais recente pesquisa Kantar Ibope de rádio, considerando os meses de maio e junho, mostra que as líderes não foram incomodadas em suas posições.

Eliana chama patrocinadores

Já se viu de tudo em relação a patrocinadores, pois afinal são eles que garantem a existência de conteúdos. Mas acabamos de descobrir que existe

Caça aos cliques

Os portais de internet, dos pequenos aos grandes, se dedicam a técnicas para sensibilizar a busca no Google e impactar as métricas de audiência. São

TV Gaúcha x TV Guaíba

Antônio Britto, jornalista, ex-governador e ex-ministro da previdência, colega dos primeiros anos de profissão, lembrou em recente vídeo sua contratação pela TV Gaúcha em 1978.

Globo erra na escala de narradora

A web pode ser cruel para quem desempenha atividade pública e está exposto a avaliações nem sempre procedentes. Foi o que aconteceu com a narradora

O rádio vive

A coluna, sempre que possível, gosta de acompanhar a audiência de rádio. Embora não sejam dados superlativos como entre os portais de internet, revelam a